17. Jogada Final.

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Fui despertando devidos os movimentos causando em meu corpo. Minha visão foi criando forma enquanto tentava me mover, mas não consegui. Percebi que meus braços e pernas estavam amarrados, minha boca novamente vedada por fitas. Estávamos dentro de um carro onde Júnior estava no banco da frente e o dirigia. Ele percebeu que eu acordei e sorriu.

— Acordou meu anjo? Sei que você tá desconfortável, mas já já eu te liberto.

Eu estava no chão de peito para baixo, entre os bancos da frente e os de trás. Tentei olhar para fora, porém não conseguir devido a minha posição e os vidros possuírem películas.

— Estamos indo para um novo lugar — falava olhando para frente — Um lugar onde ninguém vai encontrar a gente! Um lugar que seremos só eu e você e assim poderemos ser felizes.

Tentei girar meu corpo, mas a dor provoca pela minha costela prejudicava bastante qualquer esforço que eu tentasse fazer. Por quase dez minutos ele continuou a dirigir.

— Já eu tiro você dessa posição desconfortável, meu amor.

Ele estacionou o carro e baixo o vidro pela metade.

— Opa tudo bom? Tenho um carro guardado aqui e digamos vim fazer uma troca — riu sendo gentil — Vim deixar esse aqui e buscar o outro. Tenho que fazer algo ou é só trocar?

— O Senhor pode mostrar o documento do aluguel da vaga e a sua identidade?

— Claro! — esticou a mão e pegou no banco ao seu lado — Aqui estão.

Eu tentei me levanta, mas senti uma pontada forte que me fez desistir, então decidir fazer algum tipo de barulho quando ele apontou a arma em direção a minha cabeça.

— Tá só hoje, chefe? — perguntou falando com o funcionário.

— Hoje sim, por esse horário é tranquilo, logo o outro cara chega e eu vazo daqui.

— Tudo certo?

Ele falava calmo o que me preocupava.

— Tudo sim. O carro que o senhor veio buscar tá no terceiro andar e a vaga desse fica aqui mesmo no primeiro andar. O senhor possui a chave?

— Claro! — mostrou para o rapaz.

Pegou os documentos de volta e levantou os vidros rindo.

— Cê não sabe o quanto eu fico feliz quando as coisas saem como eu planejei.

Logo ele estacionou o carro, saiu e em seguida abriu a porta de trás me tirando de dentro do carro. Me encostou no mesmo e apontou a arma embaixo do meu queixo.

— Eu vou soltar seus pés e eu sei que você não vai fazer nada que possa me deixar decepcionado com você, não é, Benjamim?

Ele pegou uma faca e cortou a corda e retirou as fitas do meu rosto, deixando somente minhas mãos presas.

— Vem é no último andar.

Segurou meu braço e me empurrou ele encostou a arma nas minhas costas.

— O senhor esqueceu...

Nós olhamos para trás e vimos o rapaz que o atendeu. Ele percebeu a arma e tentou correr, porém o Júnior foi mais rápido e o acertou com dois tiros nas costas o fazendo cair no chão. Os barulhos dos disparos ecoaram pelo local. Entrei em pânico, tentei corre, mas a dor dificultava minha colocomoção e sem dificuldades ele me alcançou acertando um soco em meu rosto o que me fez cambalear.

— Você me prometeu que não ira fazer nada — me acertou com outro soco o que me fez cair no chão — Anda, quero ir embora antes que o corpo comece a feder — riu.

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