Amor - Série Sentimentos ( COMPLETO )

Capitulo 11

Elisa Hierra

- Eu sinto muito por ter te afastado essa semana, só que é tudo muito complicado para mim.- confessei. - Eu não posso me arriscar em algo sendo que tenho Thomás comigo agora.

- Admiro muito a sua preocupação com Thomás, realmente é necessário. Mas eu não tenho nenhuma intenção de sair da vida de vocês.- falou olhando em meus olhos. - Eu também prezo muito pela segurança de Thomás, me apaixonei por ele quando o conheci e acho que tudo o que sinto por ele é recíproco.

- Eu agradeço por isso.- sorri.

- Espero que tudo se resolva entre nós, Elisa.- pegou minha mão deixando o vinho na mesinha.- Porque eu gosto muito de você.

- Eu também gosto muito de você. - falei quando ele me puxou para o colo dele. Sentei de lado e ele circulou minha cintura com os braços.

- Senti saudades de beijar você.-beijou meu pescoço e olhou em meus olhos.- Saudades do seu cheiro, seu abraço, saudade de dançar com você em meio aquelas flores.

- Se não quiser que eu me apaixone, é melhor parar com isso.-falei roçando nossos narizes.

- Achei que já estivesse apaixonada.-sussurrou e eu ri.- Porque eu já estou.

Beijou delicadamente meus lábios, me fazendo sorrir. Suas mãos grandes agarraram meu cabelo escuro e me puxaram ainda mais para perto. Desci minhas mãos pelo cabelo loiro e macio, depois seus ombros e braços. Ficamos absortos nessa névoa de romance durante longos minutos, até que levantei e voltei para a minha cadeira.

- O que é isso ?-perguntou apontando para o Nachos.

- São Nachos com recheio de guaca mole e cheedar.

- Guaca Mole.- fez careta. Pegou um com cheedar. - Esse aqui definitivamente sempre vai ser meu sabor favorito nesse seu meio cultaral.

- Você se acostuma com o tempo.-falei e ele negou.

- Acredite, nunca vou me acostumar.

- Não sei nada sobre você.- falei e ele me olhou durante um tempo.

- Sou Max Bierens, tenho 26 anos e sou holandês.

- Por isso os olhos azuis.- eu disse e ele assentiu.

- Sou formado em administração e morava em Manhattan até chegar aqui.

- Por que desistiu de tudo para morar aqui ?

- Eu precisava disso, trabalhava demais e não tinha tempo para mim mesmo.- respondeu. - Mamãe sempre dizia o quanto eu sempre parecia cansado e essas coisas.

- Ela fez certo, as vezes precisamos de um tempo só pra nós.

- Me sinto mais feliz agora.- deu de ombros e em seguida deu um gole no vinho.-  Óbvio que gosto de administrar a empresa, mas me sinto mais livre cuidando das flores e respirando o ar puro de Boerne.

- Me mudei ainda criança para cá, mas lembro dos meus dias felizes no México.

- Mexicana são sexys.- ele disse beijando meu pescoço.- Fala espanhol quando está irritada.

- Percebeu isso ? Thomás fala um pouco também.

- Thomás é um menino de ouro, você é uma mãe maravilhosa.

- Tive medo de não ser boa o suficiente para ele.

- Não poderia ser melhor. - ele disse segurando minha mão.- Quer dançar comigo ?

Não havia nenhuma musica no local, mas os passos lentos de Max me conduziam e seus braços fortes que abrigavam em um abraço quente. Ali era o melhor lugar onde eu poderia estar. Nunca senti necessidade de ter alguém, sempre foi eu, Tom e Barney e agora eu sentia que precisávamos de Max conosco. O medo que eu tinha do futuro, quando ele se cansasse de Boerne e fosse embora, evaporou no momento em que ele me garantiu que se sentia melhor aqui.
Decidi mergulhar de cabeça e agarra-lo enquanto ainda estava aqui, no final de algo desse errado eu e Thomás ficaríamos apenas com a lembrava do bom homem que tornou nossos dias melhores.

- Quer dormir aqui hoje ?- perguntei e ele me olhou de cenho franzido.

- Você tem certeza disso ?

- Acha mesmo que te perguntaria isso se não tivesse certeza ?

- Sei lá, essa coisa apimentada que vocês comem talvez tivesse afetado sua cabeça. - falou me fazendo rir.

- Bobo.- beijei seus lábios. Ainda nos movimentávamos na varanda e eu adorei o tempo ali.

Depois nos sentamos novamente e comemos os Nachos enquanto narrávamos histórias de quando éramos crianças. Barney veio até nós e depois subiu novamente pra o quarto de Tom. Quando o clima ficou frio demais para ficarmos lá fora, entramos juntos. Max me ajudou a recolher tudo do jantar e a lavar os pratos. Rimos entre espumas e beijos roubados. Em um deles não conseguimos nos separar e subimos a escada sobre tropeços, línguas e mãos. Entramos no meu quarto e Max acendeu a luz.

- Se sente melhor com ela apagada ?- perguntou quando fiz careta.

- Sim, você se importa ? - perguntei receosa.

- Me importo com seu bem-estar, logo logo vai perceber que não precisa disso para que goste de você. Nada vai me fazer voltar atrás, Lisa.

- Obrigada por isso.- beijei seu rosto e em seguida mordi seus lábios.

Levei minhas mãos até dentro da sua camisa e a puxei para cima enquanto seus olhos azuis me encaravam em meio à escuridão. Olhei seu peito, agora bronzeado, passando minhas mãos pelos gominhos e o peito liso. Ele sorriu enquanto tirava o cardigan do meu corpo, adentrando as grandes mãos por dentro da minha blusa e segurando meus seios pesados.

- Você é maravilhosa.

O beijei novamente. Tiramos nossas roupas lentamente com promessas ditas apenas pelo olhar. Max me olhava com devoção e eu nunca havia me sentido tão desejada como naquele momento. À luz da noite entrava pela fresta da janela e nos banhava deixando tudo mais sensual.

- Max, eu preciso de você agora. - exigir e ele sorriu com a cabeça entre minhas pernas.

- Tudo no seu tempo, querida.- ele disse beijando minhas barriga e meus seios.- Agora preciso cuidar de você.

Entre beijos, espasmos e paixão chegamos juntos ao nosso limite. Permanecemos deitados, agarrados e sem se importar com o suor em nossos corpos. Max havia dito tantas vezes o quanto eu era linda, maravilhosa e gostosa que me senti a mulher mais linda do mundo. E o que tinha para falar dele ? Aquele homem era um semideuses aqui na terra. Tudo nele esbanjava sensualidade e paixão. Tudo nele se encaixava em mim. E a cada vez que provava mais dele, mais eu queria.
Ele havia me deixado viciada e eu não queria me curar.