Capitulo 4

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Elisa Hierra

Os raios de sol entravam pela janela na cozinha. O cheiro de café inundava a casa, juntamente com as panquecas e a calda de frutas vermelhas. Barney estava deitado preguiçosamente na escada, esperando por Thomás que ainda dormia.

Eu estava animada com a ideia de ter alguém para me ajudar. Isso me dava esperanças de que eu poderia fazer meu trabalho ainda melhor. Max era um ótimo ajudante, muito bom com agilidade e aprende as coisas rápido, mas não sabia muita de coisa sobre as flores, ele é muito bom com podagem. Nessas 3 semanas que se passaram depois que o contratei, essa havia sido sua tarefa principal. O trabalho era dividido, ele cuidava das flores no campo aberto e eu ficava responsável pela estufa, que requeria muito mais cuidado. Thomás estava radiante com a presença de alguém do sexo masculino, fora o vovô Taylor, para interagir com ele. Barney seguia os dois para todo lugar, havia se rendido pelo encanto do mais novo amigo que afagava seus pelos cor de caramelo e corria com ele pelo campo.

Havíamos criado uma rotina. Max chegava sempre cedo, dizia que gostava de ver as flores se abrindo de manhã cedo e ficava no campo até vim aqui na casa, geralmente o café da manhã estava pronto e eu o convidava para comer conosco, brincava um pouco com Tom e depois ia trabalhar. Jeni, uma amiga que cuida da casa e de Thomás enquanto eu trabalho, chegava e então eu partia para o campo.

- Mamãe.- Thomás apontou sonolento na escada. Seus cabelos vermelhos bagunçado e carregava com ele o paninho azul que cheirava para dormir desde bebê. - Max chegou ?

- Um "bom dia, mamãe" me deixaria feliz. - falei caminhando até meu bebê. Barney já estava em sua posição protetora esperando o amigo descer as escadas. Ele dormia na ponta da cama de Thomás, quando ainda bebê ficava acordado comigo enquanto ele chorava de cólica. Um fiel escudeiro.

- Bom dia, mamãe. - ele disse sorrindo e me abraçando. - É que ele disse que ia fazer um balanço para mim.

- Um balanço ? - perguntei curiosa e meu menino sorriu caminhando até a cozinha.

- Um balanço !

- Vamos comer, você precisa está forte para brincar não é mesmo ? - Tom estava muitíssimo animado com a presença de Max. E por mais que eu estivesse feliz por ver meu filho feliz, temia pelo momento em que Max tivesse que se separar de nos, ele ainda era um forasteiro, não tinha total certeza se iria ficar na cidade.

- Bom dia. - a voz grossa chamou atenção na janela da cozinha e olhamos para um Max sorridente. - Desculpa atrapalhar o café da manhã de vocês, mas tenho uma surpresa para um garotinho.

- Para mim ! - meu filho gritou correndo até a janela. Max riu e atravessou o menino para o outro lado, o pegando no colo. Levantei e fui até a janela, enquanto Barney corria para o lado de fora da casa.

Um balanço de pneu estava pendurado na enorme árvore. Thomás gargalhava enquanto Max balançava o balanço cada vez mais alto. Olhando assim de longe desejei que tudo tivesse sido diferente, que meu filho tivesse um pai que o ensinasse a andar de bicicleta, que construísse uma casa na árvore pra ele, que o colocasse para dormir e o acalentasse quando caísse. Mas agradeço a Deus por Sven ter sido um bom homem e mesmo depois de morto, ainda continuar me ajudando.

- Mamãe, eu tenho um balanço ! - gritou correndo até mim.

- Como que diz ? - perguntei e ele olhou para Max, parado atrás dele, na soleira da porta.

- Obrigada tio Max. - abraçou o loiro que sorria radiante.

- Por nada, pequeno. - colocou o menino no chão. - Agora vamos comer ? Estou morrendo de fome !

- Vamos, antes que esfrie !

Amor - Série Sentimentos ( COMPLETO )Onde histórias criam vida. Descubra agora