Capítulo 25

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Elisa Hierra

Noite De Natal

Max havia saído para entregar a última leva de flores. Essa última semana havia sido intensa.
Desde que as terras foram passadas para o meu nome, começamos a prepara-la para o novo plantio de flores e começamos a preparar as novas estufas.
Eu estava feliz com o rumo que minha vida havia tomado.
Max era atencioso, carinhoso e companheiro. Estava sempre ali para me ajudar, quando não estava no escritório afundado em cálculos e contratos. Além de administrar de longe a MVB, cuidava da administração do campo e da entrega das flores.

- Vamos montar a árvore.-chamei as crianças e Thomás veio correndo até mim, enquanto Rosalee andava trôpega sendo seguida por Barney.- Quem é o neném da mamãe ?

- Eu.- os dois gritaram levantando os braços. Rosalee com 1 e 3 meses já andava e falava algumas palavras. Ela demorou um tempo até chamar papai e Max jurava que era pura birra dela.

A casa estava toda em clima de Natal.
Peguei a caixa da árvore e coloquei tudo no chão. Fui montando com ajuda de Thomás, enquanto Rosalee era distraída pelo cachorro.

- Olá !-Max disse entrando em casa. Pegou a filha do meio do caminho e caminhou até mim me dando um beijo nos lábios e outro na cabeça de Tom.

- Quer montar a árvore conosco papai ?

- Acho que vou deixar vocês montando enquanto vejo umas coisas lá fora. Vou levar Rosie comigo.- disse me olhando e assenti.

- Mamãe, papai Noel trás presentes para os bebês ? Eles são crianças.

- Claro que trás.

- Mas como eles escrevem cartas ?

- Eles não escrevem.-respondi com toda minha paciência. Thomás era desde bebê muito curioso em relação a tudo.

- E como o papai Noel sabe o que elas querem ?

- Papai Noel manda seus duendes dias antes para as casas dos bebês e eles vem oque eles precisam.

- O que Rosalee precisa ?

- Acho que ela não precisa de nada. Vamos ver o que o papai Noel vai deixar para ela nessa noite.

- Já escrevi minha carta. É segredo, mamãe.- falou já sabendo que eu iria perguntar, como todos os anos.

[...]

Eu arrumava a faixa verde do vestido vermelho de Rosie. Estávamos todos combinando para a noite. O jantar seria aqui em casa e contávamos com a presença de todos.
Mia, Henri, os Taylor's e meus sogros.
Eu estava animada pela noite e para entregar o presente de Max.

- Vejam só se não são as garotas da minha vida.- Max disse entrando no quarto. O suéter verde natalino combinando com o de Thomás. - Rosalee !

- Mamá.-ela disse e depois gargalhou sapeca. Ela sabia que toda vez que fazia isso ele fazia careta. - Papá.

- Ah, eu amo a minha garotinha.- ele falou a enchendo de beijos.

- Papai.- Thomás entrou no quarto carregando o tênis. - Não estou conseguindo amarrar.

- Não precisa ficar triste, a gente aprende as coisas aos poucos. Se errar, tenta de novo e acerta.

[...]

O jantar foi regado de comida boa. Mia havia cozinhado para a noite, enquanto Henri fez os doces.

- Tio Henri, você podia trazer doce para mim escondido.-Thomás falou no ouvido do tio que gargalhou da tentativa falha de segredo.

- Vou mandar doce para você sempre que puder.- ele falou bagunçando os cabelos vermelhos.

- Acho que está na hora de irmos.- Mia disse ficando de pé. A essa hora eles eram os únicos que sobraram. - Até logo.- beijou minha bochecha e me olhou cúmplice.

- Tchau, tia Mia.- o sobrinho favorito dela falou a abraçando. - Feliz Natal.

- Feliz Natal, querido.- ela o beijou.- Espero que goste dos presentes. Te amo. - sorriu e logo em seguida caminhou até Max que carregava Rosalee.- A garotinha da titia tem sempre que estar com lindos vestidos. Trouxe 3 para ela, espero que goste.

- Obrigada Mia, você é maravilhosa.-agradeci e ela acenou. Se despediram e foram embora pegando a estrada.

- Thomas, o Papai Noel chegou mais cedo nesse ano. Deixou os presentes de vocês mais cedo, guardei para que abrisse depois do jantar.- Max falou e o garotinho arregalou os olhos animado. - Vou lá fora rapidinho.

Saiu e logo voltou com uma bicicleta maior que a antiga e um skate. Thomás batia palmas e pulava alegre. Falava o tempo inteiro sobre skate, mas sabíamos que ele também precisava de uma bicicleta maior.

- Quero dar minha outra bicicleta para aquele menino que fica na praça, papai. Ele me disse que o pai não pode comprar uma para ele. Acha que vai gostar ?-perguntou e eu sorri emocionado com a atitude dele.

- Tenho certeza que ele vai adorar. Amanhã pela manhã vamos até a casa dele. - respondeu ao garoto animado. Saiu novamente e voltou com uma caixa, com lençóis lá dentro.- Rosalee.

A coloquei no chão enquanto o pai se agachava na frente dela. A garotinha curiosa logo puxou a caixa e Max abriu a tampa revelando um filhote lá dentro.
Ela fez uma cara de surpresa e me olhou em seguida.

- O cachorro de Rosalee.- Thomás disse impressionado. Barney se aproximou e cheirou o novo animal que dormia calmo em meio as cobertas.

Max levou a mãozinha pequena de Rosie até o animal e ela curiosa explorava tudo.

- Ele está dormindo. Amanhã você brinca.

- Qual o nome que vamos dar para ele ?

- O que acha de Ted ?-perguntei.

- Ted !-a garotinha gritou batendo palmas em seguida.

- Ela gostou do nome, acho que vai ser esse mesmo.

- Ted e Barney.- Tom disse.- Onde ele vai dormir ?

- Trouxe uma cama para ele e vou deixar do lado de Barney.- Max respondeu.- Agora vamos todos dormir.

Era sempre a mesma rotina de noite. Max dava banho em Thomás e contava uma história para ele, enquanto eu preparava Rosalee para dormir.
A garotinha estava cansada do dia agitado e logo dormiu.
Desci para arrumar as coisas na sala e na cozinha, quando Max abraçou minha cintura.

- Deixe isso aí, amanhã a gente arrumar.- me puxou para a sala e me sentou no sofá.- Tenho que te entregar o seu presente.- falou tirando uma caixinha de joia do bolso. Parecia que eu estava tendo um flashback.

- Max, sabe que não precisava.-falei e ele balançou a cabeça.

- Gosto de te presentear, não deveria reclamar. - abri a caixa, revelando lá dentro um conjunto de colar e brincos.

- É lindo Max, maravilhoso !-falei e ele me beijou.

- Amo você, querida.

- Agora tenho que te entregar o seu presente.-falei levantando e pegando o envelope que estava perto do sofá. O entreguei e ele me olhou desconfiado.

- É o que eu estou pensando ?

- Abra e veja.-dei de ombros. Ele abriu o papel já rindo e me olhou sem acreditar quando leu.

- Outro ?

- Vamos ter outro bebê.-falei e ele gargalhou vindo me beijar.

- Outro neném do papai.-falou alisando minha barriga.- Obrigada por tudo, Elisa. Você é minha paz, minha fortaleza. Não sei como seria minha vida se eu não tivesse te encontrado.

- Amo você.-beijei seus lábios.- Vou te amar para sempre.-ele sorriu antes de me beijar.

Achei que estava sozinha quando meus pais morreram e engravidei de Thomás, mas a verdade é que ali eu estava começando a construir minha família. Jamais pensei em ter a casa cheia de crianças, um marido e que o negócio no campo ia tomar aquelas proporções.
Estou feliz por tudo que conquistei e pelas pessoas que vivem ao meu redor.
Por ter finalmente o meu final feliz.

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