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Para joicesantos22 como o prometido

                

                

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REVISADO *

    Deixo um beijinho na bochecha de Anne e apago a luz.

— Mamãe.

   Sorrio e acendo a luz. Sento na cama e acaricio seus cabelos. Quando Anne nasceu pensei que ela iria ser ruiva, mas não, seus cabelos eram castanhos. Minha princesa é linda.

— Sim princesa.

— Vai embora? — pergunta sonolenta.

— A mamãe vai, mas logo volta para te ver.

— Te amo muito.

— Mamãe te ama mais — digo emocionada.

   Sempre que Anne diz que me ama eu me derreto de amor por ela. Mesmo que eu não seja muito presente na vida dela, ela sempre que me vê diz me amar muito.

— Durma minha princesa.

    Ela sorri e fecha os olhinhos.

 Desligo a luz do quarto e vou até a sala. Minha mãe está sentada no sofá cabisbaixa. É sempre assim quando eu digo que vou embora.

— Eu preciso ir.

   Ela balança a cabeça.

— Até quando vai ser assim Rachel? — pergunta — Sua filha sente sua falta.

— Já te expliquei mãe. Não acha que eu quero estar ao lado da minha filha todo dia? É o que mais desejo. Mas preciso trabalhar.

— Como uma prostituta?

— Não, faço isso para pagar as dividas que papai deixou. Não me considero uma prostituta.

   Minha mãe se levanta e me abraça chorosa. Correspondo o abraço, por mais que as vezes não goste de como ela trata meu "ganha pão", ela ainda é minha mamãe super protetora. A idade não afetou muito em sua beleza, apenas o longo cabelo branco denuncia sua real idade.

— Não sei quando vou voltar. Mas sempre que precisar de algo me ligue.

— Pode deixar — ela diz — Tome cuidado minha filha.

— Pode deixar.

    Pego minha mala e deixo do lado de fora. A noite está fria. Pego um envelope e entrego para minha mãe.

— Aqui tem o dinheiro da dívida e um pouco mais para a senhora e Anne comprar roupas novas.

— Não precisa. — ela diz.

— Tanto a senhora quanto a Anne precisam. Fique com esse dinheiro.

— Tudo bem.

A contra gosto ela guardou o envelope por dentro da roupa.

   O táxi que chamei chega.

— Se cuida mãe.

— Você também minha bebê — ela diz.

   Enquanro o taxista guarda minha mala, despedi de minha mãe e entrei no carro.

— Onde vamos?

— Aeroporto — digo.

💎

   Depois de algumas horas de viagem chego em Chicago, onde meus problemas retornam.

   A primeira coisa que faço quando chego no meu apartamento é tomar um banho. Como sempre eu choro. Toda vez que deixo Phoenix é assim. Não posso trazer Anne para cá.

    Saio do banheiro e visto uma camisola. Pego a caixa que está na minha cama e a abro. Três albuns de fotos, que mamãe enviou. Deixo para ver depois, estou cansada demais.

    Me deito e deixo o sono me levar.

💎

     Na manhã dia seguinte Diana chega. Minha amiga está super curiosa para saber sobre minha filha. Como ela descobriu? Não sei. Ninguém aqui de Chicago sabe sobre Anne.

— Então, me conte tudo. — Diana diz.

   Suspiro e resolvo dizer tudo a ela. Diana sofreu muito, merece saber do meu sofrimento também.

— Há cinco anos anos atrás fui visitar minha mãe. Fiquei uma semana por lá. Conheci um homem que de cara já gostei. Ele não era bem falado no bairro, mas eu não tinha dado muita atenção. Fomos nos envolvendo e logo estávamos namorando. Minha mãe foi contra, sempre disse que aquilo acabaria mal.

" Minhas visitas em Phoenix aumentaram. Alec e eu estávamos muito bem. Mas ele era muito ciumento, não me deixava sair, dizia que minhas roupas eram muito curtas, ciúme doentio. Eu já estava cansada de tudo aquilo. Já era um ano de sofrimento, mas eu amava ele. Até que um dia eu descobri que ele era traficante. Eu não queria estar com alguém daquele tipo. Quando fui terminar com ele, Alec me espancou. Um amigo meu fez uma denúncia e Alec foi preso. A polícia já estava atrás dele, então ele foi para o présidio.

— Aquela vez que você voltou com o braço quebrado foi por que ele tinha te batido? — Diana pergunta espantada.

— Sim. Te disse que eu tinha caído de moto. Mas era mentira. Cinco dias depois eu descobri que estava grávida. Inventei uma desculpa para você e voltei para Phoenix.

— Foi a epóca que você ficou um ano lá. Foi por conta da gravidez?

— Foi sim. Minha mãe me ajudou muito, apesar de ter me avisado. Ganhei Anne...

— Anne, esse é o nome dela? — indaga sorrindo. Até eu sorrio.

— Sim, em homenagem a minha avó. Foi nessa epóca que meu pai morreu. Ele estava afogado nas divídas. Papai se envolveu com gente perigosa, as divídas de poquêr sobraram para mim. Os juros eram altos. Então tive que deixar Anne e voltar para cá. Comecei a dançar nas boates. Fiz de tudo para pagar, mas com o tempo mais divídas foram aparecendo. Meu pai era um viciado em jogos. Minha filha hoje tem três anos, perdi os primeiros passos dela, a primeira palavra.

    Diana me abraça.

— Por que nunca me disse nada?

— Sua vida já tinha muitos problemas.

— Mesmo com os seus problemas, você sempre me ajudava. Por que? — ela pergunta.

— Por que sou sua amiga. Te amo muito Diana. Sempre vou te ajudar.

— Também te amo muito minha ruivona. E o pai de Anne?

— Nunca mais tive notícias.

— Você disse a ele sobre Anne?

— Não e nunca vou dizer. Se ele souber de Anne com certeza ele vai tentar tirar ela de mim — falo.

    Mostro as fotos de Anne para Diana. Minha loirinha ficou muito feliz ao ver as imagens da minha garotinha. Apesar de todos os problemas que Diana teve na vida, hoje vejo que ela parece bem melhor. Conversamos sobre tudo, falei mais da minha vida. Ela falou muito sobre Andrey. Minha loirinha estava apaixonada, era nitído.

— O que há com Yuri? — ela pergunta.

— Nada, só não quero me envolver com alguém. E ele não parece ser uma pessoa de bem com a vida. Yuri guarda algo sombrio — digo.

   E não quero deixar meu coração se quebrar de novo.

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Meu Mafioso #1|Série TambovskayaOnde histórias criam vida. Descubra agora