16.

1.6K 113 8
                                    

"Fica tudo bem no final..."

■■■

Giovanna.

“Te guardo solta pra se aventurar, é tão bonito te espiar viver, se encontra, se perde e se vê, mas volta pra se dividir, amor, é que você fica tão bem aqui comigo...”

– Manoel, eu tô com fome. – Falei com o rosto na curva do seu pescoço.

– Podíamos pedir alguma coisa, não acha?

– Você me disse que ia cozinhar, eu sou pior que criança, não pode me falar e nem prometer as coisas.

– Deixa isso pra amanhã, Gi.

– Mas... – Me interrompeu

– Amanhã eu cozinho pra você. – Sorriu – Hoje eu só quero pedir alguma coisa e passar o resto do dia agarrado contigo aqui na cama.

– Promete? – O olhei.

– Sim.

– Então me dá um beijo pra selar a promessa.

Ele sorriu e me puxou pela nuca, colando nossos lábios em um beijo calmo. Eu já conseguia sentir meu corpo esquentando, coloquei minhas mãos por de baixo de sua camiseta e arranhei sua barriga, no mesmo instante ele quebrou o beijo, abri meus olhos e só depois entendi o que tinha acontecido. Sai de cima dele, me sentando ao seu lado.

– Me desculpa, eu não queria...

Falei me xingando mentalmente. Ele tinha seu olhar sobre mim, fazendo meu corpo se arrepiar involuntariamente. Ele guiou sua mão esquerda até meu rosto e fez um carinho com a ponta dos dedos em minha bochecha.

– Tá se desculpando por que? – Sorriu – Você só arranhou minha barriga, não fez nada demais.

– Você me disse que não gosta de ser tocado. – Falei, vendo seu sorriso sumir do rosto.

– Eu acho que não te expliquei direitinho. – Coçou a nuca – Meu problema é apenas com a minha genitália e seios, de resto eu não tenho problema.

– Então eu posso te tocar? – Perguntei, ainda com um certo receio.

Ele pareceu pensar em alguma coisa, olhou nos meus olhos e sorriu se sentando na cama.

– Senta aqui.

Apontou pro seu colo, obedeci, me sentando em seu colo de frente pra ele.

– Eu acho que essa vai ser a maior prova de confiança que eu vou te dar... – Respirou fundo, levou suas mãos a barra da sua camiseta e a retirou. Fiquei estática. Ele usava um binder preto, totalmente apertado – Você pode me tocar, Gi.

– Manoel? – O chamei e ele focou seus olhos nos meus – Isso tá muito apertado, vai te machucar.

– Eu meio que já me acostumei. – Respondeu dando de ombros.

– Como que você consegue se acostumar com isso? – Passei a ponta dos dedos em seu rosto.

– Quando você tem disforia com seus seios, é normal preferir ter falta de ar ou dores do que deixar eles marcando sua camiseta. – Respondeu.

Stranger.Onde histórias criam vida. Descubra agora