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E AÍ, MEUS AMOREEEEES, ANTES DE MAIS NADA: UM FELIZ ANO NOVO PRA VOCÊS E QUE ESSE ANO SEJA INCRIVELMENTE FODA PARA TODOS NÓS! 🖤

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Manoel Aliperti.

Giovanna como sempre me acalma ou me dá força. Já passei por muito sofrimento com aquele cara que um dia chamei de pai, mas agora não vou mais permitir que ele me machuque de novo. Estou com a minha namorada e nada vai nos impedir de curtir nossa noite juntos.

– Gi, acabou a cerveja e o sorvete, vou sair pra comprar. – Aviso minha namorada.

– Não precisa, amanhã a gente compra e eu vou contigo. – Ela fala me olhando.

– Gi, relaxa que eu vou rápido, aproveito pra tomar um ar e pensar um pouco. – Digo sorrindo – Fica tranquila, estou com meu celular.

Ela estava visivelmente preocupada, mas acabou concordando comigo. Ela sabe que sempre preciso tomar um ar e pensar um pouco sozinho, isso faz com que eu coloque as ideias no lugar. Dei um beijo nela, peguei minha carteira e fui em direção à porta.

Saí de casa prometendo que voltaria rápido e que não aconteceria nada, mas eu mesmo não conseguia acreditar em minhas palavras e ela provavelmente também não.

Desci as escadas já que o elevador estava ocupado, cumprimentei o porteiro como todas às vezes e até me pareceu um dia comum. Assim que atravessei a porta aquele incômodo que estava sentindo voltou, mas agora eu sabia o motivo e faria de tudo pra evitar qualquer coisa... Eu pelo menos achava isso.

Caminhei até o supermercado mais próximo, comprei o que precisava e parei pra conversar e tirar fotos com alguns fãs que me encontraram. Fui para o caixa depois disso e paguei, peguei minhas compras e saí em direção ao meu apartamento e minha namorada.

Alguns minutos depois eu já estava chegando próximo ao meu apartamento, eu andava o mais tranquilo possível até ouvir aquela voz tão conhecida por mim.

– Manoela!

Senti meu corpo gelar e apenas apressei o passo, só podia ser brincadeira com a minha cara.

– O que uma menina como você está fazendo andando sozinha uma hora dessas? – Ele fala o mais alto possível, aproveitando a rua vazia – Então já que você está aqui, significa que a sua namorada está sozinha? Como que ela se chama mesmo? É Giovanna?
– Parei de caminhar na mesma hora, porque tudo que ele falar referente a mim já não me importa e muito menos me afeta mais, tô vacinado e anestesiado, mas não coloque Giovanna no meio. Me virei pra encara-lo e o encontro rindo.

– Você pode falar o que quiser de mim, mas tira o nome da minha namorada dessa sua boca imunda. – Rosnei.

– Eu não entendo como é possível, você esquisita desse jeito namorando uma mina gata daquelas, quem diria ein, Manoela? – Deu uma risada e eu já sinto meu sangue começar a ferver.

Dou alguns passos em direção a ele, mas ainda ficando um pouco distante.

– Você é realmente um cara nojento... – Digo como se fosse pra mim mesmo, uma confirmação – Primeiro que ela tem idade pra ser sua filha, segundo que se eu estou namorando com ela é porque tenho caráter e graças a Deus, não sou como você. – Falo com a maior calma do mundo, pois sei que isso o irrita – E mais uma coisa Jair, eu não estou mais dentro da sua casa, então aprende de uma vez, é Manoel e não Manoela.

– Pelo que sei isso é geneticamente impossível, Manoela. – Falou cruzando os braços – Sinto muito, mas você tem uma buceta no meio das pernas e não um pau como eu e seu irmão, então só te resta aceitar que você vai morrer mulher.

Ele disse isso tudo com um sorriso nos lábios, senti meu sangue fervilhar dentro de mim. Tranquei o maxilar com o tanto de raiva que estava sentindo, fechei meus olhos pra tentar me acalmar e talvez isso tenha sido um de meus maiores erros.

Não foi nem 2 segundos e senti um empurrão no meio de minhas costas, me fazendo desequilibrar e dar mais dois passos em direção a ele, com a força do empurrão deixei as sacolas caírem no chão. Logo senti alguém envolver meus braços por trás e me prender, tentei me soltar algumas vezes e falhei em todas elas. Já que estava tudo fodido e eu não conseguiria escapar do que fosse acontecer, eu pelo menos usaria todo o deboche que Deus me deu. Se eu morrer pelo menos morro sem demonstrar nenhuma fraqueza a quem sempre me colocou para baixo e me fez ter os piores dias da minha vida.

– É sério? – Perguntei com um sorriso no rosto tão debochado quanto o dele – Você é tão bosta ao ponto de precisar de alguém pra me segurar? Se acha tão machão, mas não consegue se garantir sozinho? É uma pena, viu? – Dei uma risada – Achei que você fosse homem o suficiente, mas me enganei.

Quando disse essas palavras, vi o semblante dele se transformar, aquela cara já me era familiar e eu não esperava menos que isso.

– Você se acha muito engraçada, acha que é homem? – Perguntou se aproximando – Então vai apanhar como homem.

– E você que acha que é homem e precisa de gente pra te ajudar? – Falei sem tirar o sorriso dos lábios – Que dó de você, “papai".

– Pode falar o que quiser Manoela, já faz tempo que estou te devendo essa surra, e já que você é homem, procura não chorar como uma mulherzinha.

Ele mal falou essas palavras e já senti um soco em minhas costelas, foram tantas pancadas, socos no meu estômago, chutes em direção das minhas pernas. Sentia o sangue escorrendo e seu gosto muito forte em minha boca, eu simplesmente estava sendo espancado covardemente pelo cara que se dizia ser meu pai no passado. Em um determinado momento a pessoa que estava me segurando, me soltou e eu fiquei como uma marionete nas mãos daqueles dois.

Eu já estava muito machucado, não tinha forças alguma pra me defender e muito menos para me manter de pé, caí no chão e apaguei assim que levei o segundo chute na cabeça e na nuca.

...

Acordei com a máscara de oxigênio no meu rosto, um barulho de sirene alto e com dores por todo meu corpo, sentia ela se espalhando por todos os meus ossos, minha cabeça estava explodindo, parecia que meu rosto estava queimando e o mesmo gosto de sangue na boca, ele só aumentava, me sentia molhado e eu já sabia que não era de suor. Vi uma moça de branco pedindo calma, mas eu estava completamente agitado mesmo sem ter nenhuma condição pra isso. Eu sentia que a qualquer momento eu apagaria de novo, não sabia quantos minutos tinham se passado desde a covardia cometida contra a mim. Também não sabia quantos minutos eu tinha ficado desacordado, só sabia que Giovanna ainda estava esperando eu voltar para o apartamento.

Reuni todas as forças que ainda restavam, não eram muitas, mas o suficiente pra completar uma frase.

– Pega meu celular no meu bolso e liga pra minha namorada, por favor, ela se chama Giovanna...

Foi o tempo de terminar a frase, eu apaguei mas uma vez.

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6/7.

Voltamos com o final da maratona e é isso .

Vocês pegaram a referência do nome do pai do Manoel? RSRS.

Então, não tenho muito o que dizer, que é isso e que amanhã eu volto com o último.

Talvez eu poste mais um apenas pra "compensar" os dias que eu deveria ter postado a maratona, mas tirei pra descansar.

O que vocês esperam pro último capítulo?
Giovanna vai ficar louca?

Beijos.

Até amanhã.

Eric! 🖤

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