Anos Transcorreram, Nupérrimo

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Após 4 anos, as mortes progrediram, pessoas que cometeram vários outros crimes morriam pelas mãos ou armas dos Hensley, Elton continuava pensando ser o justiceiro de todos, continuava pensando ser aquele que eleiminava o mau do mundo mas não percebia que matando, estaria se tornando o assassino que ele tanto repudiava, os valores que Elton retratava não chegava ao consenso de suas ações.

Como pessoas influenciadas e poderosas, os Hensley conseguiram  apagar os rastros e passar a guarda consensual da criança para Saiuni, isto graças as assinaturas de documentos antigos que Chantal ainda possuia e esperava que ninguém fosse tirar satisfações com os  homens que um dia foram seus superiores!

— Filho! — Saiuni grita de dentro da casa a procura de Tales. — Pare de se esconder! Venha tomar banho!

A loira passa pela sala onde Elton se encontra sentado, assistindo o noticiário, esperando que alguma uma notícia em questão apareça. A cabeça do homem pende para o lado e avisa com indiferença:

— Vi o garoto correr para o quintal. — Um sorriso frio cobre seu rosto. — Keid e Boris o acompanhava.

Sauini suspira cansada e antes de passar da porta murmura:

— Já faz quatro anos pai, precisa se acostumar!

— Nunca vou me acostumar ou aceitar a traição de Boris! — Exclama friamente.

Revirando os olhos, Saiuni se retira do cômodo e segue para o quintal apurando os ouvidos para detectar sons que os denunciem; então após andar por dois minutos ela escuta uma gargalhada já tão conhecida e segue o som, até se deparar com Tales tentando correr de Boris para chegar à Keid. O sorriso é instantâneo por ser óbvio a lentidão proposital do cão. Tales consegue chegar até Keid e se joga confiante nos braços do tio, Boris chega logo em seguida e presenteia a criança com beijos lambidos babados.

— Então é aqui que esse fujão se esconde! — Saiuni murmura ao entrar na clareira não muito longe de casa.

— Vish, — Keid reclama falsamente. — sua mãe nos achou.

— Eu sempre acho! — Saiuni murmura e se abaixa para receber a criança nos braços.

— Mamãe o Boris me beijou! — Conta sorrindo.

— Mais um motivo para tomar um banho.

— Não tero ir no médito. — Exclama e se esconde atrás de Boris. — Dói mamãe! Fala pra ela tio. — Pede para Keid sentado na grama ao seu lado.

Keid acena e encara Saiuni seriamente.

— Como nós achou? — Pergunta primeiramente e então fica sério e retrata. — Tales sente dor, Saiuni.

— O Elton contou — Conta revirando os olhos — E larga de ser pau mandado de uma criança de quatro anos, Keid! — Saiuni murmura já acostumada e continua. — Sabe que ele precisa e fica acobertando.

— Eu sou o tio bonzinho e padrinho protetor, é o meu papel! — Keid se defende e levanta quando o celular toca, volta se para Tales e murmura. — Mais tarde vamos na cachoeira, mas precisa ir com sua mãe.

— Não tero! — Cruzas os braços e faz bico.

— É o seu filho, boa sorte! — Keid dá tapinhas nas costas da irmã e se vai.

Saiuni suspira e encara o garoto a sua frente, Boris o defende com sua vida e dentes. Num ponto é bom e no outro, em situações como aquela o cachorro a irritava com sua devoção e fidelidade. A loira estende a mão e acaricia os cabelos negros do filho, depois abaixa a mão e massageia seu tornozelo levemente inchado. Tales desenvolveu a Doença de Kohler a cerca de onze meses, esta doença em questão afeta o osso navicular do pé causando dor, inchaço, vermelhidão e ou alterações no arco do pé. Tales não estava conseguindo andar direito, pois o pé não aguentava o peso do corpo e então vivia caindo; porém agora, com fisioterapia, remédios e descanso ele já consegue andar mas sente dor e dificuldade muitas vezes ao dia.

— Filho presta atenção, sua perninha dói mas só vai melhorar se você for no médico. E dessa vez ele só vai olhar. — Saiuni argumenta, Tales para pra pensar e então responde.

— Promete?

— Prometo!

— Então o Boris vai tom a gente!

— Não filho, você sabe que não pode. — Explica e Boris rosna. — Quieto Boris!

— Se o Boris não for eu não vou. — Agarrado ao cão a criança murmura.

— Tales! Pare de tentar me chantagear e negociar, eu sou sua mãe e estou falando que você precisa ir, então você vai!

Então com os olhos cheios de lágrimas e com a voz fanhosa o garoto responde:

— Tio Keid disse, te um pai e uma mãe não pode obridar um filho fazer o te ele não ter! — E com um sussurro Tales continuou. — E a senhora me disse para acreditar e obedeter o tio Keid.

O espanto de Saiuni foi grande, nunca ela pensou estar fazendo o que seus pais fizeram com ela e seu irmão, ela abominava aquelas atitudes e não queria ficar daquela forma mas ouvir da criança que se tornou seu filho que ela o estava obrigando a fazer algo que ele não gosta nem de longe, a trucidava por dentro. Porém, Saiuni respirou fundo pois achou uma resposta para a facada.

— Mas querido, se for para o seu bem então não tem mal. — Sussurra e arruma os fios escuros da criança para longe da testa. E complementa em sua cabeça, seu tio só esqueceu de avisar que esse conselho só serve para maiores de idade! — E a mamãe só quer o seu bem. Não consegui e nem nunca conseguiria te fazer mal.

Tales arregala os olhos ao ver lágrimas descerem pela bochecha da mãe, se afasta de Boris e abraça o pescoço da mulher. Tudo o que ele menos queria é deixar sua mãe triste.

— Tá bom mamãe, eu vou e sem o Boris.

— Ei! — Os dois se afastam ao ouvir serem chamados. — Vocês vão almoçar antes de irem ou só quando voltarem? — Chantal questiona da porta da cozinha enquanto acena.

— Eu tero tomer, vovó! — Tales grita e começa a correr em direção a casa porém tropeça em uma pedra e quase cai, mas, é amparado por Boris até seu destino.

— Tales! Pare de ficar correndo e tenha mais cuidado! — Saiuni grita logo atrás com um semblante de breve susto. Faz uma parada na porta e afaga os pelos de Boris. — Bom garoto.

Posteriormente, enquanto Saiuni, Tales e seu Patolino de pelúcia desembarcavam da balsa em Hidden, outra pessoa já tinha chegado a cidade e esperava ansiosamente pelos dois na praça central, na sorveteria.

Vestindo um sobretudo azul escuro de muito poder, um homem observava de longe o Ford EcoSport preto parar rente a guia em frente a clínica médica e sorria como quase nunca fazia; Saiuni e Tales que seguiam de mãos dadas pela calçada não captaram a descoberta do estranho do outro lado da praça.

🤜🏾💣💣💣🤛🏾

Olá,
senhoras e senhores!🤩

O que acharam do capítulo?
Um novo integrante está por vir?
Anos se passaram e muitas coisas estão por vir, aguardem! 😏

Boom, beijocas e até a próxima!💋

Colecionadores de VidasOnde histórias criam vida. Descubra agora