Viagem Americana

Capítulo 12 - Roubando Vegas

E assim, começou uma semana insana.

Mia teve que começar a trabalhar no Cassino BattleRoyale Games, como garçonete primeiro. Mas depois que mostrou que sabia organizar os jogos do cassino, foi promovida à organizadora de jogos. Um passo feito.

Segundo passo, personalizar a moto. Pedi para   Samuel acompanhar o progresso da moto, e ele deixou. Havia uma garagem nos fundos do Cassino, onde preparavam o plano. Uma van preta estava sendo preparada para o assalto, e minha moto estava sendo, como o mecânico costuma dizer, "turbinada".

- Essa moto vai ficar uma beleza — disse Matthew Rollyway, o mecânico. Ele era um garoto ruivo, mas tinha uma cara cansada que o deixava bem mais velho, e uma barbicha no queijo. Sempre vestia um macacão e boné azul — Já era potente, mas com algumas modificações, vai ficar mais ainda.

- O que é isso? — perguntei, apontando para a roda. Havia algum tipo de cano, mas com umas molas presa entre eles. Dava um charme a mais na moto.

- Essa é a direção hidráulica — disse Matt — Vocês não irão por estrada convencionais, e sim por um caminho no meio da terra, para evitar os policiais e chegar em metade do tempo. Isso facilita a direção tanto na terra quanto no asfalto, e da bem mais velocidade.

- Incrível — eu disse. Olhei para o resto da moto, que estava com uma nova pintura. O design prateado mudo para uma coloração preta. Nem parecia mais a mesma moto.

- Não se preocupe com a pintura — disse Matt — Na verdade, até que vai ajudar vocês na suas viagens. Chama bem menos a atenção.

- Como sabe que estou em uma viagem? — perguntei. Matt deu de ombros.

- Do jeito que as rodas estavam desgastadas, e o registro de velocidade bem alto, então eu deduzi — disse Matt — Mas toma cuidado com a moto quando for sair por aí. Se ela se desgastar demais, os pneus podem durar no meio da estrada. Não é só com gasolina que você tem que se preocupar.

- Sei cuidar de uma moto — eu disse. Mas Matt tinha razão, eu não sei nenhuma verificada desde que saí de Beaumont. E agora que tinha um peso a mais na moto, era compreensível que se gastaria muito mais.

E de noite, eu sempre me encontrava com Mia naquele quarto luxuoso. Ter uma vida de gângster em roubos não parecia ser ruim, se trabalhar para a pessoa certa. Ela sempre voltava cansada, então trabalhar naquele lugar devia ser difícil.

- Então, como foi? — pergunto isso todos os dias para ela.

- Foi bem — respondeu Mia — Mas o pessoal de lá é bem mais abusado que em Dallas. Só querem saber da garota dando atenção para eles, e todo jogo eles estão afim de querer subornar.

- Você aceita? — perguntei.

- Em poucas vezes, quando o valor é alto — disse Mia — E dou 90% daquele suborno para o chefe de lá, Hamilton Agelou. Ele parece contente com o meu trabalho, e nem desconfia que sou uma espiã de lá.

- Então, onde está os outro 10%? — perguntei. Ela tirou um dinheiro do bolso, mil dólares.

- Estou reunindo cada vez mais dinheiro, caso Samuel queira nos passar a perna — disse Mia — Já devemos estar com três mil de novo, então é algo bom.

- É. Deve ser — eu disse, mas não com muita certeza.

Mia pegou na minha cintura, e me beijou. No começo, um beijo carinhoso, mas depois foi aumentando cada vez mais e mais. Ela me levantou, e me jogou na cama. A língua dela explorava minha boca, e eu a acompanhava enquanto tirava sua roupa.

Nossa segunda vez, e bem melhor que a primeira. Essa foi a melhor parte daquele dia.

***

- Tá todo mundo aqui? Ótimo — disse Samuel. Depois de 15 dias de preparação, chegou o grande dia. Estávamos na garagem, onde tinha cerca de 50 pessoas ali. Mia já estava no cassino, esperando às ordens — Hoje, é o dia que finalmente iremos mostrar para aquele bando de trapaceiros o que acontece quando roubam de outro cassino.