Capítulo nove

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POV. Luan.

Caio se sentou ao meu lado e eu não me segurei para rir.

— O que foi? — Ele bagunçou os cabelos.

— Sua boca 'tá' vermelha. — avisei.

— Não ligo — Deu os ombros e se encostou despojadamente no sofá. — Lari atrapalhou você com a Tella, né?

— A cara — Ri e baguncei meus cabelos. — Não sei se ia rolar algo. — admiti.

— Por que, cara? — Me encarou. — Ela é gata demais! — Bateu seu cotovelo em mim.

— Ela tem onde pega, né rapaz? — Ri mexendo em minha barba.

— Tem! — Caio confirmou rindo. — Larissa é gata, né cara? Olha lá. — Apontou com o queixo.

Olhei as meninas e elas riam abraçadas, haviam se dado bem demais.

— Vem dançar — Rayssa me puxou.

Acabei ficando sem graça em negar, pois já estávamos no meio da pista.

A puxei, já que tocava um sertanejo, é guiei seu corpo pela pista. Eu não era um pé de valsa, mas a regra do 'dois pra cá, dois pra lá' eu sabia.

(•••)

A sirene soou e eu nem olhei na tv, apenas sai correndo para o bangalô, com meus amigos atrás.

— Abre logo, cara, 'vamo' tomar atenção de novo! — Caio botou pressão.

— Agora espera! — Me encostei na parede para abrir a porta.

É, eu bebi demais.

— Me dá isso aqui — Tellinha me pediu a chave.

A entreguei e ela rapidamente abriu a porta. Entrei já retirando minha blusa e a joguei em qualquer lugar, teria de levar ela mais tarde para a despensa.

Caio e Larissa deitaram juntos e se cobriram até a cabeça, Tellinha me olhou segurando a risada.

— Quer ir dormir lá na casa? — Chamei.

— Não tem cama — Ela fez careta.

— Deita aí na cama, vou dormir aqui no chão. — Peguei um travesseiro.

— Deita aqui — Ela tombou a cabeça para o lado. — Cabe nós dois.

Me levantei e sentei na beira da cama, Tellinha se ajeitou e eu me deitei ao seu lado.

— boa noite — murmurei.

— noite — Ela suspirou.

Fechei meus olhos e pensei em zero coisas, mas me obriguei a dormir quando Caio e Larissa passaram a se beijar.

Ninguém merece.

Segurei a risada.

Agora eu vou dormir, é sério. Pensei.

(•••)

Uma música tocou e eu usei o travesseiro para tampar a claridade e o som.

— BOM DIA, BBIB!! — Uma voz abafada berrou. — ACORDEM! — senti algo bater em mim.

— BOM DIA — Caio puxou meu edredom. — 'Vamo' levantando, tem raio x. — O senti pegar meu tornozelo. — 'Vamo'.

— Deixa de ser mala, cara! — Murmurei irritado.

Abri meus olhos e notei que minha cabeça estava bem próxima ao pescoço de Tellinha.

— bom dia — murmurei e beijei o ombro da minha amiga.

Confinados - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora