Capítulo cinquenta e um

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POV. Maristella.
Abracei seu corpo e gargalhei alto.
Eu não acredito.
De repente, as luzes se acenderam e o som soou alto para acordar os demais.
— O que você tá fazendo aqui? — Murmurei ainda abraçada com seu corpo.
— Nosso paredão foi falso, Tellinha. — Ele afastou nossos corpos e segurou meu rosto. — Fiquei todo esse tempo lá em cima... — Abriu um sorriso tão lindo. — Vi tudo o que acontecia por aqui... — Passou seu nariz no meu. — Foram poucos dias, mas eu senti tanta sua falta.
Resisti a vontade que tinha de beija-lo, nem os dentes tinha escovado ainda, e voltei a abraçar seu corpo.
— Eu também senti sua falta — murmurei e beijei seu pescoço. — Vou escovar meus dentes. — falei depois de alguns minutos.
— E eu acordar esses dois — Ele apontou o casal que, mesmo com o som alto, não se mexeu.
Me afastei, indo até a pia.
Observei Luan deitar sob Caio e Larissa e beijar o rosto do nosso amigo em seguida.
— Acorda, mozão — Segurei a risada.
— Sai de cima, Luan! — Caio o empurrou sonolento. — Luan? LUAN! — se sentou rapidamente, fazendo Larissa cair.
Gargalhei alto, ouvindo os xingamentos da minha amiga, que passaram quando ela viu Luan.
Sequei meu rosto rapidamente na toalha e me sentei na cama vazia.
Aposto que meu sorriso estava na testa.
— Caramba! — Caio exclamou depois de Luan contar o que tinha acontecido.
Ele estava desde a terça na parte superior da casa, com alguns privilégios: imunidade e uma indicação ao paredão.
A porta tinha a luz verde desde a madrugada, mas só hoje pela manhã ele entendeu que podia sair do farol.
Lerdo demais.
— Assisti tudo o que aconteceu aqui — Luan bebeu um pouco da água que havia em minha garrafa. — ouvi muita coisa que me desagradou — bufou. — Lucas, Jéssica e Antônio são mais idiotas do que eu imaginava — riu sem humor. — fico feliz em ver vocês ocupando o lugar que eles queriam.
— Alguém mais viu você descer? — Caio perguntou curioso.
— Não, desci em silêncio e vim direto pra cá. — Ele passou os dedos pelos cabelos. — Será que preciso fazer o raio-x?
— Não sei, mas a gente precisa — Lari se levantou. — Bora. — Bateu com uma almofada em Caio.

Me levantei e ajeitei o roupão vermelho que usava, sai na frente, porque já conhecia Caio César e suas enrolações para sair do quarto.
Luan me abraçou por trás, fazendo com que andássemos igual pinguim.
— Saudade do seu cheirinho, Mazinha. — Beijou meu pescoço, arrepiando meu corpo.
Sorri em resposta.
Entrei sozinha na casa e encontrei a galera na cozinha, me escorei no pilar, Caio e Larissa entraram em seguida e aguardei ansiosa para ver a cada de cada um ali ao ver Luan.
— Alguém viu meu chinelo por aí? — Luan segurava um par do calçado que tinha realmente esqueci aqui na terça-feira.
Ana Luiza soltou a garrafa na pia, fazendo barulho, e correu até o moreno.
Ela gostava muito dele.
Tarzan parou ao meu lado e eu expliquei sobre o retorno e, mesmo sem o conhecer, fez questão de ir até lá e abraçar Luan.
Jéssica pareceu bastante surpresa, mas não pensou duas vezes em ir recepciona-lo. Diferente das outras vezes, o moreno não fez muita questão.
Algo me dizia que ela tinha falado algo que o agradou.
— Por isso que a senhora 'tá' mais feliz — Matheus bateu seu quadril em mim.
— Me sinto bem melhor! — Suspirei sorrindo.
— Fico feliz por não te ver chorar mais — Se aproximou e beijou meus cabelos.
— Você é incrível! — abracei seu corpo. — Obrigada.
Me senti completa, eu estava muito bem de amigos.
Quando não tinha mais ninguém paparicando Luan, me aproximei e segurei seu rosto.
— É tão bom ter você aqui. — Minha voz saiu baixa e ele passou seus braços por minha cintura.
— Eu nunca imaginei que sentiria tanto a sua falta... — Sorri com suas palavras.
Beijei sua boca, soltando um suspiro em seguida, quantas saudades da sua boca na minha.
Ele apertou minha cintura, enquanto sua língua explorava cada centímetro da minha boca.
É incrível a maneira de como tudo se encaixa. Sua mão com a minha. Seu abraço com o meu. Meu rosto na curva do seu pescoço. E o nosso beijo.

Confinados - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora