Capítulo cinquenta e dois

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POV. Luan.
Era quase de noite, estávamos todos ao lado de fora da casa, a manutenção interna atrapalhou meus planos de dormir até que o aviso da festa aparecesse na TV.
Estava sentado no sofá, com a cabeça apoiada no encosto, enquanto prestava atenção no que Alberto contava sobre seu país, aquilo despertou uma vontade de conhecer a Itália.
— Quem sabe eu não vá te visitar lá! — Maristella exclamou, ela também ficou bastante empolgada com a conversa.
— também vou querer — Me intrometi. — Quando sairmos daqui, temos oitenta e quatro viagens programadas — ri.
Realmente, tínhamos combinado umas quatro viagens nesse pouco tempo de confinamento.
— Espero ter dinheiro pra isso tudo — Ela também riu.
— O casalzinho fazendo planos — Lucas riu debochado. — cômico.
— Cara, eu não sei qual o seu problema comigo ou com Maristella.. — Bufei.
— Nenhum, Luan — Levantou as mãos como se estivesse se rendendo. — Só achei engraçado os planos de vocês.
— Você não tem que achar engraçado, cara — neguei com a cabeça — primeiro que você não está diante palhaços, segundo que você é tão tóxico que não fui capaz de compreender como ainda 'tá' aqui.
— Ei — Maristella segurou minha mão e apertou seus dedos contra os meus. — não vale a pena. — Concordei com a cabeça e me levantei junto dela.
Seria melhor ir para outro lugar.
— Isso, camarãozinho, leva o namoradinho pra lá. — Escutei seu comentário quando já tava de costas.
Ele riu acompanhado dos outros dois idiotas, Antônio e Jéssica.
Lembrei da referência 'camarão' e me virei.
— Eu não sei qual dos três é o pior — Senti as mãos de Tellinha em minhas costas. — Desde que ouvi o tanto de merda que saiu da boca de vocês, enquanto estava lá em cima, eu só sinto nojo. — Baguncei meus cabelos. — Eu não preciso "combinar" — fiz aspas com os dedos — com Maristella para me sentir bem ao lado dela. Cuidem da vida de vocês. — bufei. — E para de chamá-la de camarão — Encarei Lucas. — Ou serei obrigado a te fazer engolir todos esses dentes que você tem na boca.
Mari abraçou minha cintura e deixei que ela me puxasse até o sofá, em forma de barco.

Confinados - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora