POV. Maristella.Tirei meu roupão, um pouco insegura devido meu corpo, e espalhei o protetor solar pela minha pele. Me sentei ao lado de Matheus para tomar um pouco da vitamina que só o sol me proporcionava.
— Mas 'cê' já 'tá' aqui? — Caio se aproximou.
— Vocês demoraram demais. — Dei meus ombros.
— Meu raio-x deu pau — Ele se abaixou pegando o protetor que eu havia usado.
— sortudo. — neguei com a cabeça.
— Tella, espalha para mim? — Olhei sob meus ombros, onde, Luan vinha com um frasco nas mãos. Me levantei e parei em sua frente.
— Vira — Pedi despejando um pouco do protetor nas mãos.
Ele fez o que pedi e eu espalhei o produtor por suas costas. Ao terminar, ele virou de frente eu espalhei em seu peito e depois fui para seu rosto. Passei os dedos por sua pele, contornando toda sua barba com o líquido pastoso.
— Eu vou te beijar. — Luan murmurou e eu ri.
Estávamos bem próximos mesmo.
Aproximei meu rosto e beijei o canto de sua boca carinhosamente.
— lindo — murmurei para que somente ele ouvisse.
Caio o chamou e Luan me olhou bufando e revirando os olhos, acabei rindo.
Me afastei e sentei-me novamente ao lado de Matheus.
— Peguei pra tu — Me entregou a latinha.
Sorri agradecendo e abri.
Matheus me contou sobre seus planos para os próximos dias e um deles eram conseguir ganhar, ao menos uma vez, a prova da comida.
(•••)
Com os pés dentro da piscina, inclinei meu corpo jogando minha cabeça para trás.
O céu está lindo, sem nenhuma nuvem."Um ótimo dia para pescar em família" pude ouvir a voz de papai, que esperaria ansioso por nossa resposta. Desde que minha mãe faleceu ele procurava maneiras de nos deixar mais próximos dele.
— O que tanto pensa aí? — Luan apoiou seu queixo em minha coxa.
— No meu pai — Sorri e o olhei.
— Imaginei — Murmurou.
— Você não cansa de ficar dentro da água? — Perguntei mudando de assunto.
— Não — Ele riu e eu baguncei seus cabelos úmidos. — Você deveria entrar.
— Quem sabe depois. — Me mantive concentrada em seus cabelos.
— Linda do jeito que é, da cabeça ao pé — Luan segurou meu pé debaixo da água. — do jeitinho que for... — Luan cantarolou junto da música que tocava no auto falante. — Desde que sai aqui, notei seu olhar para você mesma. — Ele soltou meu pé e pegou minha mão, que estava sob meu colo. — Tu parece insegura, não contente com o que vê... — Suspirei. — Eu não quero que você se sinta assim, Tellinha. Poxa, tu é uma garota incrível e eu aposto que milhares de pessoas lá fora estão loucas para conhecer você pessoalmente — apertou minha mão. — Aposto também que elas não estão incomodadas com o tamanho das tuas pernas, ou do seu quadril, se for isso o que te incomoda. — Ele encarava meus olhos e eu tive que desviar minha atenção, ou eu choraria em sua frente. — Sei que um dia alguém falou algo que te magoou muito, mas nem todo mundo é igual, ou pensa igual, sabe? — Concordei. — Eu, particularmente, te acho a pessoa mais linda dessa casa, e não é a primeira vez que te digo isso. — Sorri timidamente. — Confia em mim, confia em si, tu é uma pessoa incrível.
Abaixei meu tronco para o abraçar e ele correspondeu.
Fiquei alguns segundos ali até que ele, não contente, me puxasse para água.
— Seu ridículo — Tirei meus cabelos do rosto.
— Desculpa — Ele segurava a risada. — Eu não queria...
— Sínico — Bati as mãos na água, afim de jogar nele.
— Viu, Tetê? Você não derreteu. — Luan segurou meus braços.
— Novo apelido? — Perguntei.
— Sim, Tetezinha. — Puxou-me e deixou um beijo em meu ombro. — Eu só não te beijo porque você não deixa.
— Luan — Murmurei timidamente.
— Tímida demais — Dessa vez, ele mordeu meu ombro. — Vamos lá comigo. — Ele me arrastou até a borda, depois fez com que eu o acompanhasse até a cozinha.
— O que viemos fazer aqui? — Questionei.
— Eu vim beijar você. — Ele deu os ombros.
— Ah é? — Ri, encostando meu corpo no seu.
— É — Ele sorriu e beijou-me.
Dei a passagem que sua língua havia "pedido", assim, ela logo acariciou a minha. Luan apertou minha cintura e eu, por estar com a mão em sua nuca, raspei minhas unhas de leve em sua pele.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Confinados - Livro I
Fiksi PenggemarTrês meses em uma casa totalmente vigiada. Um grau elevado de pressão psicológica. O que seria mais difícil do que conviver três meses com pessoas desconhecidas? Um casal formado com quatro semanas de confinamento, seria mais para sobrevivência ou c...