Capítulo dezenove

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POV. Luan.

Passei a contar as semanas a partir do paredão. Aquele de Larissa havia sido o primeiro de outros que viriam.

Na quarta-feira, pós paredão, tivemos mais uma festa, Cláudia Leitte subiu ao palco e agitou nossa casa. Desta vez o embriagado foi eu, onde Caio e Maristella tiveram que me ajudar no banho.

Deveria ser pecado tanta bebida assim.

Na quinta-feira mais uma prova do líder.

Rayssa foi a coroada da semana, pois a prova era da de extrema sorte e mente fotográfica, já que teríamos de recordar algumas novelas da rede Globo.

Agradeci mentalmente por ela ter levado três pessoas para dormir com ela no bangalô, assim disponibilizou cama para nós.

Já na sexta-feira sediamos mais uma festa, fiz o que havia prometido a Tellinha. Bebi com moderação.

Acabei me aproximando mais de Maria Júlia, que me contou um pouco mais da sua vida.

No sábado, próximo ao horário de almoço, tivemos a prova do anjo.

E eu desejava muito ter a ganhado. Estava morto de saudades da minha família.

Mas infelizmente não foi eu quem dei sorte e sim Matheus, que deu os monstros a Alok e Paloma.

Pela noite, nos reunimos ao lado de fora da casa e inventamos brincadeiras ou recordamos de algumas do nosso passado.

Quando o domingo chegou fizemos uma nova prova da comida, o 'tá com tudo' continuou o mesmo. Acabei rindo de Maristella que reclamou da proteína tirada.

— Eu não aguento mais. — Resmungou chateada.

A noite chegou e desta vez os indicados eram Evelyn, Lucas e Antônio.

Evelyn indicada pela Líder e os demais pela casa.

Eu mesmo votei em Antônio, que ganhou o apelido de papi, por não concordar com algumas das suas atitudes como: bater à porta do quarto pela manhã.

Justificativas feitas, só nos restou curtir o resto do domingo e o emendar com a segunda-feira, que trouxe minha ida ao supermercado, sem brigas por causa de stalecas.

Rayssa levou seus amigos mais próximos ao cinema do líder, já nós curtimos o tédio.

Maristella me fez companhia na maior parte do tempo.

Ela me fazia muito bem.

O final da minha semana havia chego, terça-feira iniciou nublada, assim como o clima da casa devido à eliminação da noite.

A terça à noite chegou e com ela a eliminação de Evelyn, o que me deixou extremamente chateado, já que ela havia cuidado de mim quanto fiquei doente.

"Isso é um jogo, Luan. Querendo, ou não, pessoas irão sair e nos resta saber se lá fora iremos querer, ou não, elas próximas da gente."

Foram as palavras de Maristella para mim, e eu jurei que ao passar por aquela porta, espero que só no último dia de programa, procuraria todos que acrescentaram algo em mim durante minha permanência nesse programa.

A terceira semana de confinamento se iniciou com uma festa anos 80, aquilo melhoraria a quarta-feira.

Afim de inventar moda, Matheus retirou uma bolinha, do escorredor repleto delas, e pediu que organizássemos uma fila.

A regra era passar a bolinha com a boca sem utilizar alguma outra parte do corpo.

De início deu certo, fizemos isso umas três vezes até que Rayssa tirasse a bolinha, que estava entre eu e ela, e juntasse nossos lábios em um selinho rápido.

Ousada.

Fiquei sem jeito, aliás não espera que ela fizesse algo do tipo, mas nada que parasse a festa.

No final, tive que repetir o que havia feito na primeira festa: cuidar de Maristella.

Ela e Larissa haviam enchido a cara sem motivo algum.

Quando a levei para o quarto, escutei Jéssica murmurar alguns comentários que me desagradaram.

"Ele cuida dela por dó. Ou você acha que ele ficaria com ela?"

"Eles são diferentes demais."

"Rayssa, ele 'tá' na sua."

Suspirei frustrado, mas prometi que não diria aquilo para ninguém, pois o público estava vendo quem realmente ela era.

Na quinta-feira após as dez da manhã, quando o despertador tocou, Maristella inventou que aguaria as plantas para melhorar sua dor de cabeça, mas isso só lhe causou mais dor ainda.
Após ter feito o que havia dito, pisou em falso o que causou uma leve torção no tornozelo direito.

"Nada que gelo não melhore" disse com a bolsa térmica em mãos.

Tella ficou a tarde toda de molho, pois, assim que a noite caiu, ocorreu mais uma prova do líder. Desta vez de resistência.

Tínhamos que ficar em uma rede, como se fôssemos peixes, e aguentar água a cada quinze minutos, eu acho.

Acredito que eu tenha ficado bastante tempo, mas sai junto de Mari, que me olhou, chorando junto da chuva que caía sob nós, enquanto me mostrava seu tornozelo mais inchado que antes.

Voltei junto dela para casa e a levei direito para o confessionário.

Enquanto ela era atendia, tomei um banho rápido para não ficar resfriado novamente.

Quando saiu, Tellinha tinha uma bota ortopédica nos pés e uma toalha jogada nos ombros.

A ajudei no banho, sem me importar que me molharia novamente. Quando já trocada, me deitei ao seu lado e mexi em seus cabelos até que ela dormisse.

Acordei assustado com a porta do quarto batendo, mas não pude levantar, pois Tella tinha a cabeça em meu braço, que já estavam até adormecido devido à posição.

Só quando Maristella acordou que eu pude me levantar e saber que o coroado da semana era Felipe.

Forró. Este era o tema da festa dessa sexta-feira.

Minha amiga ficou limitada, já que não podia andar tanto e nem beber algo que fosse alcoólico.
Para que aquela festa não fosse um tédio para ela, a chamei para dançarmos. Parecíamos dois pinguins ao som de 'Xote da Alegria'.

"Você me faz muito bem"

Maristella me disse enquanto sorria, dai eu não me preocupei com a maneira que dançávamos e sim em fazer aquele sorriso permanecer em seus lábios.

Não demoramos para irmos deitar, ela reclamava de dores, mas nada que não passasse com analgésico.

Por não ter muita noção de tempo, não sobe em qual horário fomos realizar a prova do anjo. Por ter que tirar duas pessoas, Felipe escolheu Tellinha, que agradeceu pois poderia se prejudicar, e Jéssica.

A prova exigia rapidez e agilidade de nós, participantes, pois era um mata-mata. Logo fui para a final e assim, conquistei minha primeira prova do anjo.

Para o monstro escolhi Jéssica e Israel para serem os vigias da piscina.

Confinados - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora