Capítulo cinquenta e três

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POV. Júlio.
Passei a mão pela testa, na tentativa de me livrar um pouco do suor.
O Rio de Janeiro é quente demais.
Por ser horário de almoço, pela janela do carro, a famosa calçada de Ipanema parecia bastante movimentada.
Eu precisava aproveitar a noite carioca antes de voltar pro meu interior.
— Vai ser o tempo de chegar no hotel, deixar as malas e ir até lá — Amanda falou no telefone.
Nossa vinda para a cidade maravilhosa foi algo programado, estávamos a duas semanas ajeitando as coisas, porém seu Otavio não pode nos acompanhar.
— Incrível aqui, em? — Comentei encantado com a beleza da cidade.
— Nunca veio ao Rio? — Isabella, nossa advogada, perguntou.
— Nunca — suspirei. — A noite podemos dar uma volta?
— Claro. — Deu os ombros. — Tem alguns bares bacanas aqui perto.
Me animei um pouco, ao menos levaria recordações boas daqui.
Não demorou para chegarmos no hotel, mas foi o tempo de deixar as malas e trocar de blusa, o moletom que eu usava não combinaria com a situação e nem com o clima daqui.
Logo estávamos no endereço dado pela produção do programa.
— Sua irmã é demais! — Amanda riu e virou o celular para mim.
Maristella bebeu todas e mais um pouco e chorou enquanto contava de como tinha fico triste sem Luan ali para um vaso de flor.
Ainda quis ir para debaixo do maldito edredom.
Eu não tenho saúde pra isso!
Ela é terrível.
Neguei com a cabeça e passei os dedos pelos meus cabelos.
Amanda sabia o quanto incomodado eu fico e me mostra esse tipo de coisa pra tirar sarro, só pode.
Rodrigo, o advogado da Globo, indicado para cuidar do nosso caso, conversou com Isabella antes de falar conosco.
Como nossa advogada tinha nos explicado, não poderíamos ferrar com a vida de Lucas, não agora. A única pessoa que poderia mover alguma ação era Maristella, mas por estar confinada e ser proibido qualquer tipo de vínculo com a gente aqui fora, teríamos de aguardar até que ela saísse.
Ele também nos contou da campanha que estava mobilizando a internet, além de fãs, alguns famosos e pessoas que estiveram com a minha irmã dentro da casa, pedindo a saída do idiota que falava coisas horríveis sobre minha irmã.

As regras, que eu já conhecia por ler junto de Maristella, foi lida uma a uma para nós e respirei mais aliviado por saber que Lucas se encaixava em uma delas.
No final, Rodrigo nos adiantou que ele sairia o mais breve possível.

Confinados - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora