Capítulo cinquenta e oito

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POV. Maristella.
Encarei o espelho e sorri feliz com a roupa que mandaram para mim.
— 'Cê' 'tá' linda — Caio ajeitou o cabelo, que estava grande demais.
— Eles arrasaram nas roupas! — Exclamei empolgada.
— Alguém viu meu sapato? — Luan perguntou totalmente aleatório.
Ele estava em pé, com um par na mão, e coçava a testa.
— você deixou perto da mala — Apontei com o queixo, enquanto borrifava meu perfume.
— Não 'tá', Tellinha — Olhou de um lado para o outro.
Fechei minha mala e fui até a dele procurando seu sapato, e realmente estava onde o disse.
Terminei de me ajeitar e quando a sirene tocou, fomos juntos para sala.
Me sentei no meio dos dois e sorri.
— Impossível não lembrar dessa sala cheia — Segurei as mãos deles. — estou bastante feliz por estar aqui com vocês. — meus olhos marejaram.
— Aí, Mazinha — Caio falou.
Foi até engraçado, pois os dois se aproximaram e beijaram minhas bochechas.
Acabei rindo.
— Se tivesse combinado, não teria dado certo — Luan também riu.
— Que cena linda — Tiago apareceu. — Boa noite, meus finalistas.
— Boa noite, Tiago. — Respondemos juntos.
— Como vocês estão?
— Estamos bem — respondi, ainda sorridente.
— Temos três famílias aqui ansiosas para ver vocês, sabiam? — meu coração se aqueceu, que saudade. — Hoje vocês irão acompanhar o programa conosco, certo? — Balancei minha cabeça positivamente. — Vamos começar, relembrando a trajetória de cada um até aqui.
Foi impossível não chorar ao ver aquela linha do tempo, entrei aqui com tantas inseguranças e hoje, acredito eu, que saio daqui uma pessoa melhor.
Meu primeiro beijo com Luan passava na tela e eu desviei minha atenção para minhas mãos, que estavam unidas com a dele e a de Caio.
Ele não parecia estar encenando.
Luan depositou um beijo em meu ombro, me fazendo olhá-lo de novo, sorri de lado e ele passou o polegar pelo meu rosto, para se livrar das lágrimas que escorriam pelo mesmo.

Uma cena, na qual eu não me lembra o dia que tinha ocorrido, passou na tela e eu me senti envergonhada.
Primeiro tocava uma música da dupla Zé neto e Cristiano, dizendo:
"Meu orgulho caiu quando subiu o álcool, aí deu ruim pra mim."
Em seguida, eu, sentada no sofá, completamente embriagada, com Luan ao meu lado.
— Eu gosto de você, que merda! — Balancei meus braços de maneira irritada. — Eu não queria gostar, mas eu gosto. Eu vou fazer o que? Inferno. — respirei fundo. — Eu não tenho culpa, eu não mando no meu coração, Luan, eu não mando. Infelizmente eu gosto de você, vou fazer o que?
Acabei rindo no final, eu não me lembrava de nada disso.
No mínimo virei meme lá fora.
— Que dia foi isso? — Perguntei aos dois que riam.
— Uma das últimas festas — Luan beijou meu rosto. — Eu também gosto de você, merda. — Enfatizou o R da última palavra dita.
Foi uma programação incrível, até o show que a dupla Maiara e Maraisa fazia lá fora, curtíamos. Em um dos intervalos, Luan me convidou para dançar.
Sorri e aceitei colocando meus braços em volta do seu pescoço, Caio, após fazer drama, pegou uma almofada, disse que ela se chamava Larissa e dançou ao nosso lado.
A música, que as meninas cantavam, é linda, e foi impossível não me derreter com Luan a cantando ao pé do meu ouvido.
— Ela não tem noção do quanto ela é linda e que quando sorri mais bonita ainda — Senti ele sorri e foi impossível não sorrir também. — Só que ela não sabe que pra te ver feliz eu faria de tudo, pra mudar seu mundo... — Ele deixou um beijo abaixo do meu ouvido. — Desculpa — pediu pela milésima vez.
Soltei o ar e selei rapidamente nossos lábios.
Acredito eu, que amanhã as coisas seriam diferentes, eu não sabia o que nos esperava lá fora, então resolvi sair daqui sem me arrepender do que não fiz.
Depois que Tiago encerrou a votação minha fixa caiu.
Eu estou na final.
Socorro.
Meu coração passou a bater forte, Titi declarava o terceiro lugar dessa edição e ele ficou com Caio César.
— Somos nós dois, mais uma vez. — Luan segurou os dois lados do meu rosto e beijou minha testa.

Confinados - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora