CAPÍTULO 15

657 45 0
                                    

Uma semana se passou e Iza e eu decidimos ir para Orlando, minha mãe veio passar meus últimos dias no Brasil comigo e meu pai ficou no Rio resolvendo pendências do trabalho, como sempre.

- Tá pronta Sofi? A gente tem que ir pro aeroporto. - Iza disse colocando sua cabeça na porta entreaberta.

- Espera aí. - Disse fitando uma folha de papel.

Eu não conseguia tirar da cabeça o que Iza me dissera "Talvez seja só um plano da Patrícia". Então, contra todos os meus sentimentos e podemos dizer que contra a minha própria vontade escrevi uma carta.

Terminei de escrever coloquei num envelope, anotei o endereço de Lucas num papelzinho e chamei minha mãe.

Terminei de escrever coloquei num envelope, anotei o endereço de Lucas num papelzinho e chamei minha mãe

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Mãe, entrega essa carta nesse endereço, por favor!

- Tá, amanhã eu mando pelo correio.

- Não mãe, tem que ser agora e a senhora tem que entregar pessoalmente, entrega pro Lucas, grava o nome, Lucas, e não deixa essa carta sumir, ela tem que parar nas mãos do Lucas.

- Tá bom... Eu posso ler? - Ela perguntou levantando uma de suas sombrancelhas.

- Nunca!

- Ok!

- Vamos gente? - Iza perguntou.

- Vamos, minha mãe não vai até o aeroporto então se dispesa dela aqui.

Iza e eu nos dispedimos da Dona Soraya e partimos.

- O que você tanto procura? - Iza perguntou depois de me fitar por alguns minutos.

- O Lucas, eu falei que se ele quisesse uma chance ele poderia vir aqui. - Disse baixo enquanto fitava a entrada.

Me levantava a cada homem de boné que passava pela entrada, meu coração batia forte, e eu suava como uma porca que está pretes a chegar no matadouro.

- Atenção passageiros do vôo vinte e cinco zero nove,  já podem se dirigir ao embarque.

- É o nosso Sofi, vamos!

- Espera! - Disse ainda fitando a entrada.

- Sofi, a gente tem que embarcar. - Iza disse me puxando pelo braço.

- Ele vai vim, eu sei que ele vai! - Disse pondo meus olhos na entrada novamente. Disse com todas as minhas forças, com a certeza que nem eu mesma tinha.

Os pensamentos esperançosos  reinavam em mim, eu não conseguia pensar em mais nada, apenas no meu amor entrando por aquela porta de vidro e vindo me abraçar.

- Atenção senhores passageiros do vôo vinte e cinco zero nove com destino a Orlando última chamada para o embarque.

- Já chega Sophia, vamos!

- Ele vem, e-eu sei... - Disse meio que num suspiro.

Enquanto Iza me puxava eu só conseguia sentir a dor em meu coração, não podia acreditar que Lucas não viria, que realmente tudo estava acabado e que ele nem se importava, e mais uma vez aquele pensamento de ser insuficiente voltou a me atormentar.

Durante a viagem eu apenas olhava para o céu através da janela do avião, ficava pensando nas estrelas, no quão elas estão longe e ao mesmo tempo tão próximas umas das outras. Pensava também que essa aproximação talvez fosse apenas a imagem do passado, que talvez no presente elas nem estivessem mais lá... "Será que isso se aplica a mim e Lucas? Será que eu estou apenas vendo o passado?"

 "Será que isso se aplica a mim e Lucas? Será que eu estou apenas vendo o passado?"

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
E SE EU PUDESSE CONTAR AS ESTRELAS?Onde histórias criam vida. Descubra agora