CAPÍTULO 6

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Lucas e eu ficamos conversando e brincando por um tempo e depois nos deitamos para ver as estrelas.

- Vamos passar a noite aqui? - Peguntei com a cabeça apoiada no peitoral de Lucas.

- Por mim a gente passava!

- Eu não quero ir embora...

- Nem eu!

- A culpa é das estrelas! - Brinquei.

- Óia...

- Tô brincando meu anjo. - Disse e o beijei.

- Sabia que me deram uma estrela?

- An?

- Me deram uma estrela, tipo compraram e agora é minha! - Ele disse meio empolgado.

- Nossa, eu não tenho verba pra superar essa lembrancinha aí não... - Disse rindo.

- E nem precisa, eu já tenho a minha constelação todinha aqui. - Ele disse e selou nossos lábios.

Confesso que aquilo foi muito bom, talvez ele tivesse visto em alguma revista de cantadas ou em algum filme, mas não importa, foi muito bom.

- Eu queria congelar esse momento! - Lucas disse e sorriu.

- É eu também queria. Não é perigoso deixar o carro lá? - Perguntei me levantando.

- Depende do horário... É, acho que podemos ir! - Ele disse olhando as horas em seu celular.

- Então vamos!

Lucas me deixou em casa e eu subi igual uma drogada, a borboleta continuava dançando funk em meu estômago, o sorriso parecia mais um uniforme que não podera ser tirado e os pensamentos já não eram meus, Lucas havia roubado todos para ele.

- Iza, cheguei! - Berrei enquanto fechava a porta.

- Uuuuuui, vocês foram aonde? - Iza perguntou correndo do quarto até a sala.

- Ai, o Lucas me levou num lugar lindo que ele disse que vai sempre! - Disse me deitando no sofá.

- E rolou? - Iza perguntou com um sorriso no rosto.

- Rolou o que garota? Me respeita! - Disse me levantando e fui tomar um banho.

- Fala logo Sofi! - Ela disse logo atrás de mim.

- Tá, rolou uns beijinhos e só, só foi um passeio menina.

- E esse sorriso idiota aí? - Ela perguntou me fitando e rindo também.

- Que sorriso idiota? Aliás sai daqui que eu quero tomar banho.

- Ai ai hein, Dona Pedra! - Iza disse saindo do banheiro.

Enquanto tomava banho prestei atenção nas gotas de água novamente. Era legal ver uma coisa tão pequena, tão frágil e tão importante pra vida... Iza estava certa em me chamar de "Dona Pedra", já fazia tempo que eu não me relacionava, mas isso foi porquê esmagaram a minha gotinha de amor.

Saí do banheiro, me troquei, peguei um café na cozinha e voltei para o quarto. Fiquei alí bebericando o café enquanto admirava aquela vista urbana que minha janela me proporcionava, eu tinha o costume de fazer isso para me acalmar, enquanto o vento frio digno de uma metrópole batia em meu rosto, eu sentia o meu coração se aquecer, era como se alguma coisa em mim tivesse mudado. Aquele momento era o mais importante para mim, pois era onde eu me encontrava comigo mesma, desvendava os mistérios do meu próprio coração e percebia as mudanças que haviam me acontecido, quase como quando você reencontra alguém que você não vê por muito tempo.

E SE EU PUDESSE CONTAR AS ESTRELAS?Onde histórias criam vida. Descubra agora