Capítulo 3

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Somos esmagados e criados
somos derretidos e refeitos
Estamos quebrados e construídos na mesma maneira
O que eu pensei que eu poderia lidar
O que eu pensei que eu poderia tomar
O que eu pensei que iria me destruir
Deixa-me mais forte em sua esteira
E há momentos em que somos subestimados
Tanto a tristeza e bondade encontrado em algo novo
Quando uma coisa morre, outra coisa pode ser criada

Crushed and Created - Caitlyn Smith


A polícia precisa prender logo aquele psicopata, sempre soube que algo não se encaixava nele, o seu olhar sempre foi muito sombrio, do tipo que não gosta de perder. Algo nunca me convenceu totalmente.

Estou exausta, só quero tomar um bom banho e dormir por horas seguidas, quero realmente esquecer esse dia, nessas horas eu queria controlar o meu lado obscuro, queria poder invocar ele sempre que preciso. Droga, já estou pensando besteiras.

Após alimentar a Edwiges, minha coruja de estimação, sigo até o banheiro, hoje irei me dar o luxo de tomar um longo banho de espumas, conecto o celular no pequeno aparelho de som que tenho e under the bridges começa a tocar, coloco as roupas que estava usando na lixeira, não quero nenhuma lembrança desse dia de merda.

A água me brinda com o seu calor, em poucos segundos eu consigo relaxar os músculos tensos e, sem querer eu me pego pensando nos olhos daquele policial de mais cedo, não o que ficou na porta do quarto, o outro, o que me interrogou, olhos astutos, desconfiados, gostei dele, gosto de pessoas desconfiados, tenha medo das pessoas que são sempre sorrisos meigos, são essas pessoas que podem esconder grandes garras, minha mãe é um claro exemplo de pessoa sorridente que esconde sua maldade, tenho as marcas no corpo e na alma das suas garras.

Acho que peguei no sono, acordo de modo abrupto, sei que tem algo errado antes mesmo de abrir os olhos, quando os abro me deparo com os olhos que sonhei, só que na minha frente — ao vivo e a cores — levanto-me com o susto e seu olhar percorre meu corpo lentamente, minha respiração torna-se irregular com o calor da sua avaliação, meus mamilos tornaram-se rígidos, quando ele voltou a me encarar algo quebrou o momento e notei a mudança no seu semblante.

Eu estava preocupado e você fica  tentando me seduzir? — ele perguntou arqueando a sobrancelha. Foi nesse momento que eu voltei ao normal, porque merda ele estava ali? E como diabos ele entrou? Já que eu claramente não tinha aberto a porta.

— Quem tem que fazer as perguntas aqui sou eu, porque merda você está parado no meu banheiro — perguntei enquanto alcançava o roupão e protegia o meu corpo do seu olhar. — E como você entrou aqui? — essa era a pergunta de um milhão de dólares.

— Entrei pela porta da frente, toquei a campainha e como ninguém atendeu eu pensei que pudesse ter acontecido alguma coisa. — não poderia ser tão simples como ele estava fazendo parecer.

— E o que você estava fazendo na minha porta para começo de conversa? — porque essa resposta sim, me interessava.

— Eu preciso que você coloque uma roupa decorosa e venha comigo. — oi?

— Quem fala decorosa em primeiro lugar? E porque você claramente imagina que eu vou a alguma localidade? — que cara louco.

— Você não está segura aqui, Nix, hoje conseguimos extrair uma informação muito importante, você era a pessoa que o Frederico iria comprar ontem, era você que ele pretendia levar para só Deus sabe onde, você iria sumir do mapa e por algum milagre ou o que quiser chamar, livrou-se desse destino. — arfo com as informações.

Incomparável Nix (EM PAUSA)Onde histórias criam vida. Descubra agora