- O papis tá no hospital e o ... - Não consegui terminar, dizer aquilo era muito cruel. Fui para a cozinha, beber água. E pela primeira vez desde a notícia da morte de João, comecei a chorar. Depois de um tempo parei de chorar e voltei para a sala.
- Ele virou estrelinha Ayla. - Carol falou, ela tentava segurar o choro.
- Ele não volta mais? - Perguntou triste.
- Não, mas vai poder ver ele todas as noites.
Carol pegou Ayla no colo, que começou a chorar.
- Ayla se acalma, você vai passar mal. - Fui na cozinha pegar um copo de água com açúcar para ela - Bebe isso aqui.
- Obrigada Day. - A pequena agradeceu com dificuldade, pois estava sem ar.
Ayla me abraçou forte.
- Você é minha pipoquinha. Você sabe disso. Eu te amo de montão também. O papai João está em um lugar bem melhor agora, né?
- Está sim!
- Então, ele era todo doido né? Vamos ser doidas também, por ele. Promete que não vai mais chorar?
- Mas dói, Day.
- Eu sei, mas quando sentir que está doendo, fala comigo ou com a tia Carol e a gente faz cócegas para você parar de chorar. Eu te amo. - Peguei ela no colo e a abracei
- Eu te amo também. Tia quer abraço também? - Perguntou para Carol que via a "nossa cena" com cara de bobona.
- Eu quero, posso?
- Pode. - Ayla saiu do meu colo.
- Ué, porque saiu? - Falei sem entender.
- Pra tia Carol sentar no seu colo e eu no colo dela.
Carol me olhou com uma cara como se pedisse permissão. Eu fiz um sim com a cabeça e Carol sentou no meu colo e Ayla no colo dela e ficamos ali, nós três abraçadas, era uma sensação tão boa. Nós três ali. Eu só queria que o CaDu e o João ainda estivessem aqui com a gente.
Algumas horas se passaram e Ayla já estava dormindo.
- Amanhã você trabalha?
- Não, amanhã é minha folga e domingo também, graças a Deus. Por que?
- O CaDu me falou que você trabalha no mesmo mercado que eu. Mas eu trabalho lá no sul.
- Sério? Você folga quando?
- Sábado e domingo também. Você faz o que lá?
- Sou do recrutamento.
- Eu também!
- Agora tá explicado porque folga sábado e domingo também. Finalmente chegou alguém para me ajudar naquele inferno, bem que a Sandra falou que eu precisaria repassar o padrão com alguém.
Depois de horas conversando fomos dormir. Deixei Carol dormindo no meu quarto e fui dormir no quarto de hóspedes, já que estava todo bagunçado com as minhas tralhas. Eu demorei a dormir, um filme passou em minha cabeça, com todos os momentos que o CaDu e Jô me conformaram, me abraçaram quando eu mais precisava. Eu queria eles aqui do meu lado. Eu não aguentei e comecei a chorar. Não sei exatamente quando adormeci, mas no dia seguinte acordei com algumas gargalhadas vindo da sala, levantei sem fazer muito barulho e fui ver o que estava acontecendo. Me deparo com a cena mais linda, a Carol estava deitada no sofá com a Ayla deitada em cima dela. Ayla estava fazendo cócegas na Carol, que ria igual uma criancinha. Nem parecia que tinham se conhecido um dia antes.
- Bom dia Day. - Falou vindo em minha direção com os bracos abertos e eu a peguei no colo.
- Bom dia meu anjinho. Bom dia Carol.
- Está bem Bela Adormecida? - Olhei para o relógio e marcava 10:00.
- Estou Pequena Sereia. Por que não me acordou?
- Eu até tentei, mas fiquei com dó e deixei você dormir. - Ela deu os ombros e começou a juntar alguns brinquedos do chão.
- Day, me coloca no chão por favor. Vou ajudar a tia Carol.
Eu coloquei no chão e fui fazer minhas higienes matinais. Quando voltei para sala, meu celular tocou.
Ligação on.
- Alô.
XXXX: Bom dia. Gostaria de falar com Dayane Lima.
- Sou eu. Com quem falo?
- Aqui é a Poliana. Sou do hospital onde o senhor Carlos Eduardo está internado. Poderia comparecer aqui segunda feira às 16hrs?
- Não tem como adiantar não?
- Se for adiantar vai ser hoje às 14hrs.
- Sem problemas.
- Bom dia.
- Obrigada pra você também.
Ligação off.
- Que cara é essa? - Prguntoue ao ver que eu estava preocupada.
- Me ligaram do hospital. É para eu comparecer as duas horas lá.
- Posso ir também? - Falou na esperança de poder ver seu pai.
- Você não quer ficar comigo em casa? - Tentou me ajudar.
- Não. Eu quero ver meu pai.
Me sentei ao lado dela no sofá.
- Lá não é um lugar de criança Ayla. Você vai ficar em casa.
- EU QUERO VER MEU PAI. - Ela gritou irritada, mas logo começou a chorar.
- Vem cá.
A peguei no colo e abracei ela.
- Eu não quero que ele morra também, Day. - Ela disse desabando no choro.
Aquilo me preocupou muito. Nunca vi Ayla chorar tanto. O pior é que eu não sabia o que fazer.
Flashback on.
- Você é mesmo uma inútil. Você não sabe fazer nada Dayane. Some do mundo.
Flashback off.
Abaixei minha cabeça. Que merda. Por que tenho que ficar lembrando disso?
- Ayla, lembra do que a gente combinou de manhã? - Ela fez "sim" com a cabeça. - Então.
- Desculpa. - Fez manha limpando as lágrimas que caiam de seus olhos.
- Não tem que pedir desculpa. Só lembra que o Deusriso vai te atacar.
- Deusriso?
- É o Deus da risada. - Carol explicou e eu comecei a rir.
- Não tinha um nome melhor não?
- ATACAR! - As duas gritaram e começaram a fazer cócegas em mim.
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Rebuild Me - DayRol - Concluída
Fanfiction[ Status: Concluída. ] João e Carlos Eduardo tinham um sonho e com ajuda de Day realizaram ele e a doce Ayla nasceu. Day era madrinha de Ayla junto de Lucas, primo de Carlos. Carlos tem uma prima de 2°, Carol que é irmã de Lucas. Ela passa por algum...