{07}

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- Primeiro que, nos conhecemos ontem. Segundo que eu prometi a mim mesma que nunca mais ia me apaixonar.

- Por que?

- Porque meus últimos relacionamentos foram péssimos. Quase perdi a Ayla por causa disso. - Falei e coloquei o copo na pia.

- Pera, você não beija a quanto tempo?

- Você está muito interessada, não?

- E se eu estiver? - Falou colocando uma mecha do meu cabelo para trás da orelha. - Seu rosto é tão bonito, mostra mais ele.

- Se você tiver, me desculpe, só vai perder tempo. Tranquei meu coração a sete chaves.

- Me prova. Já que seu coração está trancado, não se importaria se eu te beijasse.

- Me importaria sim, prometi...

- Que não beijaria mais ninguém. - Falou me imitando.

- Exato.

- Por que vocês estão falando de beijo? - Falou quando chegou na cozinha.

- Porque a tia Carol é louca. - Respondi colocando Ayla em cima do balcão.

- Por você né, mamãe. Você já reparou como ela te olha?

- Que isso menina? - Carol arregalou os olhos.

- Eu sou criança mas eu sei que a tia Carol ta doidinha por você. - Me olhou. - Sabe como eu sei?

- Como? - Falamos juntas.

- Porque vocês se olham igual meus papais de olhavam e igual o Príncipe olha para uma princesa.

- Você está assistindo muitos filmes. - Falei rindo de Ayla.

- Talvez ela esteja certa. Só você que não quer aceitar.

- Isso é um complô dona Ayla e dona Caroline?

- Pode me chamar de futura Nunes. - Falou me zuando.

- Odeio Nunes. Pode ser Lima.

- Então pode me chamar de futura Lima, tá bom futura mulher? - Me olhou.

- Tá bom futura mulher.

- Finalmente está aceitando, mamãe. Eu sempre quis ter duas mães igual ter dois papais.

- Ayla a gente tá brincando.

- Estamos? - Carol falou fazendo biquinho, eu encarei ela. - Agora falando sério, estamos!

- Posso assistir desenho?

- Pode sim.

Tirei ela do balcão e ela foi correndo para a sala. Eu e Carol ficamos conversando sobre a decisão que iríamos tomar sobre o CaDu. Resumindo: não tomamos nenhuma decisão.

- Bom, eu vou tomar um banho e já venho.

- Tá bom, Baby. - Eu sorri.

Fui para o meu quarto, peguei minhas coisas e fui tomar um banho. No banho eu pensei muito em qual atitude tomar em relação ao caso de CaDu, decidi que ia aguardar até sexta, se ele teve alguma melhora, iríamos esperar até completar três meses, se ele teve melhora iríamos esperar um ano e se nada acontecesse, iríamos desligar. Fui para a sala com as meninas. Ayla estava dormindo em um sofá.

- Cê tá cheirosa demais. - Carol falou assim que deitei no ombro dela.

- Eu sei disso. - Falei me gabando.

- Quer impressionar alguém?

- Eu não. Meu coração está trancado a sete chaves.

- Meu nome é Dayane e blá blá blá.

- Hotel Transilvânia? Sério? - Falei rindo dela.

- Sério. Eu amo desenhos.

- Cê já assistiu Divertidamente? - Falei empolgada.

- Ainda não. É bom?

- Demais! Eu falo pra Ayla assistir, mas quem quer assistir sou eu. - Falei me escondendo no pescoço de Carol.

- Meu pescoço é cheiroso né?

- Demais. - Dei um beijinho no pescoço dela e ela se arrepiou.

- Não faz isso. - Ela falou fazendo manha.

- Cê gosta? - Falei provocando ela, dando mais alguns beijos e depois um chupão, sem deixar marcas.

- Geralmente não, mas contigo foi diferente.

- Tu tá apaixonada por mim, sei que é difícil não se apaixonar.

- É difícil mesmo.

Carol e eu estávamos muito perto. Eu estou traindo minhas próprias promessas. Alguém me salva pelo amor de Deus.

- "Chega de mentiras, de negar o meu desejo eu te quero mais que tudo, eu preciso do teus beijo." - Carol cantou e eu só fiquei mais encantada com ela. Que puta voz. Mano essa mulher faz mais o que? Ela voa? Só falta.

- Você canta muito bem.

- Eu beijo bem também, sabia?

- Sério? - Fiz cara de surpresa.

- Sério cara! Quer provar? - Ela mordeu os lábios e sorriu. Filha da puta ela sabe provocar.

- Não. - Tentei me afastar mas ela me puxou pra mais perto e pegou em meu cabelo. - Quer tanto assim me beijar? - Falei rindo.

- Tu me come com os olhos. Eu vi você me encarando quando eu me arrumava no espelho. E vi você olhando minha bunda, achei deselegante dona Dayane. - Fiquei sem graça ao ouvir aquilo.

- Desculpa, é ... Cê toca violão? - Falei tentando mudar de assunto.

- Sério? - Foi pro quarto dela.

Foi melhor assim né Dayane. Mas beijar ela seria bom, nossa seria muito bom. PARA DAYANE TU NÃO PODE BEIJAR ELA. LEMBRA DA PROMESSA. LEMBRA DE TODAS AS VEZES QUE TE MACHUCARAM. Algumas lágrimas saiam de meus olhos.

- Tá tudo bem mamãe? - Perguntou quando me viu apertando a almofada, ela provavelmente viu que eu chorava.

- Está sim. Vamos, vou te colocar na cama. Já escovou os dentes?

- Ainda não.

- Vai lá escovar. - Fui para o quarto de Ayla e ouvi sem querer a Carol conversando com alguém. Eu fiquei curiosa, será que é pecado ouvir as conversas atrás da porta? Se for eu tô no inferno.

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