{23}

2.2K 193 12
                                    

- Podem falar com ele.

Eu me aproximei de onde ele estava e me sentei na cama.

- Hey cara. Não sei se consegue me escutar, mas se tiver me escutando, saiba que eu te amo demais. Eu não sei como estou conseguindo sobreviver sem você, acho que está tudo no automático. Você faz falta. Sabe que eu não sou boa com palavras, mas sabe tudo o que eu sinto, só com um olhar. Então acorda aí e me olha por favor. Eu sinto falta dos nossos cafés da manhã com a Ayla fazendo brincadeiras, vocês me zuando com a minha lerdeza matinal e de quando eu chegava de um dia estressante de trabalho e você estava lá para me dar um abraço. Está tudo tão difícil, preciso do seu abraço. - A última frase foi dita quase num sussurro por mim. Eu estava tentando ao máximo não chorar, mas ali, naquele momento eu desabei. Carol veio até onde eu estava, me levantou e me abraçou. Um abraço forte, ali eu estava me sentindo segura.

- Está tudo bem Day. Calma. - Carol falava na tentativa de me acalmar. Depois de alguns minutos eu me acalmei.

- Obrigada Pequena Sereia. - Eu me afastei um pouco dela, sem perder a proximidade e beijei a testa dela e nos soltamos, ela sentou ao lado de CaDu na cama e fez carinho na cabeça dele.

- Oh manezão, você me prometeu uma viagem pra Ubatuba, então eu acho melhor você acordar porque você nunca desfaz uma promessa lembra? Eu me sinto uma idiota falando com você assim, mas espero que esteja me escutando. A questão é que eu amo você e te ver nesse estado sem poder fazer nada me mata por dentro. Cara eu tô com saudade do teu sorriso, de você me chamando de poodle e de mais um monte de apelido idiota que você me deu, eu não sei suportar isso tudo sem você, CaDu. Eu não posso falar pra ninguém que eu estou apaixonada, não posso cantar pra ninguém, não posso pedir pra ninguém editar minhas fotos, não posso pedir conselhos pra ninguém, tu é mil e uma utilidades, então acorda logo porra. Eu odeio ter que ouvir a Ayla perguntar de você, odeio ter que abraçar ela e fingir que eu sou forte, odeio segurar a merda do meu choro, então acorda logo porque eu preciso do seu apoio e eu odeio acordar todo dia e não ter uma mensagem sua de bom dia. Eu preciso de você primo. Por favor, nem que seja pra você brigar comigo mais acorda. - Eu vi a Carol desabar em lágrimas, acho que estava tudo acumulado. Ela chorou tanto que o médico teve que tirar ela da sala e nos levar para a enfermaria, para que ela tomasse um calmante. Quando ela se acalmou fomos para casa, decidimos deixar Ayla mais um pouco na casa de Fernanda, até nós duas ficarmos calmas de verdade.

- Quer um abraço?

Perguntei olhando para Carol, que estava deitada ao meu lado no chão da sala. Ela não falou nada, apenas subiu em cima de mim e começou a chorar novamente. A única coisa que fiz foi abraçar ela, que retribuiu o meu abraço.

- Obrigada Day. - Ela falou com a voz falha, por conta do choro.

- Sempre que quiser chorar me fala, eu ponho um desenho pra Ayla e a gente chora junta tá? Você não precisa sofrer sozinha Carol, temos a mesma dor.

- Eu sei. Mas eu sempre tive que ser forte, sempre.

- Aqui só precisa ser forte pra Ayla, para mim não. A gente se segura, tá bom?

- Tá.

- Levanta rapidinho. - Ela saiu do meu colo e eu levantei e estiquei a mão para que ela segurasse. - Vem, vamos fazer brigadeiro.

- Eu amo brigadeiro.

- Eu faço um que é uma delícia. - Falei me gabando.

- O que muda no seu?

- O que muda é que eu faço com amor, com Nutella, ovomaltine e Oreo.

- Meu Deus, casa comigo?

Eu empurrei ela até a parede mais próxima, dei beijos em seu pescoço e sussurrei em seu ouvido.

- Com você eu namoro, eu caso ,eu faço tudo, literalmente. - Mordi o lóbulo da orelha dela, senti ela se arrepiar.

- Day. - Ela gemeu.

- Oi.

- Não fica brava. - Não deu tempo de perguntar o motivo, ela me beijou. Eu estava com saudade do beijo dela. Eu nunca gostei tanto de um beijo como eu gosto do dela. Meu Deus eu estou muito apaixonada. Quando estávamos ficando sem ar, paramos o beijo com selinhos, ela foi descendo os beijos até o meu pescoço e deu um leve chupão ali e depois voltou os beijos para a minha boca. Essa mulher está me deixando louca. Eu preciso me controlar, parei o beijo e ela ficou sem entender.

- O brigadeiro. - Acho que ela percebeu que eu estava nervosa. Eu gosto MUITO da Carol, mas o medo ainda existe em mim.

- Day, relaxa.

- Desculpa.

- Me peça desculpa fazendo o brigadeiro.

- Okay, ruivinha linda.

Fiz o brigadeiro e ela me ajudou a enrolar, quando terminamos passamos as bolinhas do brigadeiro, uns no farelo de Oreo outros no ovomaltine e fomos buscar a Ayla na casa de Fernanda.

≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈

» Não se esqueça de curtir o capítulo e de comentar. «

» Me siga no Twitter: @audayxrol «

» Se tiver alguma dúvida sobre essa fanfic, é só fazer. «

» Aceito sugestões. «

» Estão gostando? «

Rebuild Me - DayRol - ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora