Nem tudo é o que parece

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Ele estava certo. Passou a correr ao lado dela preocupado com o que estava acontecendo, mas ainda assim a seguiu rente ao seu corpo. Notou tarde que ela estava descalça, porquê? Então sua mente foi tomada por uma avalanche de sons que se pareciam com tiros. Seu peito deu um pulo, ele quis recuar, mas ela o puxou forte.

— Confie em mim, nunca deixarei que nada de ruim aconteça a você, nenhum de vocês, principalmente se eu estiver junto.

Ela falou baixo, contudo ele podia ouvi-la claramente. Então ela virou outra esquina e ele pode ver vários carros atravessados na rua como se houvesse um acidente a frente que os impedisse de continuar, só que não era bem isso, porque havia gritaria e outros tiros. Sim, eram tiros vindo da calçada, de um dos bancos. Acontecia um assalto? Naquela hora da noite?

Algumas pessoas corriam desesperadas e a sirenes vinham de longe. Xiumin congelou assustado, mas ela continuou o puxando para a lateral da calçada e quando se aproximou de uma vã negra ela correu mais até contorná-la, era uma das mais próximas ao banco e havia uma pessoa agachada ali e sinais de balas na lataria que deixou a parte traseira destruída.

— Oh meu deus!

— Ele está bem, mas precisamos tirá-lo daqui, agora.

E ela foi até a pessoa a puxando dali rápida. No meio da confusão Xiumin não podia entender direito o que estava acontecendo e como que ela o mantinha agarrado em uma mão e arrastava o outro cara que parecia tonto e confuso, com a outra. Mas o fato foi que em poucos minutos eles já estavam em uma ruela sem saída e pouco iluminada enquanto uma explosão ensurdecedora ecoava por todo o lugar.

— Minseok, me ajude.

E ela o soltou para abraçar o cara que ela tirou do meio de um tiroteio. De repente ele se sentiu em alguma espécie de situação incrédula quando ela virou o homem e ele viu Luhan piscar atordoado. Ele tinha um corte na testa e parecia muito tonto.

Min esfregou os olhos para ter a certeza que estava enxergando bem, embora fosse a meia luz, só que ela tirou todas a suas dúvidas.

— Luhan, me ouça, você teve uma pancada séria, mas vai ficar bem, esse barulho era sua van, não pode voltar para lá, é perigoso...

— Mas... O manager e o staff...

— Eu sinto muito, meu anjo.

E ela tocou seus olhos falando em alguma língua estranha e Luhan apagou.

— O quê...?

— Ele vai dormir um pouco, está abalado. Vamos, precisamos levar ele para casa. Ele vai ficar bem, mas se machucou ao sair do veículo.

— Como você sabia?

Xiumin estava tão chocado que se sentia perdido. Ela tocou seu rosto e sorriu.

— Eu posso sentir todos vocês se estiver na mesma terra, eu senti que ele corria perigo e meus instintos me levaram até ele, da mesma forma que me levaram até você na floresta. Eu vou te explicar Minseok, mas precisamos levá-lo a um lugar seguro agora, precisamos ir para a casa da Lulu. Venha, vou chamar um taxi.

— Mas ele pode ser reconhecido, eu posso ser reconhecido!

Ela sorriu e ele já sabia antes que ela dissesse.

— Confie em mim.

Ele suspirou fundo, o que estava acontecendo? Por que Luhan estava ali? O que aconteceu naquela rua de fato? Como eles estavam metidos naquilo? As pessoas estavam bem?

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