O milagre de primavera

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Eu passei a cantarolar com a música do meu celular enquanto fechava a última caixa da minha pequena mudança. Finalmente sentei sobre ela e olhei ao redor. Tinha ficado tão pouco tempo ali e já teria que mudar. Suspirei, eu entendia os meninos, eu entedia, era só que eu gostava dali...

Minha mente voltou há quatro dias, quando praticamente fugimos como loucos do hotel, nós e o Exo pelos fundos, os staffs e o manager pela frente em um ônibus que até agora não entedia como a Laine encontrou. O fato era que fizemos tudo no mesmo segundo confundindo e atordoando a mídia do lado e fora do hotel. A Laine usou a indução dela, eu sabia disso, porque enquanto a Mônica distraia os tios dentro do escritório os seguranças nos ajudaram a fugir. Foi loucura, maluquice. Mas deu certo.

Duas horas depois toda a equipe e os meninos estavam dentro no avião fretado indo para o aeroporto e para a Coréia. Foi uma briga eu ficar para trás com minha irmã e minhas primas, mas tínhamos motivos e Lay e Kai tiveram de confiar em mim. Era mais seguro.

Então voltamos e enfrentamos as feras, nós quarto, Luci e quem eu menos imaginei. Kris, sim Wu Yifan ficou do lado da minha irmã como um cão de guarda, assustador. Enfim, a mídia ainda estava lá sem entender o que estava acontecendo e daí a Mônica colocou a parte dois do plano em ação.

Saiu para fora e simulou o maior barraco para as centenas de repórteres sobre como os tios esconderam da única sobrinha, que ela também direitos no conglomerado se, se casasse antes dos dezoito anos. Era uma apólice de seguro feita pelo meu pai e que graças a minha súbita lembrança, salvou minha prima de fechar contrato com os pais sobre apresentar um dos consortes. Aquele porém do testamento, salvou a Mia e eu ficava muito feliz por aquilo, a ameaça da minha irmã foi clara aos tios, liberavam a Mia daquilo ou ela entrava com processo sobre a empresa.

Mia ganhou os seis anos que queria com todos e aquela foi a maior vitória nossa. Nem esperávamos que fossem aceitar tão rápido. Eu era só sorrisos depois daquilo. Minha irmã fez o escândalo da minha herança tomar todos os canais e abafar o show do Exo de tal forma que quando os meninos chegaram na Coréia, nem tiveram tantas dificuldades assim. Soube depois por Lay, que o presidente da Empresa só se sentia aliviado que nada de pior aconteceu com a imagem dos meninos, pelo contrário, eles disparam em vendas um pouco mais pelo suposto escândalo dos membros estarem envolvidos com herdeiras e no fim, a imprensa coreana só achou que foi tudo jogada de marketing e os meninos ficaram livres dos escândalos. Diferente de nós e de mim, claro, que agora precisava me mudar por que sabiam que a herdeira "roubada" morava ali no último mês. Não sabia qual era o plano dos meninos de me assumir e tals, porque com certeza não seria a hora com toda aquela confusão, Lay e Kai gostaram disso? Nenhum pouco. Detestaram que eu fosse exposta e tudo isso, e detestaram ainda mais por não poderem me ver nos três dias que voltei porque a mídia dessa vez estava sobre mim, filmando e fotografando meus passos a cada vez que eu saia na rua.

Uma loucura.

Eu pessoalmente não ligava muito porque Aninha e Mia estavam comigo e iriam morar no meu andar, afinal alugamos toda a cobertura de um prédio baixo em Gangnam e o porão, que Aninha iria usar como laboratório, e segundo elas aquele prédio era o mais seguro, entretanto eu queria resmungar, ia viver rodeada de gente fresca... Seria irritante. Só que estaria mais perto do dormitório deles e essa foi a única coisa que me fez concordar. Por hora. E então, lá estava eu, no meu último momento na minha casinha fofa... Me despedindo das paredes...

— Quer parar com isso, garota! Está me deixando irritado, são só paredes, Lu!

— Mas aqui é tão aconchegante...

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