Segundo round

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Mia encarou um por um dos quatro e suspirou. Ela sabia que aquilo ia ser um problema, quem quer que ela escolhesse, ia ter um destino cruel, ser o herdeiro consorte... Era no mínimo pesado, um fardo bem pesado, ela sabia qual era o plano do seu pai, treinar um sucessor, do seu jeito, para fazer as coisas à sua maneira já que Mia era a ovelha negra. Quem suportaria melhor? Em sua opinião, seria Suho, mas em que confiava? Sehun.

Baek não teria os cunhões para isso e Chanyeol não teria a força necessária. Enfrentar seus pais era coisa para macho, do tipo macho de verdade, não podia ser um bebê chorão... Embora sabia do histórico chorão de Suho... É aquilo ia ser um problema. Sehun era tão novo...

— Qual é o problema?

— Eu consegui condicional, Suho.

— Hein? Viu, eu não disse que somos algum tipo de prisioneiros aqui?

— Menos, Baek – Mia resmungou tentando concatenar as próprias ideias. Olhou no relógio. Vinte minutos. Suspirou – Escutem bem, não temos muito tempo e eu vou dizer a realidade ok? A situação é essa, tenho como manter a mídia fora disso tudo, cobrir qualquer rastro que esteja sobre nós e até mesmo da Aninha, que é meu objetivo inicial, mas para isso acontecer eu preciso que um de vocês, e eu vou deixar que vocês escolham porque é o mais justo, um de vocês precisam se assumir como meu consorte, agora, para minha família, os clãs e os empresários. Para o conglomerado como um todo...

— Mia...

— Calma, Sehun, escute até o fim, isso é só a cereja do bolo, o bolo todo significa que quem for fazer isso vai ser meu marido oficial pelos próximos seis anos, vai ser o herdeiro ao meu lado e vai ser treinado para assumir a família.

— Isso soa como a máfia!

— É, Baek, é quase isso, com a diferença que nós temos um pouco mais de alguns bilhões a mais do que a máfia mais rica, que atualmente continua com a família italiana. Inclusive temos negócios lá também, só para constar, nosso conglomerado tem como negócio principal as redes de hotéis, mas financiamos muitos empreendimentos e a indústria de entretenimento asiática também, como a SM. Ela é só uma das centenas na folha de pagamento então quem for fazer isso tem que ter a ciência do que está para fazer e não tem volta, eu tentei evitar, mas não teve jeito, é isso, um assume agora, ou os quatro assinam o contrato ainda hoje sobre o olhar de uma penca de advogados malucos, eu sei o que estou dizendo, antes de aprender a falar eu já tinha que lidar com acordos dentro de casa, ficariam assombrados com a quantia de acordos que tenho feito nos últimos anos. Assim, a coisa está nesse pé. Pessoalmente eu não queria que vocês passassem por isso e tecnicamente a vida de quem for assumir isso não vai mudar muito, porque eu vou tentar fazer o máximo que eu puder para atenuar, acho que é possível.

— Isso vai afetar diretamente a pessoa? Porque por exemplo, nossa agenda é complicada...

— Eu sei Suho, eu sei. Eu sei de tudo isso, eu vou para a Coréia, vou tentar fazer tudo de lá, vou tentar tornar isso o mais suave possível.

— Você vai para casa com a gente.

E Sehun sorriu para mim animado. Eu pisquei fazendo charme.

— Eu não ia deixar meu namorido dando mole por lá com as coreanas malucas, ia?

— Eu tenho uma pergunta.

Chanyeol falou de olhos arregalados. Como ele não tinha se manifestado até agora eu meio que pensei que ele estava só ignorando. Sorri cansada, vai que não fosse algo tão ruim.

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