Colidindo...

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Sorri ao ver Tao sair do banho e vir até mim ainda sonolento. Ele era a única pessoa que tomava banho e ainda continuava com sono. E não era como se ele não dormisse, ele dormia e muito. Porém, também tinha muitos compromissos, assim por mais que achasse engraçado, nunca ria daquele jeito de panda, dele. E ele trabalhou bastante aquela semana, gravando de manhã até a noite, sério sobre isso o que me causava um orgulho que me controlava para não expressar demais.

Ele me abraçou por trás enquanto eu terminava de fazer panquecas. Descobri que meu consorte amava comida oriental, então passei a fazer para ele todos os dias café da manhã americano bem reforçado, já que sabia que ele ia almoçar como um passarinho.

— Hum... Eu vou acabar engordando se continuar assim.

— Você nunca vai engordar, Zitao, não exagere.

— Sei... – E ele colocou a cabeça em meu ombro – É hoje que a sua irmã vai chegar, não é? Tem certeza que não quer que ela fique aqui? Eu conheço a agenda deles, vai ser uma loucura, se ela ficar no hotel com eles vai ficar exausta e com tédio. Nós podemos levar ela no shopping mais tarde, assim aproveito para conhecer minha cunhadinha fofa.

E ele riu baixo enquanto eu sorri divertida.

Zitao era a criatura mais amável da terra. Não havia outra descrição. E ele levou minhas palavras a sério, naquela semana ele parecia decidido a me convencer que ia estar ao meu lado de todas as formas, nem parecia ter apenas 23 anos. Ligou para os pais, contou que estava sério comigo, que estávamos juntos, morando juntos... E parecia firme sobre isso com sua esquipe também, todos do seu estúdio já sabiam quem eu era. Era como se fosse completamente normal ele surgir com uma namorada do nada...

— Amor?

Ele me chamou e eu neguei, aquilo não ia funcionar.

— Você conhece o Lay, certo? Ele não vai deixar, Kai então, iria ter um ataque. Deixe-a com eles, mas claro que podemos nos encontrar, nós três, em algum lugar e passearmos juntos. Sei que vão adorar um ao outro. Eu vou buscá-la no aeroporto, e digo que você quer vê-la. Pode ser assim?

— Pode.

— Agora sente-se e coma.

Ele foi para a mesa e eu o servi. Era bom poder fazer essas pequenas coisas por ele, eu me sentia quase no céu. Se não fosse pelo relógio me cobrando o tempo sem tolerância alguma. Tínhamos avançado juntos, eu e Zitao? Tínhamos, mas ainda não o suficiente, eu queria solidificar nossa relação emocional primeiro, antes de partir para a física, ao menos com ele. Não deveríamos ter pressa, ele não tinha, por que eu iria atropelar? Era muito querer ir devagar, ao menos com ele? Por que ninguém me entendia?

— Ah... Eu não te contei ontem, me esqueci... - E ele parou de comer me chamando para perto, eu fui até ele, sentei em seu colo e deu um beijo suave em seus lábios com gosto de cappuccino, ele sorriu, mas logo ficou sério – Yifan me ligou.

— Sério?

Eu o encarei surpresa, achei que não ia acontecer, Yifan, pelo que a ceifeiro insistia em contar como uma fofoqueira insuportável, ela decidiu que ele era sua melhor fonte de diversão nos últimos dias, estava uma pilha de nervos quando não precisava ser o perfeito ídolo em frente às câmeras. Eu me preocupava com ele? Muito, mas me aproximar de novo não seria bom.

Assim, eu deixei nossa situação de lado aqueles dias.

Zitao sabia de tudo, de todos os meus encontros, da mensagem de voz para Minseok, absolutamente tudo. Agora Tao era meu maior aliado e confidente, algo que nunca tive em nenhuma de nossas encarnações. Por isso me sentia um pouco fora de mim mesma. Estava feliz, do tipo insanamente feliz.

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