Capítulo 15.

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FATE WHISPERS TO THE WOLF: "YOU CANNOT WITHSTAND THE STORM" AND THE WOLF WHISPERS BACK: "I AM THE STORM."

A boca quente de John se pressionava contra a minha com furor e mantivemos aquele contato o máximo que podíamos até que nossos pulmões arderam em chamas e o contato se quebrou. Ambos puxamos o ar com força tentando aliviar aquele ardor. Apressadamente John prendeu meu lábio inferior entre os seus. Ele estava determinado a fazer aquele momento durar e eu não o culpava. A mesma chama que parecia queimar nossos pulmões nos deixando sem ar incendiava toda minha pele. Eu senti tudo se acendendo. Paramos outro segundo para respirar e com a mesma urgência de antes ele prendeu meu lábio superior em seus lábios. Longos segundos até que eu precisasse de ar mais uma vez. Entreabri minha boca na tentativa de fugir de John, mas ele encarou como uma oportunidade. Um convite. Sua língua avançou e puxou a minha. Correspondi o contato e senti faíscas saírem do meu corpo. Cada mísera parte de mim sentiu-se viva como não acontecia há tempos. Toda a volúpia daquele beijo me incitou e surpreendeu.

Minha cintura foi pressionada pelas mãos grandes de John e logo meus pés não tocavam mais o chão. Fui carregada e cuidadosamente colocada sobre alguma coisa. Tateei ao meu redor me recusando a abrir os olhos e reconheci que estava sentada na pia da cozinha. Instintivamente minhas pernas se afastaram para receberem John. Seu quadril se pressionou contra mim com vigor e eu pude perceber o quanto aquele contato o afetava, e o quanto John me desejava. Um gemido sôfrego escapou da minha garganta quando sua mão puxou os cabelos da minha nuca. Todos os pelos do meu corpo estavam arrepiados e as chamas lambiam minha pele rapidamente. Aquele inferno nunca tinha sido tão palpável quanto naquele momento já que eu conseguia sentir todo o fogo da luxúria nos rodeando.

Não satisfeito em apenas provar minha boca, John cortou o beijo e arrastou os lábios pelo meu pescoço. Aspirou meu perfume com vontade e depositou pequenos beijos desenhando uma trilha que só ele podia ver. Foi a minha vez de puxar os cabelos dele tentando me livrar da tensão que seus atos me causavam. Aquela atmosfera feroz era inebriante e irresistível.

As mãos habilidosas de John percorreram minhas pernas em perfeita sincronia, pararam em minha bunda e então ele a apertou com propriedade. Outro gemido me escapou.

Meus olhos se abriram vagarosamente. Enquanto John ainda explorava meu pescoço algo me chamou atenção: a arma de John presa em suas costas pela barra da calça de moletom preta.

O torpor que me envolvia pareceu se dissipar lentamente. Era como se uma nuvem de fumaça se desfizesse e só assim eu conseguisse ver claramente que aquilo não era certo.

John era o canalha que me privava da liberdade e eu não podia simplesmente me deixar levar por aquele momento de fragilidade. Eu não podia deixar minha carne fraca e dependente de promiscuidade falar mais auto que minha sensatez. O poder que aquele homem exercia sobre mim era absurdo e me assustou. Por mais que meu corpo gritasse pelo dele eu não podia me entregar aquele feitiço. Não era justo.

Empurrei John com força. Ele continuou me tocando, envolvido demais para perceber minha repulsa. Senti raiva. Uma raiva incontrolável que explodiu em lágrimas quentes e grunhidos altos. O empurrei novamente, agora usando toda essa fúria. John se afastou e me encarou claramente confuso.

– Você não pode fazer isso comigo, John! – Gritei em meio ao choro histérico. Minhas mãos tremiam e minha garganta estava seca. – Não pode!

– April... – John tentou formular algo para dizer. Seus olhos verdes denunciavam que ele continuava sem entender o que tinha feito de errado. O que tinha mudado em fração de segundos.

DARK PARADISEOnde histórias criam vida. Descubra agora