O Magnata Do Meu Chefe/ DEGUSTAÇÃO

14°

Katherine

Acordo e logo vejo o rosto do homem que me fez suspirar de prazer a minha frente. Sinto um choque lembrando da noite passada. Isso aconteceu mesmo?

Ainda estamos nus enrolados apenas com um lençol branco de seda. Ele parece dormir tranquilo e tenho que dizer, depois da noite passada como não dormir assim? Eu e Dylan só paramos transar quando não havia mais forças em nossos corpos, apenas deitamos e respirando fundo e logo caímos no sono.

Passo a mão em seu rosto afastando seu cabelo da testa. Levanto devagar para não acorda-lo, pego as peças de minhas roupas que estavam espalhadas prlo chão, vestindo apenas minha calcinha e a blusa. Saio do quarto indo direto para o banheiro tomar um banho. Lavei o cabelo e deixei secar enquanto vestia uma calça jeans e um moletom cinza. Passei perfume e fui direto para o quarto de Noah para ver como o pequeno estava.

Ele ainda dorme tranquilamente e percebo que igual ao pai. Sorrio ao perceber a semelhança de ambos. Beijo sua testa e coloco a chupeta em sua boquinha.

Saio do quarto fechando a porta enquanto pego meu celular, vejo que já são 5:47 da manhã. Allan deve estar dormindo e não vou fazê-lo levantar apenas para vir me buscar. Decido então chamar um táxi, mas antes de ir, entro novamente no quarto de Dylan o deixando um bilhete. Pego minhas chaves e vou a rua em busca do automóvel amarelo.

Chegando em casa vejo que está tudo em completo silêncio. Afinal, hoje é domingo e creio que os dois têm planos de dormir até mais tarde. Estou com muita fome, já que minha última refeição foi aquele sanduíche. Vou para cozinha e vejo uma vasilha com um pequeno bilhete acima escrito 'Isso é para você Kat. Bom apetite. Allan' sorrio. Não me surpreendo ao abrir e ver quatro pedaços de pizza. Pego o refrigerante colocando as pizzas para esquentar, aproveito esse tempo para ir levar o lixo.

Quando volto para o apartamento o cheiro de pizza toma conta da sala e corro para tirar do microondas. Me sento e começo a comer.

-- Bom dia! -- Vejo Jade em minha frente vestida em um pijama.

-- Bom dia! -- Sorrio enquanto ela senta em minha frente -- Quer?

-- Não obrigada -- Sorriu apoiando a cabeça com as mãos

-- Como foi sua primeira noite aqui? -- Ela sorriu de lado.

-- Ótimo. Allan é muito engraçado, me fez rir muito -- Concordo rindo

Ficamos ali conversando até Allan também acordar. Ele beija minha cabeça e faz café para ele e Jade. Sabe, quando era só nós dois nesse apartamento, já era perfeito, mas com Jade aqui, completou o que estava faltando.

-- Vamos comer fora hoje? -- Allan pergunta deitado em meu colo no sofá -- O que acha Jade? -- Ela nos encara

-- Estou sem grana -- Sorriu sem graça

-- Eu convidei, eu pago. Não se preocupe -- Allan diz com os olhos fechados sorrindo enquanto aliso seu cabelo.

-- Não precisa. Sério

-- Uma coisa Jade -- Começo -- Quando Allan diz que vai pagar, nada tira isso da cabeça dele e eu acho melhor aceitar -- Digo rindo

-- Tudo bem então -- Jade ri e Allan parece dormir com minhas carícias.

Nós almoçamos em um restaurante perto e só voltamos a noite para casa. Não importava o quanto eu quisesse me distrair, em minha mente só tinha Dylan e a noite passada. Suas mãos tocando levemente meu corpo. Ele dentro de mim. Sua língua em meu clitóris e o prazer que me fez sentir.

Merda. Merda. Merda. Será que ele vai querer brigar novamente? Digo, ali naquela hora foi o calor do momento, e talvez ele não pensou direito. Meu Deus, ele brigou por conta de um beijo imagina agora. Não gosto nem de pensar.

-- Kath? -- Percebo que Jade e Allan me encaram -- Tá tudo bem? -- Ela pergunta

-- Hã? Estou, porque?

-- Você... Você parece longe -- Diz por fim

-- Também notei. De manhã estava tão feliz que parecia ter ganhado na loteria, mas agora você parece preocupada. Tem algo errado? -- Allan pergunta

-- Gente não tem nada errado. Eu só estou... Estou pensando em umas coisas -- Digo

-- Que coisas? -- Allan se aproxima de mim com uma das sobrancelhas levantadas.

-- Q-Que coisas? -- Ambos me olham e me sinto em um verdadeiro interrogatório -- Coisas ué -- Me levanto querendo fugir dali -- Vocês vão querer algo da geladeira? -- Eles ainda me olham confusos

-- Não -- Diz Allan me analisando

-- Pode me trazer uma água? -- Jade fala e eu concordo

Não posso dizer para eles com o que estou preocupada. Não quero nem imaginar a cena. Não conheço bem Jade, mas sei que vai surtar ao saber o que aconteceu noite passada, sem contar as coisas que eu ouviria de Allan. Mas porque me preocupar com eles agora se minha preocupação maior vai ser amanhã?

-- Jesus -- Sussurro enquanto pego a água para Jade

-- Tem certeza que está bem? -- Allan aparece atrás de mim e quase solto o copo pulando com o susto

-- Para de fazer isso! -- Ele ri de lado e se senta

-- É alguma coisa com a sua tia? -- Diz por fim

-- Não... Não é nada Allan -- Sorrio

-- Quando você quiser me contar, sabe que é só me chamar -- Concordei -- Vou ter que dar uma saída agora.

-- Pra onde?

-- Tenho que ir na casa do meu pai pegar meu carro -- Diz já ficando de pé.

-- Carro? Porque carro?

-- Porque agora eu tenho duas pessoas para levar pro trabalho -- Sorri

-- Não precisa disso, já falei, a gente pode pegar o ônibus -- Ouço Jade vindo para cozinha

-- E eu já falei. Enquanto vocês morarem comigo, terão carona para onde quiserem -- Diz com um belo sorriso de lado.

-- Tenha cuidado! -- Olha e sorri para mim.

-- Sempre tenho -- Aperta minha bochecha e sai

-- Tem certeza que vocês são apenas amigos? -- Jade fala me fazendo parar de olhar a porta, e vou indo sentar ao seu lado.

-- Sim, porque? -- Ela sorri, deitando a cabeça no meu colo

-- Nada não

-- Como está com tudo que aconteceu com seu ex? -- Passo a mão em seu cabelo

-- Ele está ligando sem parar só para saber aonde eu estou -- Respira fundo preocupada

-- Mas e você, tá bem?

-- Eu? Realmente não sei Kat. Isso é tudo novo para mim sabe -- Diz triste -- Conheço ele desde os meus 15 anos, lutei contra minha família que não aceitava, sai de casa, perdi contato com meus pais e tudo isso por ele. Para no final ser maltratada.

-- Qual foi o motivo dos seus pais não aceitarem?

-- Eles se assustaram quando souberam a idade dele. Imagina, uma garota de 15 anos com um cara de 23 anos. Também por sua aparência.

-- Já pensou em voltar a falar com seus pais? Talvez isso seja tudo que eles precisem e você também

-- Não sei. Digamos que falamos coisas que não eram para serem ditas naquela noite -- Sinto algo molhado em minha perna e imagino que esteja chorando

-- Seja como for, estou aqui ok?

-- Ok -- Segura minha mão sem me olhar -- Agradeço por tudo Kath.

-- Não precisa. Agora somos uma família -- Digo alisando seus cabelos, quero que ela se sinta parte daqui e principalmente, segura novamente.