11. Palavras destroem

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 Zhera despertou de um pesadelo e pela primeira vez, o fato de estar entre seus dois maridos não fez diferença alguma para suas emoções. Eles não mais a acalmavam, eles a faziam estremecer.

Toda a situação lhe fazia estremecer.

Estava cercada por daddys, a coisa que mais odiava no mundo.

Daddys.

Se levantou com cuidado para não despertar nenhum dos dois e saiu de fininho do quarto indo para fora e para a praia tentar espairecer. Olhou para o mar noturno e fechou os olhos exausta enquanto o passado lhe vinha à mente como um furação.

Escola, um professor nojento e uma proposta maldita. Ele lhe daria casa, dinheiro, tudo, para ela e para a prima se elas se tornassem amante dele. Ele disse que pertencia a um grupo seleto e que tinha condições de lhe dar o mundo.

Ela recusou, ele não aceitou. Continuou a assediando até que ela fugisse da escola e ficassem um tempo sem ir para ela.

Anos depois sua prima decidia ser baby, logo que ela encontrou seu marido e se apaixonou perdidamente, até saber que ele era daddy, ele e Soohyuk, porém eram aparentemente diferentes e não fizeram proposta alguma, ao contrário, a namoraram lentamente até que ela quisesse pular de estágio.

Casou meses depois e pensou que com isso e com a proibição que deu a prima ia acabar essa história.

Mas aparentemente aquilo se seguia.

Sua prima foi em frente contra todos os seus pedidos, descobriu que os irmãos da presidente e chefe dos maridos eram daddys, que os amigos deles eram daddys, que tudo girava em torno daquele grupo de magnatas, homens ricos e mulheres poderosas. Sua prima insistia que a ordem dos Daddys tinha muitas leis, que jamais fariam algo contra o desejo de um baby, era quase a lei máxima deles além de que nenhum daddy tocava um baby de outro, mas ela não acreditava, Z sabia melhor e pensou que seu amor ia ser o suficiente para os maridos.

Pensou que seu amor os faria escolher a ela e não manter ainda laços com aquela vida nojenta.

Mas pelo visto seu amor não era suficiente, afinal ainda que foi sequestrada por causa da presidente e sua irmã louca e obrigada a ficar amarrada em uma cama por horas até se ver livre, ainda assim foi arrastada até lá para ficar sabe deus por quanto tempo na companhia daquele monte de homens que lhe causava asco.

Podia fingir para a prima e até na frente dos maridos, mas cercada como estava ali, naquela pousada...? Seria muito difícil.

— Senhora Lee? Está meio frio aqui fora, não quer entrar ou ao menos usar meu casaco?

A voz educada soou ao lado ela e ela evitou pular de susto ao se voltar para um deles. Era um moreno alto e que ela se lembrava vagamente ter sido apresentado a ela como um dos doze maridos do Jeonghan.

Ele pareceu perceber sua confusão, porque sorriu e se curvou levemente:

— Meu nome é Joshua, sou marido do Ghan, eu sei que não tem muito contato conosco até porque o Yuk e o Jonghyun são muito ocupados e nunca vão nos nossos jantares, mas agora que sua prima está em casa espero vê-la mais vez...

— E por que quer me ver mais vezes!?

Cortou fria e ele arregalou os olhos.

Z não se abalou com a cara de susto, daddys... Eram todos ardilosos...

— Bom, porque se Vic é família e você e esposa de nossos amigos então é família também e...

— Não sou sua família senhor Choi, e minha prima também não, em breve eu vou tirá-la de vocês, é uma questão só de pôr juízo naquela cabeça avoada!

Contrato invejávelOnde histórias criam vida. Descubra agora