31. Fidelidade

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  Baekho abriu os olhos desnorteado. Um ventilador de teto rodava lentamente acima sobre a cama em que dormia... Uma cama? Ele não dormia mais em uma e... Então viu suas mãos machadas de sangue e havia sangue por todo o lugar.

Se ergueu em pânico e a primeira coisa que viu foi Kris placidamente lendo um dos seus livros inseparáveis, dessa vez era Wide, e sentado na beira da janela. Era uma daquelas que tinha espaço para isso.

Joffrey... Ou a cabeça dele estava como apoio de pés e corpos das Kim também estavam espalhados por ali em uma cena grotesca de revirar o estômago e dar pesadelos. Kris se virou para ele e sorriu de um jeito plácido e quase suave:

— Podemos agora tomar nosso café da manhã?

E Baekho entrou em pânico, tendo um surto de adrenalina e recordado tudo da noite anterior...




Baekho, Kris e Joffrey estavam na Coréia e voltar lá, confessava era agradável e saudoso. Também iam munidos de armas de última geração e aquela besta medieval que o demônio carregava onde ia. O plano era ser rápido, conciso e limpo. As Kim iam todas em um evento naquela noite em carros separados, haveria seguranças, mas nada que ele não pudesse dar conta. O trabalho era limpar o caminho e deixar o demônio fazer o resto.

Kris os esperaria no hotel. E se tudo desse certo, voltariam no dia seguinte.

O plano foi quase todo perfeito, interceptaram o carro com gás venenoso e com velocidade e destreza adquirida com a convivência e treino da Lady Campone, ele levou os dois carros até o ponto de esconderijo e depois as mulheres até a casa abandonada onde o filhote faria o resto. As oito mulheres e os dois irmãos mais novos não foram tão cansativos de carregar, afinal ele tinha se tornado bem resistente, mas o que fraquejou seus joelhos foi a súbita aparição do Kris do nada lá, fora do plano.

Nos primeiros instantes apenas sorriu meio confuso porque gostava se ver o belo homem, depois se lembrou da noite que passaram juntos dois dias antes, a melhor noite de que se lembrava e Baekho tinha sentido que de alguma forma tinham finalmente forjado algo mais do que desejo mutuo então vê-lo assim, tão bonito a luz na lua era quase luxuriante porém, algo naquilo tudo soava sinistro e ele só se deu conta quando o filhote de demônio encarou Kris e lhe mandou voltar para o hotel.

Daquela vez e pela primeira vez ele não abaixou a cabeça e assentiu. Ele apenas ergueu um machado em com velocidade impressionante tacou no moleque cravando aquilo na cabeça dele de forma assustadoramente precisa. Seus joelhos tremeram e antes que percebesse já estava caindo de joelhos no chão assistindo em transe Kris gargalhar com um sorriso insano e depois de tirar o machado da cabeça do Campone, ir cortando as cabeças de todos ainda vivos e desmaiados ali como um lenhador insano de filme de terror mal feito. E ele dava machadas fortes com um sorriso de orelha a orelha.

Era horripilante, e Baekho nunca lembrou de sentir tanto medo antes, nem mesmo com Lady Campone. Então ele veio para si e antes que erguesse o machado, Baekho apagou.




— Kris... O-oque...

— Os pães vão esfriar... – E Kris deitou a cabeça com um sorriso cruel – Nunca sentiu vontade de comer carne humana, Baekho?

— Kris...

E ele tremeu quando o mais alto veio para si lentamente. Instintivamente Baekho saiu correndo da casa isolada próximo de um matagal, claro que ele poderia fazer algo, mas não sabia o que e estava com medo como nunca antes... Jamais ia se esquecer daquilo tudo, aquilo era outro nível de ruindade, era... Psicopata!

Contrato invejávelOnde histórias criam vida. Descubra agora