- escutou isso??? Deve ser a carruagem... - comento surpresa.chegou a hora de partir.
- ai meu coração... - exclama minha amiga resistindo as lágrimas que inundam seus olhos.
- eu nem acredito que já são eles... - digo. O que era completamente verdade, ontem passei o dia na companhia dos meus pais, de Hera e Diego, que me distraiam da tensão de uma partida próxima. Mas, agora essa partida era inevitável e a despedida não seria fácil.
- vamos então amiga... você vai para o castelo real!!! - diz Hera contente mesmo entre lágrimas.
- vamos! - Diego que está sentado ao meu lado no sofá de minha sala toma minha mão nas suas e as pressiona gentilmente, mostrando apoio. Eu me levanto do sofá e ele faz o mesmo, destravo as rodinhas da bagagem que com a ajuda de todos eles arrumei no dia anterior e começo a puxa-la até a porta. Mamãe já em prantos abre-a para que eu passe, em seguida todos já estávamos na varanda, e a poucos metros, a carruagem me espera.
- vamos estar torcendo por você filha - diz meu pai em meio a um abraço.
- obrigada pai. - desisto de segurar as lágrimas e permito que elas rolem.
- pegou tudo mesmo Made? Um casaco se fizer frio? - mamãe pergunta preocupada.
- sim mãe. - confirmo sorrindo enquanto a abraço. - não se preocupe, eu vou ficar bem. - nos soltamos e ela me dirigi um olhar que me diz eu sei que vai.
- eu chego do Palácio e você vai em direção a ele... - comenta Diego brincalhão.
- são as circunstâncias meu amigo. - ele me abraça apertado.
- não se esquece do que combinamos. - diz Hera chorando.
- jamais. - respondo e dou a ela um forte abraço. - me liga sempre que puder... e me escreva como combinamos.
- eu ligarei e escreverei sempre que puder - diz ela emocionada.
- até! Amo vocês. - digo. Me viro e começo a ir em direção a carruagem onde um couxeiro abre a porta para que eu entre, me viro para todos novamente dou um rápido aceno com as mãos, e entro no veículo. Fico olhando pela janela até que uma curva na rua faz com que eu os perca de vista. Me endireito no banco do carro e me concentro em observar tudo.
Bem diferente do que se imagina, as carruagens reais não são na verdade carruagens primitivas. Essas carruagens são na verdade carros pretos inteiramente blindados para proteção maior de seus passageiros, e que ganharam esse nome apenas como ato simbólico. O motorista do carro real está usando um belo quep com o brasão real bordado a perfeição, ele também usa luvas brancas e um terno preto que só é possível em uma tarde ensolarada como esta, por conta do ar condicionado que deixa uma temperatura muito agradável no interior do carro. O couxeiro está sentado no banco do passageiro na frente do veículo, e eu me encontro no banco de trás. O carro é imensamente espaçoso e confortável. É incrível pensar que tudo aconteceu tão rápido... Me lembro como se tudo tivesse acontecido ontem:
"Eu cheguei em casa muito cansada, naquele dia o trabalho no restaurante restaurante havia sido intenso, e como que por um milagre a televisão estava ligada naquela noite, assim que fechei a porta um anúncio publicitário do futura consorte começou a passar, e o próprio rei Charlie fazia o comunicado de que todas as Qwestianas a partir de dezoito anos, que tivessem o interesse de participar da competição, deveriam, no prazo de um semana a partir daquele dia, enviar pelo correio um envelope contendo suas informações pessoais incluindo: defeitos e qualidades, uma breve narração de sua vida e uma foto da referida candidata à disputa.
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Selecionada por acaso -|OBRA CONCLUÍDA|-
RomanceEla era a amiga e se tornou, mesmo que não tão de repente, o amor verdadeiro do nosso príncipe. Madeleine nunca pensou ser possível deixar de ser uma simples garçonete do restaurante em que trabalha a quase três anos, afinal não tendo condições fina...