"Você irá se lembrar."
"A vida não é uma receita de bolo, um manual de instruções, um projeto pré-determinado. As expectativas em nossas ações são grandes, os olhares e reprovação e a cobrança são ainda maiores. Mesmo assim, ainda que minimamente, todos nós temos a capacidade de nos tornarmos senhores dos nossos próprios destinos.
Um pai sempre quer o melhor para seu filho, indica-lhe o caminho, traça seus planos e metas. Mas, no fim, tudo que ele deseja é que seu filho tenha a capacidade de fazer boas escolhas, de julgar com seriedade e ser uma pessoa honesta e sábia. Conforme o filho demonstra tomar as decisões corretas, a liberdade aumenta – progressivamente – até que o pai percebe que seu trabalho como criador está completo e não necessita mais intervir nas decisões de seus herdeiros.
Eventualmente ele irá erguê-lo em um momento de queda, ajudá-lo numa situação de dor emocional, financeira ou profissional. Ou, às vezes, apenas gastará um pouco de seu tempo a fim de lhe proporcionar diversão e alegria.
Deus não é diferente.
Os filhos de Deus mais evoluídos, capazes de agirem por conta própria, adquirem maiores liberdades, maior livre-arbítrio. Mas nada impede os rebeldes de mudarem, e adquirirem também esta liberdade. Todos são passíveis de erros e acertos.
O livre-arbítrio é algo metafórico, significaria a sua liberdade espiritual para tomar as decisões, e não ser condicionado a agir como todos da humanidade. Seria a verdadeira independência, que só pode ser adquirida com a compreensão verdadeira do sentimento de amor.
Porque, no fim, eu acho – ou melhor, eu sei – que tudo é resolvido com o amor.
'Amor não põe à mesa' muitos já devem ter ouvido essa expressão por aí. Amor não dá dinheiro, não gera sucesso, não faz milagres. Concordo, mas o amor aqui descrito não é o mesmo amor ao qual me refiro.
Explico: O amor não é tudo, mas nos guia a fazer boas escolhas e assim adquirir tudo que necessitamos para viver. O amor de verdade, e não a possessividade; dois sentimentos completamente diferentes muitas vezes tratados como sinônimos.
Os três personagens erraram muito quando novos, se prendendo ao sentimento destrutivo da possessividade que, apesar de possuir amor, sobressaia à pureza daquela força mesquinha interior. Os atos possessivos podem parecer extremamente intensos e fortes, mas são terríveis. Mexem com o ego, o orgulho, a força física e psicológica, de modo que tudo, até diminuir o seu amante, torna-se válido no jogo de possessividade. Ela preza a completude ao possuir, enquanto o amor se completa com o doar.
Para uma pessoa possessiva, tudo vale no amor e na guerra. Para uma pessoa amável, nada se sobrepõe à paz interior. Por fim, a sensação final que advém do amor e da possessividade é completamente diferente.
Tantas pessoas no mundo tem um cargo profissional poderoso e de renome e que paga extremamente bem, acham o companheiro de sua vida, têm filhos maravilhosos e fazem viagens estonteantes... E por que, ainda sim, elas são infelizes?
Respondo: Isso decorre de elas não há um propósito maior em suas ações, o vazio e tristeza se sobrepõe em seus corações. O que os possessivos buscam? Possuir tudo? E quando tudo já foi possuído, que mais deve ser buscado?
Já o amor não busca a reciprocidade, nem mesmo ter alguém para si, seu verdadeiro fim é apenas um: a paz. Sexo, paixões, prazer, loucura, luxúria... Por melhor que tudo isso seja, nada supera a sensação de completude da paz de espírito. E só quem vive em paz entende o que quero dizer.
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The Plan
FanfictionNaruto é um vereador de idoneidade moral ilibada que procura impulsionar seu nome no meio político através da candidatura para prefeito de sua cidade. Desde uma grande decepção amorosa, nunca mais tentou se envolver emocionalmente com alguém, preocu...