Capítulo 7

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-Feche os olhos, amor – ele disse me olhando.

-Larguem ele! – eu gritei contra os homens encapuzados.

-Faça a garota calar a boca – um homem ordenou e outro se aproximou de mim, me segurou e me amordaçou enquanto eu me debatia.

Um barulho ensurdecedor, uma única bala entrou na cabeça do meu pai e eu pude ver sua cabeça abrir e sangue derramar. Seu corpo caiu no chão desfalecido e os homens correram até sumir do meu campo de visão.

Corri até o meu pai, abracei o seu corpo e passei a mão na sua cabeça ensanguentada. Enxuguei minhas lágrimas e meu rosto estava sujo de sangue.

-Por favor, papai, acorde... – eu o abracei e encostei meu ouvido no seu coração – Por favor, papai...

Abri os olhos e sentei na cama, meu coração estava acelerado assim como minha respiração. Balancei minha cabeça para afastar as lembranças. Tudo bem, (s/n)... Foi só mais um pesadelo.

[...]

-Tem certeza que está tudo pronto? – Jack nos olhou preocupado.

-Desde quando você teve problemas comigo? – eu olhei pra ele – Tudo está pronto.

-O vigiamos durante uma semana, entendemos tudo da sua rotina – Jimin falou e eu assenti.

-Okay, não irei me preocupar com vocês – Jack falou – Assim que terminarem o serviço entrem no carro preto nos fundos da casa, terá alguém esperando por vocês.

Descemos do carro e entramos no bosque, iríamos dar a volta na casa e entrar pelo jardim, na lateral da casa. Observamos a rotina dele, ele sempre dormia às nove e acordava às três da manhã pra ir no banheiro. Pretendíamos matar ele quando ele levantasse para ir ao banheiro, o cliente exigiu que ele estivesse acordado.

-Agora temos que fazer silêncio absoluto... – eu olhei para o Jimin – Já combinamos o plano, nada vai dar errado.

-Pare de falar comigo como se eu não soubesse disso – Jimin falou e eu o olhei com cara de tédio.

Abri a janela devagar e me esgueirei para passar por ela, como sempre, fui incrivelmente silenciosa. Esperei o Jimin e ele passou em silêncio também, ainda bem, ele não era um completo idiota.

Jimin subiu as escadas e eu preparei o revólver. Ouvi algo cair no chão, subi rapidamente e vi que o homem estava amordaçado e desesperado, tentando gritar.

-Sinto muito – dei um tiro na perna do homem, e eu pude ouvir o grito abafado. Jack deixou claro que o cliente queria que o homem sofresse primeiro – Quer a honra? – eu ofereci o revólver pra Jimin e ele sorriu.

-Claro – Jimin veio até mim e pegou o revólver – Desculpa? – Jimin olhou para o homem e deu um tiro no peito do homem, mas precisamente no coração. Eu entendia bem de ângulos e anatomia.

O homem agonizava no chão e eu peguei a pistola da mão do Jimin e coloquei na cintura.

-Em alguns segundos ele irá morrer – eu disse, saí do banheiro e Jimin me seguiu.

-Não se sente mal? – Jimin me olhou e eu parei de andar.

-Eu pareço mal? – eu arqueei a sobrancelha e ele negou com a cabeça.

Desci as escadas e parei para olhar a estante, estava cheio de porta-retratos. Coloquei a luva e peguei um quadro, havia uma mulher e uma garota, elas pareciam felizes. Olhei para o fundo da foto, havia uma parede azul e dois quadros combinados, aquele lugar era familiar.

-Vai ficar admirando a família do homem que você matou ou vamos logo embora? – Jimin falou e eu coloquei o porta-retrato na estante.

-Vamos logo – eu falei e passei por ele.

Continua...

Parceiros De Crime (Imagine Jimin)Onde histórias criam vida. Descubra agora