Capítulo 17

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Tomei um banho e fui enrolada numa toalha pra o quarto do Jimin, assim que entrei lá ele me olhou de cima a baixo.

-Preciso de uma roupa, as minhas estão secando no varal – eu olhei para ele.

-Você pode ficar sem nenhuma – ele sorriu malicioso e eu revirei os olhos.

Abri o guarda-roupa dele e peguei uma blusa branca e uma calça de moletom, tirei a toalha na frente dele e ele me encarou fixamente, fingi desinteresse. Depois que terminei de me vestir joguei a toalha nele.

-Temos que ir num lugar – eu olhei pra ele.

-O que vamos fazer com os corpos? – ele me olhou.

-Se vira! – eu saí do quarto e fui andando para fora.

[...]

-Por que pegamos esse trem? – Jimin perguntou enquanto eu olhava pela janela.

-Vamos visitar minha casa antiga – eu olhei pra ele.

-Estar com saudades da sua casa? – ele me perguntou.

-Eu nunca teria saudades daquele lugar – eu falei séria e voltei a olhar a janela.

Flashback on

Eu tinha sonhado com o papai, sempre era a mesma coisa... Um homem dava um tiro na sua cabeça, aquelas lembranças me perseguiam mesmo depois de dois anos.

Mamãe estava com um homem no quarto, era o terceiro naquela noite, ela disse que eu nunca podia bater na porta, mas eu estava com muito medo, então a desobedeci.

-O que você está fazendo aqui? – mamãe abriu um pouco a porta e deixou aparecer seus cabelos soltos e seus ombros expostos – Vá logo pra o seu quarto! – ela falou séria.

-Eu não consigo dormir – eu disse triste – Não consigo esquecer da morte do papai.

-Para de frescura e vai logo para o quarto! – ela gritou e eu comecei a chorar.

-O que ela quer? – um homem apareceu e abriu mais a porta, ele estava de calça, mas sem blusa. Mamãe estava nua.

-Ela já está indo para o quarto – mamãe começou a fechar a porta, mas ele impediu.

-É a quarta vez que ela faz isso esse mês... – ele falou bravo – Ela precisa aprender uma lição – ele se aproximou de mim e pegou no meu braço, eu comecei a chorar e a me debater.

-Larga ela! – mamãe pegou um vaso de vidro e bateu na cabeça dele – Fuja! – ela gritou e eu fiquei parada – Agora! – eu gritou e eu corri.

Desci as escadas tão rápido que quase tropecei, me escondi embaixo da mesa da cozinha e a tolha que a cobria me escondeu. Abracei minhas pernas e comecei a chorar enquanto ouvia minha mãe gritar, de repente os gritos acabaram e alguém desceu as escadas correndo, me abracei com mais força e quando ouvir a porta fechar sai de debaixo da mesa.

Flashback off

Assim que chegamos em frente a casa, senti uma angústia muito grande, respirei fundo e continuei a andar até a porta, tentei abri-la mas estava trancada.

Decidimos ir pelo fundo da casa e por algum motivo estranho a porta estava aberta.

-Essa casa não devia estar abandonada? – Jimin questionou.

-Depois que a minha mãe morreu a casa foi vendida para um casal de idosos, quando eles morreram os filhos abandonaram a casa... – eu falei normalmente – Então sim, devia estar abandonada...

Continua...

Parceiros De Crime (Imagine Jimin)Onde histórias criam vida. Descubra agora