15♡

167 26 6
                                    

O anel, estava novamente em seu dedo, como se tivesse ido parar ali por conta própria,  porque queria, era seu lugar, ela ficou deitada na cama, olhando para ele, não parecia ter nada de especial, mas porque todos sempre falavam sobre ele ? Resolveu que procuraria nos livros, era apenas mais um mistério para resolver, abriu a porta do quarto e ouviu indícios de que não estava sozinha,pensou que nick havia voltado, o coração disparou e candence se odiou por isso, ela viu, dois garotos altos passando, fortes, quase gordos, eles não olhavam para ela, uma mulher, ou uma duende, ela não sábia dizer, podia ser apenas uma Anã, passou correndo com lençóis brancos que faziam uma pilha maior que o propio corpo,  usavam roupas estranhas de varios tons de verde, criados. Candence fechou a porta do quarto, e respirou fundo,  os criados estavam de volta, o que talvez indicasse que vlad estava voltando, ela foi até  o banheiro, encarou o reflexo no espelho, os cabelos caiam em cachos escuros, as bochechas ainda estavam vermelhas, os lábios não, ele havia tirado o que antes estava ali, levou a mão  a boca, tocando levemente, a camisa a qual vestia era tão antiga, candence nao soube dizer  a que época pertencia,  o olho roxo parecia melhor,  encheu a banheira, não queria sair, mas saiu, só faltou cair para trás dando risada quando viu algumas roupas muito parecidas com as de alaquias em seu armário,  ele era doente" ela pensou pegando um vestido verde, quase nu,  era fluido, com fendas no tule e um cinto na cintura, ao andar, as pernas ficavam de fora, assim como a lateral dos braços, prendeu o cabelo,  não usava sapatos, saiu pelo corredor,segurando um livro, passou por todos de nariz empinado, os ouviu cochichar,  e notou o quanto a olhavam, não se importou, passou por Helga na cozinha, pegou uma maçã,   e caminhou pelo jardim, foi até o bosque, se sentou parar tentar ler o livro que achará em baixo da mesa, ficou frustrada, era completamente branco, as páginas estavam em branco, impossível!   Devia ser um encantamento, algo do tipo, ela ouviu um farfalhar de folhas, se manteve alerta, tinha um punhal no corpete,  fora o cervo, patos, esquilos e raposas, haviam duas tartarugas, escondidas e enormes, deviam ter centenas de anos ou mais, candence comparou uma a um carro, não eram os animais que faziam barulho, ela ficou de pé, viu Helga do outro lado da árvore, nas sombras, levantou - se e foi até ela
"Vim lhe avisar que todos os senhores estão vindo" ela sussurrou
"Por que esta falando comigo? Ele mandou que me avisasse? " candence sussurrou também,  Helga parecia querer entrar no tronco da árvore,  do que se escondia? Tinha medo de algo? Candece não soube dizer
"O rei?" Helga levantou o olhar  castanho, o rosto palido " claro que não,  ele nos disse para nunca falarmos com voce "
"Então porque faz isso?"
"  não quero ver a garota machucada "
"Não sente nojo de mim?" Perguntou com mágoa
" oh, eu tenho minhas próprias opiniões garota, mas as guardo pra mim, os outros criados não são como eu, você terá problemas "
"Eu vou me virar, pode deixar"
" meu senhor disse que precisa ser esperta," não se aproxime dele"
"Quem é o seu senhor? "
"Vou estar na espreita, todo cuidado é pouco, são Deuses" foi o último sussurro, Helga desapareceu, candece  se viu perdida; tinha um livro em branco e nenhuma informação decente sobre nada, ela andou sobre os pedregulhos e parou ao lado do cervo, deitado como estava, tinha quase seu tamanho, era enorme, temeu, mas o bicho parecia tão dócil acariciou seu pelo, era tão grande e forte quanto um cavalo, ela brincou com as orelhas, não tocou o chifre
" o que eu faço? " perguntou ao animal, que obviamente não respondeu, porém,  deixou que ela seu reencostasse  contra ele, acabou adormecendo, quando acordou já era de tarde, percebeu que borboletas voavam por todos os lados, lindas e coloridas, o cervo ainda dormia,  animais corriam de um lado para o outro, ela sentiu o coração dar um pulo de felicidade, eles estavam ali, talvez fosse digna de confiança, sorriu,  acabou brincando com um filhote de lobo, parecia um cachorro, tão pequeno,   perdeu tanto tempo,  ao brincar,reparou que já era noite, levantou para ir embora, havia brincando com os peixes do lago, tinham tantos, candence observou o cervo levantar ela riu
"Vai me escoltar ate o castelo?" Perguntou fazendo carinho em seu pescoço " obrigada" agradeceu seguindo ao seu lado, se sentia uma princesa, enquanto o animal a acompanhava,  tinha um orgulho no peito,   ela observou  da varanda o animal sumir nas árvores, suspirou, estava faminta, observou as bandejas que os criados haviam voltado a deixar em seu quarto,   ela não queria comer, tinha um orgulho forte, talvez pegasse uma fruta depois,  mesmo assim o cheiro estava bom, parecia carne assada com batatas, ela foi até as bandejas abriu a maior, deu grito caindo para trás, derrubando a prataria no chão, era carne com batatas, completamente cheia de larvas, tremeu de nojo, tudo, desde a sobremesa, ao vinho, estava contaminado por larvas e baratas, um bilhete em meio os vermes dizia " vá embora imunda" 
Candence empurrou o carrinho com as bandejas pelo corredor, e o jogou escada a baixo, queria vomitar, ficou no chuveiro sentindo o estômago roncar, sem vlad ou os príncipes, os empregados a retalhariam, ela desejou que eles voltassem.

Chama-me do que QuiserOnde histórias criam vida. Descubra agora