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Vai ficar doente se dormir aí" a voz alta e revigorada lhe disse, era animada e melodiosa demais, e pior, compassiva e bondosa, candece se enterrou mais ainda na  neve, em protesto, não havia nada que odiasse mais, do que uma voz animada pela manhã, e naquela manhã, realmente não queria aquilo. A sombra permanecia a cobrir seu rosto,  o que a forçou responder a Deusa que ali se encontrava.
Candece  sentou- se ,abriu os olhos com dificuldade, os cílios estavam congelados, cobertos de neve, assim como seu corpo, a olhou, parecia ótima, em casaco de neve marrom, os cabelos loiros e compridos estavam cobertor por flocos brancos
" por favor se levante" a Deusa lhe disse ao estender a mão, candece não aceitou,  reparou no que vestia, a camisola fina estava grudado ao corpo, e encharcada pela neve, assim como os cabelos, na luz da manhã,  quase não se podia distinguir sua pele branca da neve que a enterrava
" o que quer comigo ?" Perguntou de forma grosseira, tentando ser forte, viu Deusa revirar os olhos, duvidou que tal ser divino fosse tão mal educada quanto ela.
"Que levante dessa cama de neve na qual dorme" a resposta paciente e alta soou

"Por que se importa?  " disse de forma dramática, a voz embargada, a garganta seca, mas era assim que se sentia, sem esperanças, preferia morrer do que levar os problemas que tinha para casa, só  de pensar em rebeca machucada ou até mesmo seu pai, seu avô, algum dos tios, seria fácil os machucar, odiou a idéia,  as pernas estavam dormentes, por dormir na neve, o cervo já não estava por perto, A deusa  se agachou

"    sou Brigid,Deusa da sabedoria, e a irmã mais bela" a Deusa se apresentou " me importar é natural"
Ela viu os dente que conseguiam reluzir mesmo na manhã branca que se fazia.
"  o que me importa se é  sábia?" Respondeu de forma malcriada "  seus irmãos se provam cada dia piores,quem me garante que sua sabedoria será benéfica?"
"Nao garanto,  a sabedoria nao tem um lado"
" pois eu lhe garanto " ela grunhiu  " que nada que venha dos Deuses será benéfico para alguém como eu"
" pensei que humanos soubessem perdoar "
"Eu nao sei"  respondeu de forma enfática
"  levante-ae ou farei isso "
Candece se pos de pé,a deusa a olhou, estava coberta de neve, com a pequena veste molhada e grudada ao corpo, a seda fina, marcava cada centímetro de pele, ate mesmo a leve pertuberancia de uma cicatriz, de quase 15 centímetros,  na lateral do abdômen,  assim como o pescoço e os braços,  os quais continha algumas, mas, as mãos,  parecia que tinham sido queimadas milhares de vezes, não era perfeita, não da forma a qual imaginara ao falarem sobre sua beleza, nem se quer se parecia com a garota que acompanhara até o jantar na noite anterior, se viu examinando tudo, até os olhos de um azul profundo,  no qual podia se perder facilmente se a humana assim quisesse e se lhe fosse permitida, mas era a expressão colérica no rosto, com lábios fartos e cílios espessos, Deusas mais vaidosas matariam para ter sua aparência, cheia de defeitos, mas ainda assim perfeita, tão bonita que brigid se perdeu na missão que tinha adotado para si ao amanhecer
" tenho 3 irmãos possessos de amor por você, e um castelo que se enche de Deuses e criaturas inomináveis a cada segundo "
" esta brincando comigo?" Candence perguntou com raiva, tudo que não queria, era voltar para o castelo. A Deusa a encarou, sem um pingo de divertimento no rosto
"Lutará  ao entardecer, com 3 guerreiros escolhidos pelos visitantes "
"Lutarei?" Candece riu  com escárnio  " me agridem, me ferem,me prendem, me matam de fome, me bajulam só pera me destruir quando menos espero" a deusa não respondeu " não irei lutar"
"Não creio que tenha opção " disse a grande figura em forma de mulher que avançava em direção a ela, porém candence desviou do toque que pretendia a arrastar pelo braço,pensou em correr, recuar, tinha algo enterrado na neve, sabia onde estava, mas não tinha certeza se queria usar
" não brinque comigo" A Deusa disse avançando
"Se e tão sábia o quanto diz, não deveria estar aqui" candece deslizou na neve ao se aproximar com agilidade, anos tendo apenas neve que caia de graça nos quintais para brincar, estava acostumava a sentir a fluidez sob os pés, a Deusa Brigid a segurou pelos cabelos molhados, nada que ja nao estava previsto, pois assim, estava próxima o suficiente para a derrubar, o que fez sem esforços, a Deusa parecia desacreditar da situação, como se não esperasse resistência alguma da parte da humana, no chão, rolarem alguns metros até as flores congeladas.

Chama-me do que QuiserOnde histórias criam vida. Descubra agora