Capítulo Quatro - Ação e Reação

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Christian acordou com o sol invadindo o seu quarto. Espreguiçou-se como pode, pois braços de aço o seguravam. Ele lançou um sorriso ao lembrar da noite anterior. Tentando não acordar o seu belo homem, levantou-se da cama indo para o banheiro. Tomou uma chuveirada rápida. Colocou uma calça de moletom da cor cinza, escovou o cabelo e os dentes e foi para a sala.

Ligou a TV e foi até a porta para ver se o jornal já estava lá. Tanto um como o outro, falavam do tiroteio que teve na noite anterior.

—Bom dia. – disse Victor entrando na sala. Christian estava tão concentrado que acabou dando um pulo no sofá.

—Bom dia. – respondeu ele olhando para Victor. Este se aproximou e o beijou de leve nos lábios – Saiu uma pequena nota no jornal do que aconteceu ontem. Mas ninguém foi preso. Apenas mencionaram a troca de tiros da polícia com traficantes. – ele achou engraçado, mesmo que os tiros tivessem sido endereçados aos dois, colocarem a polícia no meio, quando não havia um oficial da lei pra protegê-los no momento do ocorrido.

—Isso era certo que iria acontecer. – respondeu ele sentando ao lado do menor e o abraçando.

—O que você acha que esses caras vão fazer a partir de agora? – perguntou, aninhando-se contra o outro.

—Já devem estar fora de circulação agora. Se bem conheço Pablo e Diego, eles já devem ter sido interrogados e...

—Mortos? – murmurou Christian engolindo em seco.

—Não! – retrucou Victor rindo com a tensão do menor – Depois de interrogados, eles são entregues para o serviço secreto do país.

Christian suspirou aliviado, fazendo Victor cair na gargalhada.

—Você achou que eu mandava matar os meus inimigos depois que eram presos e interrogados?

—Por favor, não me entenda mal. Você falou de uma maneira que...

—Tudo bem. – disse ele, esfregando a ponta do nariz na do menor – Eu gosto que meus inimigos pensem assim.

—Ainda bem que sou seu amigo. – ele soltou uma risadinha ao mencionar a palavra "amigo".

Victor caiu na gargalhada novamente, tomando os lábios do outro.

—Mas não devia ter saído nos jornais? Tipo o que realmente aconteceu? – Chris perguntou, enquanto mordia o queixo de Victor.

—Quando o serviço secreto pega esse tipo de gente, eles não avisam nem a policia local. Com toda a certeza Christian, Diego deve ter ido falar com Mackenzie essa noite.

—Com o presidente? – sussurrou Christian abismado.

—Ele, com o devido respeito Christian, se borra de medo de mim. Se acontecer alguma coisa comigo ou com alguém por quem eu tenha algum laço dentro desse país, ele perderia todo o meu apoio, sem falar que poderia acabar virando uma guerra.

—Uau... – murmurou ele, chocado.

—Você não tem noção do que seu país faria para não perder... digamos... a amizade que ele tem com o meu.

—Você quer dizer contigo, né.

—Exato.

—Vamos tomar café? – perguntou Christian, mudando de assunto. Não sabia se o aquilo seria algo que o outro quisesse comentar.

—Claro!

Ela preparou um delicioso café. Tomaram na sala. Foi quando ouviram uma leve batida na porta. Os dois se olharam. Victor percebeu que Christian ainda estava um pouco amedrontado. Mais duas batidas em sequência e Victor já sabia quem era.

Matilha Villanueva - Para Sempre MeuOnde histórias criam vida. Descubra agora