Pablo abriu os olhos, sem saber o local em que estava. Permaneceu algum tempo esperando seus olhos se acostumarem com o breu, mas nada mudara, continuando em plena escuridão.
Nem mesmo seus olhos de lobo conseguiam ver algo.
Estranho.
—Alguém? – chamou o rapaz, erguendo-se um pouco. Sentiu então uma dor alucinante no tornozelo, fazendo-o soltar um berro e voltando para a posição em que estava. Sentindo o pânico se instalando dentro de si, tentou respirar várias vezes, na tentativa de se acalmar e entender o que estava acontecendo.
O rapaz tornou-se a se erguer, agora tomando o cuidado de não mover a perna ferida. Sentiu a parede fria contra suas costas e só então percebeu o quão frio aquele lugar era.
—Diego... – ele sussurrou, sentindo o pânico voltando à tona, enquanto a realidade começava a cair sobre ele. Pablo, após alguns minutos havia se dado conta de que lugar era aquele.
Ele só não sabia como havia chegado ali.
—Vejo que você acordou...
O Lobo Branco virou-se, no momento em que ouviu a voz profunda chamá-lo.
—Você... – ele sussurrou – Não, isso é um sonho. Você está morto!
—Será mesmo? – perguntou, aproximando-se.
O lugar ficou um pouco mais claro e Pablo percebeu que estava em uma cela. A cela que ele conhecia perfeitamente. O que causou mais pânico ainda.
Ele fechou os olhos, respirando fundo.
"Respire, Pablo. Isso é um pesadelo. Acorde!"
—Não é um pesadelo, Pablo. É a sua realidade. – o homem aproximou-se agachando diante do rapaz.
Pablo arregalou os olhos, tentando se esquivar do homem que sorria para ele.
—Não... – ele sussurrou, apertando os olhos e os mantendo fechados – Não!
—Olhe para mim, Lobinho. – Pablo não se moveu. O homem pegou o rosto do rapaz, fazendo-o encará-lo – Eu ordenei que você olhasse pra mim!
O rapaz o encarou, encarando os olhos claros do homem.
—Diego...
—Sim. – Diego sorriu – Por que está com medo de mim?
—Por que não é o meu Diego...
—E quem disse que algum dia eu fui seu, Pablinho?
Pablo sentiu as lágrimas escorrerem pelo seu rosto, quando o homem o soltou e ergueu-se.
—Você lembra disso aqui? – o homem se virou para uma mesa. Ergueu uma seringa, preparando o líquido e colocando na mesma.
—Não! Para! Por favor, Diego! – suplicou o outro, que ignorando a dor no tornozelo ensanguentado, tentava se arrastar para longe.
—Não doerá nada, Pablo. Prometo isso. Pelo contrário, você sentirá alívio da dor... – Diego sorriu, agachando-se diante do rapaz, que agora estava completamente aterrorizado.
—Diego! – ele berrou.
Antes que sentisse a agulha ser cravada em seu pescoço, Pablo sentiu-se sendo sacudido.
—Calma, estou aqui. – sussurrou Diego, quando Pablo abriu os olhos – Foi só um pesadelo, Pablo.
O rapaz olhou para os lados percebendo estar deitado em sua cama, na Fazenda. Era dia e pela cor cinzenta das nuvens, que despontava pela janela, estava chovendo.
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Matilha Villanueva - Para Sempre Meu
FantasyPablo é o Ômega da Matilha do seu irmão de coração, o Alfa Victor Villanueva. Ele sabe qual é o seu destino e não reclama dele. Afinal, para alguma coisa ele tem de servir. Ele sabe quem é o seu companheiro e também o motivo que ele o rejeita com ta...