Capítulo Dezesseis - Vida

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Dez anos depois...

—Evelyn!

—Cale a boca. – respondeu ela, sem se alterar.

—Seremos mortos, Evy!

—O único a morrer aqui será você se me desconcentrar outra vez.

A loira voltou a olhar pela mira de seu fuzil. Instantes mais tarde abriu fogo, disparando sem parar.

—Hora de sairmos. – falou a mulher, guardando os pés de apoio da arma e prendendo o fuzil nas costas.

Os dois abriram a porta da cobertura, descendo as escadas de dois em dois degraus. Antes de alcançarem o térreo, foram surpreendidos pelo grupo rival que enfrentavam.

Ela se esquivou de uma bala e então usou seu fuzil para acertar o rosto do homem. Sacando duas pistolas, acertou os homens em meio às suas testas, derrubando-os antes que fosse atingida.

—Evelyn, mais uma dessas e eu não sobrevivo...

Ela, usando luvas de couro para evitar que suas digitais fossem encontradas ali, pegou a pistola de um dos que se encontravam caídos no chão.

—Tem razão, Summer. – ela mirou o homem no peito, com a pistola e disparou três vezes – Você não vai sobreviver.

Aproximando-se do homem que acabara de derrubar, pegou suas mãos, colocando no fuzil, deixando-o bem marcado e então o jogou para o lado.

—Você saberá quem fez essa festa aqui. – ela sorriu, enquanto prendia a mochila nas costas, guardando suas pistolas e jogando fora a que usara para matar seu companheiro – Nos encontraremos por aí, Tigrão.

Ela levantou-se e caminhou tranquilamente para o elevador.

~*~

—Quando eu dizia que são com coelhos, ainda ficava ofendidinho.

—Oh, merda!

—Não, é Pablo mesmo.

—Fodam-se!

—Estávamos tentando, mas você nos interrompeu.

—Minha sala de jogos é meu santuário. Sem troca de fluídos aqui, por favor. – Pablo atirou-se no sofá, pegando o controle de sua TV – Vão lavar a manta desse sofá aí, me nego tocar meu lindo traseiro nessa coisa fedida por vocês.

—Está muito azedo para o meu gosto, Pablo. – resmungou Victor, terminando de vestir sua roupa.

—Vovó se negou a fazer teu boi, Pablo? – Christian atirou-se ao lado do rapaz, que havia lhe dado espaço para sentar.

—Meu problema é um beta loiro, que teima em me deixar de fora das brincadeiras dele. – bufou Pablo.

Christian olhou de esguelha para Victor, que já mudara de expressão, compreendendo o motivo de o menor estar aborrecido.

—O que ele fez agora? – Victor perguntou, deixando o tom menos mau humorado do que antes.

—Eu o avisei sobre um sonho e ele foi conferir sem me levar. – respondeu Pablo – O sonho não era necessariamente com ele, mas acho que era algum aviso.

—O que você sonhou?

—Uma mulher matara o grupo que andou nos dando problemas. Loira, olhos castanhos. Bonita. Ela queria que Diego soubesse quem era ela, mas se a polícia for investigar, encontrará as provas para incriminar um dos mortos que ela deixou para trás. – Pablo encarou Victor – Ela queria que uma única pessoa soubesse quem era que estava fazendo aquilo tudo. Diego, pelo visto, conhece a peça, pois "ordenou" que eu ficasse aqui e saiu com Hector. – o rapaz fez as aspas com os dedos, mudando o tom de voz quando falou.

Matilha Villanueva - Para Sempre MeuOnde histórias criam vida. Descubra agora