Matilha Villanueva - Para Sempre Meu

Capítulo Doze - Passado - Parte V - Cumprindo a Promessa

Os dias passaram-se. Cerca de cinco dias haviam decorrido, desde a quase morte de Pablo. Ele, embora ainda não houvesse saído da cama – pois havia sido obrigado a permanecer nela –, estava por dentro de tudo que estava acontecendo fora daquele cômodo.

No sexto dia, após discutir por quase uma hora com Diego, finalmente conseguir erguer-se da cama, tendo a ajuda de um Tigre bem preocupado.

—Cara, eu estou bem! – resmungou ele, revirando os olhos.

Não adiantou, Diego tinha braço envolvido em sua cintura o braço de Lobo Branco preso acima de seus ombros, tendo todo o cuidado para não tocar nas feridas.

—Não importa, enquanto não ver que está totalmente curado, não vai sair sozinho. Ainda mais com o Wendigo solto por aí.

—Ele não tornou a aparecer? Mais uma noite sem ele? – perguntou Pablo, quando chegaram à sacada, pegando os raios do sol no rosto.

Ele olhou para o alto, fechando os olhos e sentindo o calor dos raios sobre seu corpo. Diego perdeu-se na visão, apenas admirando a expressão de prazer em seu rosto, ao sentir o calor do sol em sua pele.

—Diego? – o rapaz abriu os olhos e viu o olhar de Diego pra si e então sorriu, fazendo o outro ficar sem graça. Ele se virou, grudando o corpo contra o do maior, que o prensou contra o alpendre da varanda – Você fica mais bonito ainda quando fica sem jeito, Tigrão...

Diego riu, acariciando o rosto do menor.

—Acho que alguém se perdeu aqui, sabe? – ele murmurou, tocando de leve os lábios contra os do Ômega – É fácil disso acontecer, quando fico admirando a vista...

Pablo sorriu enquanto laçava o pescoço do rapaz.

—Quero que você perca muitas coisas, Diego. – ele sorriu.

—Tipo o que? – perguntou o Tigre, entrando no joguinho do menor.

—Tipo a cabeça. Perca a cabeça e não se prenda comigo. Também seria interessante você perder suas roupas. E me fazer perder as minhas. E nós dois poderíamos nos perder na cama...

—Woooow, isso é uma forma de se perder muito interessante...

Ambos sorriram.

—Então? Estou bem inclinado a cobrar a minha promessa. Por que eu cumpri a minha. Estou vivo.

—Eu vou cumprir a minha. Mas antes você terá de estar perfeitamente bem, lobinho. – Diego tocou os lábios no pescoço do menor, que o inclinou para trás, dando espaço para que o Tigre pudesse brincar com a barba contra a pele sensível do local.

—Eu estou perfeitamente bem, Senhor Ramirez. E esperando pela vossa senhoria. – ele grunhiu em resposta, enquanto seu corpo respondia às carícias dos lábios de Diego.

—Eu não costumo ser tão gentil, Pablinho. Então quero você sem correr risco de abrir alguma ferida ou se machucar com algum carinho mais intenso.

—O único que se machucará aqui será você se não me levar para aquela cama agora e me foder até eu suplicar por clemência. – Pablo o encarou, com os olhos semicerrados.

A ameaça do pequeno lobo o fez soltar uma gargalhada. Isso causou uma carranca maior ainda no lobo.

—Eu sei me controlar, diferente de um certo lobo ai. – ele sussurrou, beijando a ponta do nariz de Pablo.

—Continue assim e verá quem não sabe se controlar, Diego. – retrucou o outro.

A batida na porta impediu que Diego pudesse retrucá-lo.