Capítulo Quinze - Parte Final- Dor

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Pablo abriu os olhos, desnorteado.

Escuro.

—Victor..,? – ele murmurou, tentando se mover. Parou no ato, quando moveu as pernas e sentiu a dor aguda em um de seus pés, fazendo-o berrar, fazendo seu corpo estremecer.

—Oh, você acordou...

Pablo olhou para o local que ouviu a voz.

E então as lembranças invadiram sua mente. A sua partida do Vilarejo, a despedida de Diego.

Evan.

Evan.

Evan.

—Evan...

—Vejo que você chegou a conhecer o meu último hóspede. – o homem aproximou-se – Prometo que prezarei tanto pelo seu bem-estar quanto prezei pelo o do meu último Ômega...

Pablo tentou se livrar das mãos que o pegavam, mas sem sucesso.

—Shhhh, tudo bem... – ele murmurou no ouvido do ômega – Eu prometo ser gentil... – uma risada roncou do peito do homem, quando virou Pablo, colocando-o de bruços no chão sujo daquele lugar.

—Pare... – sussurrou Pablo – Pare, por favor...

—Sabe como é a melhor forma de conseguir o poder de um Ômega, pequeno? – o homem sussurrou no ouvido de Pablo enquanto desfivelava seu cinto e abaixava as calças – É fodendo...

Pablo fechou os olhos, segurando um grito desesperado, quando aquele homem arrancava sua roupa, rasgando-a com suas garras. Mordeu o lábio até sangrar, quando sem nenhum cuidado ou intenção de ter um, ele introduziu-se em seu corpo.

—Aperta. Dá para se dizer que você era virgem aqui até pouco tempo... – ele ofegou, enquanto empurrava fundo dentro do corpo do menor – Delícia. Você é tão bom quanto Evan..,

Em questão de segundos o homem gozou. Ele pegou o pulso de Pablo, o mordendo, sugando seu sangue até se saciar.

—A força que sinto apenas em ter-te fodido e bebido um pouco do teu sangue... Meus amigos irão adorar foder você...

Ele ergueu-se, deixando Pablo no chão. Ferido e sangrando. Pablo aproveitou a luz que vinha do corredor para ver sua perna ferida. Correntes, com grandes pregos prendiam seu tornozelo. Ele sangrava e e pela forma que queimava, sabia que era prata.

—Agora darei algo para que você viaje... – Pablo ergueu o olhar, vendo que o maior voltara com uma bandeja. Nela havia um frasco e uma seringa – Você vai curtir e gozar, assim os meus lacaios apenas te foderão e beberão da tua porra.

Ele ouviu a risada animada de alguns no lado de fora.

Sem poder impedir, Pablo apenas observou enquanto o homem enchia a seringa com alguma droga. Pouco depois ele injetou em suas veias.

—Viaje agora, garoto. – ele falou, enquanto viu Pablo virar os olhos, estremecendo no chão.

Ergueu-se e virou-se para os homens.

—Sejam cuidadosos e não matem ele como fizeram com Evan. Eu não tenho uma bola de cristal pra escavar Ômegas por aí...

Ele saiu do local, deixando os três homens se aproximarem da cela, local em que Pablo estava jogado no chão. Tendo a sua primeira overdose. A primeira de muitas.

 

~*~

—Pablo?

Pablo encarou o amigo.

Matilha Villanueva - Para Sempre MeuOnde histórias criam vida. Descubra agora