Capítulo Treze - Weihnachten

226 27 11
                                    

42 Moris Ave, Morristown, Nova Jersey, Estados Unidos – 15:03 PM

- Você convidou o Ben para vir pra cá hoje? – Lilly perguntou, enquanto terminava de decorar um biscoito, que tinha formato de árvore de Natal. Como seria o primeiro de Dylan, todos resolveram comemorar juntos, mesmo que ele não se lembrasse disso no futuro. Então Kathy e John estavam preparando o peru na casa deles, Anthony, Noah e suas famílias ficaram de trazer as batatas e outros acompanhamentos, Lena estava colocando o pernil no forno e Ella, Lilly e sua mãe ficaram responsáveis pelas sobremesas. As amigas estavam terminando de enfeitar os biscoitos, para poder fazer a torta de maçã, que era a especialidade de Lilly.

- Bem, ele meio que se convidou. – Ella respondeu, rindo. Ela colocou um biscoito em forma de árvore de Natal, que tinha acabado de por a cobertura, sobre a assadeira e olhou na direção da amiga. – A gente tava conversando sobre o Natal, como seria especial pra mim esse ano, porque era o primeiro do Dylan. Aí ele disse que essas datas são mesmo muito significantes e é maravilhoso passar com as pessoas que nós gostamos. Então perguntei onde passaria e a resposta foi quase um pedido de socorro: "em casa, comendo macarrão com queijo e vendo filme de Natal na TV." – Lilly riu abertamente, colocando a mão no rosto e balançando a cabeça lentamente, como se não acreditasse.

- Era mais fácil ele pedir para vir, não é? Seria menos dramático.

- Sim, muito menos. – a menina concordou. – Os pais dele não moram aqui, a tia foi viajar com a família e ele ficou, porque tem que trabalhar nessa semana. Eu não ia deixar ele passar sozinho, não é? E como as coisas estão andando entre nós, achei que seria uma boa oportunidade de todo mundo conhecê-lo. Já avisei que vem muita gente aqui, que todo mundo vai fazer milhões de perguntas e que ele precisa se preparar.

- E você acha que ele aguenta?

- Bem, ele aguentou minha mãe, então agora será tranquilo. – Ella brincou, lembrando do dia em que Benjamin e Lena se encontraram, com ele não sendo pediatra do Dylan.

A menina foi com o filho e a mãe ao shopping, para fazer compras de Natal, e marcou com Benjamin também. Assim que terminaram de comprar o que precisavam, eles se sentaram num café e começaram a conversar. Num determinado momento, Ella precisou trocar a fralda de Dylan e quando voltou, encontrou Lena contando histórias de quando ela era uma criança, como de Benjamin fosse um amigo antigo e eles tivessem compartilhado aqueles momentos. Ele parecia não se importar, até se mostrava interessado, então Ella não interferiu, para ver até aonde a mãe chegaria com aquelas histórias. Só que depois de quase uma hora, onde Dylan já tinha mamado, brincado e cochilado no colo de Ella e Lena continuava falando, a menina achou melhor fazê-la parar. Mas admirou a boa vontade e a paciência de Benjamin, porque aguentar as loucuras de Lena por tanto tempo era para poucos.

- Mas vocês estão namorando de verdade? Relacionamento sério nas redes sociais, andar de mãos dadas, dormir um na casa do outro? – Lilly perguntou, erguendo a sobrancelha, ansiosa pela resposta.

- A gente não chegou a conversar sobre isso. Estamos saindo um mês, nos vemos com regularidade, ele vem aqui, nós vamos jantar, mas... Não é como se eu estivesse namorando, pelo menos não é o combinado. Se ele quisesse sair com outras pessoas, ele poderia, por exemplo.

- Bem, eu duvido... – Lilly falou, limpando as mãos e olhando para ver se Lena estava por perto. – Não parece fazer muito o estilo dele ficar com mais de uma pessoa ao mesmo tempo.

- Sim, eu também acho, mas não estou me garantindo nisso. Enquanto não colocamos um nome no que temos, não pensarei que ele me deva ter qualquer satisfação...

- Mas se ele quiser namorar, você quer? – a pergunta pegou Ella desprevenida. Ela continuou encarando o biscoito a sua frente, enquanto mordia o lábio inferior e pensava nas possibilidades. Se imaginou com Benjamin, num relacionamento sério, tendo alguém ao seu lado, que a fizesse bem, que se importasse com o Dylan, que ela pudesse confiar. E gostou da sensação que teve. Era aquele momento gostoso de descoberta, onde as pessoas estão se conhecendo e ela estava adorando conhecer melhor o rapaz. Não queria estragar nada, mas se pudessem deixar tudo melhor, não via motivos para não querer.

DylanOnde histórias criam vida. Descubra agora