NASH GRIER
Tudo começou quando eu estava passando de carro pela rua que ficava a poucos quarteirões da minha casa. Tinha acabado de fazer compras no supermercado e meu carro estava cheio de sacolas no banco de trás.
A rua pela qual eu passava era uma rua cheia de estabelecimentos comerciais. Alguns restaurantes, lojas, bares e até algumas boates e motéis.
Por mais barulhenta e escura que a rua fosse, eu vi algo que me chamou muita atenção. Um casal na lateral de uma das boates. O garoto segurava a garota pelo braço, e ela estava chorando.
Não reconheci de inicio mas soube que os conhecia.
Estacionei o carro na frente da boate e me encontrei com o casal. Levei um susto quando percebi que era Nate e Abigail.
— Nash? — Os dois perguntaram em uníssono mas com tons de vozes diferentes. Abigail estava desesperada, com o rosto encharcado e Nate com um sorriso nojento e sarcástico. Bêbado.
— O que está acontecendo? — Quis saber mas estava tão evidente.
— Nada que interesse a você. Vai cuidar da sua vida, bater na cabeça de outra idiota como a Emily ou sei lá o quê.
Nate saiu antes que eu pudesse responder qualquer coisa. Persisti imóvel por diversos segundos, sem saber o que fazer.
Não a conhecia direito, o que eu poderia fazer?
Não, Nash. Você realmente não a conhece direito, mas você conhece bem a sua irmã de sete anos, conhece bem a sua mãe e sabe que elas e nenhuma outra garota deve ficar sozinha com um cara como Nathan.
Corri para o meu carro quando me dei conta que ele já estava na pista com o dele e os segui. Passei por diversas curvas enquanto Nate tentava desviar e me despistar.
Ele conseguiu algumas vezes o que me deu vários minutos de desvantagem mas eu o encontrei. Pelo menos dez minutos depois dele ter chegado ao motel.
Entrei no lugar e fui direto para a recepção.
— Eu quero saber da entrada de um cara moreno de pelo menos um e oitenta e uma garota ruiva. Devem estar registrados como Nathan Maloley e Abigail Harrison.
— Me desculpe, senhor mas não posso dizer em que quarto estão isso é confidencial — O atendente me disse.
— Você não entende a gravidade da situação.
— Sinto muito, são as normas.
— Senhor. Não sei se tem uma filha ou uma irmã ou se sua mãe ainda é viva mas pense nelas agora. Pense que estão com um cara bêbado e que já fez todo o tipo de merda que alguém pode fazer. Você as deixaria sozinha com um cara como esse se pudesse impedir?
O homem deu um longo suspiro mas me passou uma chave.
— Tome cuidado garoto.
Corri para onde ele apontou e subi três lances de escada até chegar onde o número da chave estava. Cheguei ao quarto e abri a porta.
— Solta ela, Nate.
A cena que estava vendo era algo constrangedor e assustador. Abigail estava com o vestido todo amassado, com uma das alças arrancadas e estava chorando, assustada enquanto Nate a segurava pelas costas.
— Sai daqui seu... — Antes que ele completasse, eu o acertei com um soco, o que fez com que ele caísse. Ainda dei um chute no seu estômago e a raiva me atingiu por completo.
Eu poderia bater nele pelo resto da noite mas olhei para Abigail, e o quão assustada ela estava e o quanto precisava de mim.
— Eu não quero mais que você apareça na minha frente, seu desgraçado.
Me virei para a ruiva que estava sentada na cama.
— N-Nash, m-me t-tira d-daqui. Por favor. — Ela disse e seus olhos estavam ainda mais apavorados que antes. Tive todo cuidado de não tocar nela de uma forma que fosse desconfortável e a guiei para fora do quarto.
Saímos do local e pedi para que ela entrasse no meu carro. Abigail preferiu sentar no banco de trás.
— Vou te levar para casa, quer que eu ligue para alguém antes?
— Não! — Gritou — Não vai ter ninguém na minha casa e eu não quero ficar sozinha lá.
— Para onde eu te levo ou para quem ligo então?
— E-Emily — Sussurrou.
— O quê?
— Emily Holland.
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duff | old magcon
FanfictionAquele em que diziam que Emily não é tão gata e gostosa como suas amigas populares. Copyright 2018 © trviaIove Todos os direitos reservados