22: five senses

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E então, um segundo depois, tão sútil como havia começado e tão suave quanto as palavras tinham saído dos meus lábios, haviam as mãos de Louis envolvendo meu corpo com cuidado e os seus lábios grudados nos meus, puxando-me para a cama e bagunçando os lençóis contra as minhas costas.

Me perguntei se era normal estar tão frio e então tão quente de um segundo para o outro enquanto nossas risadas ecoavam baixinho pelas paredes do quarto. Queria que Louis me tocasse em todo lugar, queria deixar com que seus beijos molhados descessem pela minha boca e pescoço e clavículas e então por toda pele que me formava só para deixá-lo saber o quanto eu tinha certeza e até que ponto eu estava disposto a ser só dele. Que eu simplesmente não serviria para ser o alguém de outra pessoa se nenhuma outra mão provocava a sensação quente que eu estava sentindo para dentro dos meus jeans agora, enquanto segurava suavemente seu quadril e o via se atrapalhar com os botões da minha calça de um jeito tão íntimo que machucava as veias que bombeavam sangue ao meu coração. Era insano e completamente maluco, mas ele era tão bonito e adorável que parecia valer qualquer decisão com adjetivos assim.

— Oh, meu Deus, estamos mesmo fazendo isso. — Eu disse no meio de um suspiro apenas um minuto depois, rindo baixinho quando Louis deixou um beijo no cós da minha box e seu sorriso queimou a pele do meu quadril, como se estivesse quase tão ansioso quanto eu me sinto agora. Como se de repente toda a população do mundo sumisse e só existisse nós dois no lugar onde um Harry de dezessete anos coberto de hormônios e espinhas costumava morar. 

— Você não quer parar, quer? — Louis sobe o olhar por um segundo ao ouvir o que digo e azul-mar inunda o quarto como se eu houvesse acabado de entrar no meio do oceano, e ele acabasse de sorrir sujo pra mim. Há um volume tão grande nas calças de Louis que eu sei que está usando toda a sua força de vontade para me perguntar aquilo. Que está feliz e que a camada de excitação está fazendo um ótimo trabalho em nos cobrir inconscientemente de todas as camadas de depois quando sairmos daqui.

— Acha que meu corpo ainda não respondeu o bastante por si só? — Pergunto ironicamente com suas mãos paradas em cada lado do meu quadril agora, me vendo o puxar para cima só para beijá-lo mais um pouco e decorar os traços dos seus lábios dentro da minha boca e dele dentro de mim dali a alguns minutos. Porque nunca quis ter tanto algo por perto como acho que quero ter Louis. 

— Quero ouvir você falar. — Ele beija meu queixo suavemente, suas mãos sobem para as minhas costelas e ele irradia sol para as partes pálidas do meu corpo. — Ainda acho que estou um pouco maluco, hm? Harry Edward Styles quer mesmo fazer amor comigo? 

Mas eu simplesmente não consigo evitar sorrir olhando para ele. É tudo tão novo e tão bom. Subindo meus dedos e tirando seu cardigã e sua camiseta e vento seu peito nu e macio, ver seu rosto corar como se aquela ainda fosse só a primeira vez enquanto desejo que ainda seja a segunda de muitas quando sua virilha cria atrito contra a minha e eu queimo de um jeito bom. Do melhor jeito que alguém poderia queimar, vendo o cuidado que ele tem para não me machucar. 

— Quero que você fique por cima. — Murmuro perto dos seus ouvidos. O tempo não está realmente a nosso favor e eu, sincera e intensamente, prefiro pensar que Niall apenas ache que ainda estamos discutindo sobre nós ao invés de cogitar a possibilidade lúdica de agora, mas eu só consigo... Manter para nós. Ignorar a existência de horas ou de que o tempo realmente existe. — Quero que você faça amor comigo.

Louis sorri, há tracinhos bonitos do lado dos seus olhos quando ele sobre mais um pouco e deixa um selinho nos meus lábios. E outro. E mais outro, quando suas mãos finalmente me ajudam a livrar meu corpo da calça jeans no momento que sinto poder encolher como uma pequena bolinha suave para perto de Louis. Quero grudar na curva no seu pescoço como um cachecol e nunca mais soltar e quero chorar um pouco quando ele me pede para lamber seus dedos. Porque eu nunca pensei que pudesse querer tanto ser de alguém e ainda assim, estar tão perto de perdê-lo, mesmo aqui e agora, e mesmo que seja tão bom ao ponto de que eu precise segurar gemidos largos no fundo da minha garganta enquanto as minhas mãos seguram suavemente seus ombros e Louis parece fazer preces contra as partes do meu corpo.

Stupid Cupid | L. S. Onde histórias criam vida. Descubra agora