Capítulo 9

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Gabi: Sou obrigada a segurar vela. -Fez bico.

Beatriz: Cadê seu macho? -Olhei ao redor.

Gabi: Foi pegar cervejas.

Beatriz: Quatro homens pra buscar cerveja?

Gabi: Que foi?

Hugo: Hm.

Gabi: Vocês não façam minha cabeça.

Hugo: De maneira nenhuma. -Abraçou-me por trás.

Beatriz: Amiga. -Ri.

Gabi: Você vai dormir onde?

Beatriz: Na minha cama.

Hugo: Eu também. -Desviou o olhar do meu.

Gabi: Mas é uma piranha mesmo.

Beatriz: Cadê o respeito com a melhor pessoa da sua vida?

Gabi: Tá no meu cu.

Beatriz: Credo. -Mandei língua.
Os meninos voltaram e a Gabi foi agarrar no seu homem. Quem disse que desgrudei do Hugo? Depois daquele desentendimento básico não sai dali pra ir em lugar alguma. Não que ele tenha imposto isso, mas eu não estava afim de ficar circulando por aí sabendo que tinha uma companhia da porra a noite toda pra mim. Ele era tímido, disso eu não possuía mais dúvidas, mas cada olhar sei lançado pra mim era como se estivesse me vendo nua. E é claro que eu amo provocar então fiquei dançando por ali com a Camila enquanto dava umas reboladas gostosas para o Hugo.

[...]
Camila: Que dia maravilhosa. -Riu enquanto chegávamos ao prédio. Eram 04:00.

Beatriz: Minha cidade honra o nome.

Paula: Esquecemos até que é Natal. -Riu bêbada.

Gabriel: Não tenho condições de desejar nada pra ninguém agora.
Lucas: Não sabia nem que hoje era Natal.

Hugo: São uns merdas mesmo. -Entrou no elevador antes de todos.

Gabriel: O que temos pra hoje mais tarde?

Beatriz: Praia?

Gabriel: Cariocas. -Riu malicioso.

Hugo: Falou a minha língua. -Fechei a cara por brincadeira.

Beatriz: Mereço uma coisa dessas?

Paula: Acostuma, meu bem. -Riu de lado.

Hugo: Ih. -Prendeu meu corpo na parede do elevador para darmos um selinho.

Beatriz: Acostumar? -Ri olhando-a.- Acostumar a ser feita de boba não é pra mim.

Camila: Opa, opa, opa. -Pulou pra fora do elevador quando chegou no nosso andar.

Beatriz: Bom dia pra vocês.

Gabriel: Até mais tarde, carioca. -Abraçou-me. Todos fizeram o mesmo e saíram, menos Hugo.

Hugo: Feliz Natal, morena. -Sorriu de lado.

Beatriz: Pra você também.

Hugo: Deixe-me ir. Tô morto.

Beatriz: Recupera que amanhã tem mais.

Hugo: Com certeza.

Nós nos despedimos com um beijo cheio de gostos. Seja pela cerveja ou pelo cigarro, mas não deixou de ser tão bom como todos os outros que demos durante o dia de ontem. Caminhei em passos curtos para meu apartamento e quando virei para fechar a porta ele ainda estava ali observando a mim. Sorri. Tranquei meu apartamento. Fui para o banheiro. Retirei a maquiagem; me banhei rapidamente; passei desodorante e hidratante corporal. Coloquei minhas peças íntimas e blusão. Liguei o ar-condicionado. Estava pronta pra deitar na cama, mas a campainha tocou, desvencilhando meus pensamentos. Tomou o maior susto da vida ao deparar com Hugo. Ele parado no corredor com apenas uma samba canção para tampar seu corpo.

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