Capítulo 15

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Maratona 5/7

Eu mantenho a calma? Lógico que não. Tudo bem que meu “relacionamento” com Hugo é precoce demais, mas isso não significa que eu não deva ficar incomodada com certas coisas. As meninas por ali estavam investindo pesado. Do que adiantaria ir até eles? Ficar quieta e observar faz bem. Ninguém aqui está em um lance, namoro, ou o que seja, sozinha. Se eles não têm capacidade de respeitar no mesmo ambiente que as parceiras, então, imagina longe?! Eu, infelizmente, iria passar por isso muitas vezes na minha vida caso minha situação com Hugo fosse adiante. Atura ou surta que fala né?

HUGO.
Ricardo: Quatro solteiros, amor. -Falou pra uma das meninas.- Mas eu sozinho dou conta de vocês.

Miguel: Deixa de ser guloso.

— Calma, rapazes. -Forçou um riso.- E os lindinhos aqui? -Olhou pra mim e Breno.

Bernardo: Esses são os que estão na coleira.

— Se não tem dona então não existe coleira.

Gabriel: Serve aquelas ali? -Riu sarcástico apontando para a Gabi e Beatriz que acenaram.

— Hm. Que pena.

Bernardo: Tchau, querida. -Pegou o seu copo de cerveja da mão da mulher.

— Oh. -Falou incrédula, mas saiu.

Miguel: Cortando a gente na alta. -Riu baixo.

Ricardo: Não saio mais com gente que namora.

Breno: Posso fazer nada se eu sou o mais lindo daqui.

Hugo: Todo mundo sabe que elas me queriam.

Gabriel: Pelo menos não vou ficar sem sexo essa noite. -Riu olhando por cima do meu ombro.

Beatriz: Ridículos. -Bateu palmas na ironia.- Nem chegamos direito.

Gabi: Alguém me segura.

Camila: Socorro. -Riram.

Bernardo: Se eu fosse você não iria querer ver essa mulher bolada. -Abraçou-me de lado.

Hugo: Mais tarde a gente resolve.

Beatriz: Você vai é dormir no gelado da sua cama, meu querido. -Piscou pra mim.

Hugo: Aí você me quebra.

Miguel: Acostume. -Olhei-o. Só não virei um soco na cara do desgraçado porque não estava afim.

Beatriz: Aí, meninas, cansei desses homens, vamos dançar e beber.
Elas saíram para a pista que havia perto de nós. Fiquei por ali mesmo com o Gabriel e os cariocas. Não havia frequentado nenhuma boate do Rio de Janeiro ainda, mas essa aqui está de parabéns. Bebida gelada e mulher pra cacete. Quer mais o que? Claro que não dei bobeira, fiquei de olho na minha morena que acabou juntando com outras pessoas. Não sabia se era impressão minha ou aquele Miguel também não parava de secar. Fiquei bolado.

Levantei da cadeira e caminhei até a Beatriz. Ela sorriu e caminhou na minha direção.

Beatriz: Você vindo dançar comigo? -Riu.

Hugo: Na verdade eu nem queria dançar.

Beatriz: O que foi então?

Hugo: Vim te dar um cheiro. -Agarrei no seu cabelo e puxei-a para mim.
Ela depositou alguns selinhos na minha boca e passou o braço pelo meu pescoço para fazer um carinho na minha nuca.

Era bom estar ali com ela. Foi uma rotina curta, mas estávamos juntos. Conhecemos-nos há quase um mês e olha só onde estou. Eu gosto de intensidade e a Beatriz me proporcionou isso desde o dia em que cheguei. Saber que daqui três dias vamos estar partindo é complicado, mas necessário, então, até uma próxima.

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