Mika's Plan

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O Plano de Mika

AO OLHAR PRO moreno à sua frente, Juvia percebeu que sua face havia tornado-se séria.

– A Mika voltou? – havia rispidez na entonação de sua voz.

– Sim, sua mãe voltou. – Lyon enfatizou o termo "mãe". – Ela parece preocupada, Gray. Ela quer te ver. – se virou pra azulada. – Até você, Juvia.

– Eu? O que ela quer comigo?

– Aí eu já não sei. – riu e olhou pro seu amigo, que parecia estar com certa irritação.

– Eu não sei pra quê isso agora. – disse. – Eu realmente não quero vê-la depois de todo esse tempo. Você me entende? – seus olhos se encontraram com o de Lyon.

– Sim, eu sei. Mas se passou muito tempo desde que vocês se viram. Ela saiu do meio de uma reunião pra estar aqui, parece estar preocupada. Você devia dar uma chance pra ela pelo menos ver se você está bem.

– Eu acho melhor ir embora. – falou Juvia. Sentia-se deslocada na conversa, então fez menção de se levantar, mas então percebeu que esse tempo todo estava de mãos dadas com o Fullbuster.

– Fica, por favor. – suplicou. – Escuta, Lyon, diz pra Mika que ela pode entrar. Mas independente do que ela vai dizer, ela também terá que me escutar.

O albino assentiu e saiu do quarto.

– Eu vou esperar lá fora, Gray. Eu não acho que ficar aqui é o certo pra vocês dois. É algo pessoal entre você e sua mãe. – seu tom era sério.

Gray suspirou. Por uns instantes, pareceu um menino perdido na visão da azulada.

– Mika não ocupa bem o posto de mãe.

– Por que você continua chamando-a pelo nome? É a sua mãe.

– Ela deixou de ser há tempos. Desde que Erza e eu éramos crianças, ela nunca parou em casa. Sempre em viagens e mais viagens sem se importar se realmente estávamos bem.

– Gray...

– Ela sempre preferiu o trabalho do que nossa família, ela mesma disse. Nunca me deu um parabéns no meu aniversário, nunca me deu um abraço, ou sequer perguntou como eu estava. Droga, eu dominei a droga da escola inteira e fiz bullying com centenas de alunos e ela nem ligou. – cada traço de sua voz continha ressentimento. – Ela tentou até fazer um casamento arranjado pra Erza. Minha irmã foi embora, com raiva e eu fiquei só nessa casa enorme, sem ninguém, e ela nunca veio aqui saber se eu sequer estava vivo.

– Eu sei que ela fez essas coisas horríveis, mas estar aqui significa que ela pode, sei lá, ter mudado? Vocês precisam conversar, Gray. Não pode adiar isso pra sempre.

– Eu sei. – respirou fundo. – Então, por favor, fica aqui. Você não precisa falar nada, só fica aqui. – entrelaçou os dedos da azulada nos seus.

– Você tá com medo? – Gray fez que sim. – Tudo bem. Eu fico, ok? – beijou as mãos dele.

– Obrigado. – sem soltar Lockser, beijou a testa da garota. – Muito obrigado por estar aqui mesmo eu não merecendo.

– Talvez você mereça que eu desperdice um pouco do meu tempo. – sorriu e encostou seus lábios no do rapaz. – Mas só talvez.

O líder do F4 abriu um sorrisinho.

A porta foi aberta e uma mulher entrou. Ela parecia bastante jovem. Tinha cabelos ruivos com os de Erza e parecia ter pouco mais de 40 anos. Seu olhar era caloroso, tinha o mesmo sorriso de Gray no rosto e vestia-se como uma mulher de negócios.

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