Sushi

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Sushi

– EU FIZ ESSE quando tinha 6 anos. – Natsu apontou pra um dos quadros da galeria. Lucy estava admirada.

– Isso é lindo, você é muito talentoso! – foi sincera.

O garoto de cabelos rosas deu um sorriso envergonhado.

– É por isso que eu não queria fazer reforço nenhum pra aprender matemática. Eu não preciso calcular área nenhuma pra fazer meus quadros. Nem as cerâmicas que eu faço eu sequer meço. Apenas deixo os sentimentos tomarem conta de mim.

– É por isso que não existem outras iguais, certo?

– Sim. – sorriu empolgado. – Eu quero que cada pessoa que comprar tenha algo único. Não é legal?

– É incrível. – admirava as outras obras do local. – Quantas garotas você já trouxe aqui? – falou em tom de brincadeira. Antes de ser sua namorada, havia sido sua melhor amiga, então sabia muito bem da fama de mulherengo do rapaz.

Ele sorriu e fez um biquinho, pensativo.

– Hum... eu não costumava levar ninguém aqui.

– Fala sério! – riu da mentira do rapaz.

– Qual é, elas que me encontravam aqui, é diferente! – deu uma risada. – Mas o que eu vou te mostrar agora é inédito. – colocou as mãos sobre os olhos da namorada.

– Hey!

– É surpresa! – a guiou até o local certo. – Pronto, chegamos, mas fica de olhos fechados.

A loira obedeceu, ainda que fosse muito curiosa.

– Por que tenho que ficar assim?

– Porque você fica linda assim. – roubou-lhe um beijo. – Agora pode abrir os olhos.

Lucy sorriu e logo se deparou com o que o Dragneel queria lhe mostrar.

– Natsu, isso... – sentiu seus olhos lacrimejarem.

– Você gostou? – ele parecia nervoso.

Ele havia feito um quadro da garota. Ela estava dormindo num quarto de princesa, com os cabelos trançados com diversas flores presas nele. Parecia com o dia em que ambos resolveram colher flores pela vizinhança e o resultado foi ambos com flores e folhas por todo o corpo. A Lucy do retrato tinha as bochechas rosadas e um sorrisinho de lado. Parecia inocente, pura.

– Essa é a minha visão de você. – disse e então percebeu que a loira estava paralisada. – Você não gostou? Bom, eu sei que talvez não esteja tão realista porque nem em mil anos eu conseguiria pôr em tela tudo o que você representa e significa pra mim, mas...

– Natsu, eu amei. Essa foi a coisa mais linda que alguém já fez por mim. Muito obrigada. – limpou suas lágrimas. – Muito, muito obrigada. – seu namorado abriu um sorriso. – Eu te amo. – sorriu.

– Ah, não! – ele fez um biquinho. – Eu queria ter dito antes! Por que fez isso? Eu te amo, eu te amo, eu te amo!

– Agora não adianta mais, eu já disse. – riu. – Se contente sendo o segundo lugar. – jogou os cabelos pra trás.

– Não é justo!!!! E se eu for o primeiro a dizer "eu te amo" umas, sei lá, 100 vezes? Isso significa algo, não?

– Nada supera o primeiro a falar "eu te amo", querido. – debochou.

– Que droga! E se eu for o primeiro a dizer "eu amo você"? não é o mesmo que "eu te amo"!

– Não adianta só mudar as ordens! – riu.

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