A guarda costas

Primeiro dia treinamento

Acordo com um barulho ensurdecedor,semelhante a aqueles dos filmes quando haverá uma batalha.
Sei que se trata do nosso mais novo despertador ,e sei que escutaremos o mesmo também em nosso toque de recolher.

Me levanto com o intuito de ser a primeira a usar o banheiro ao lado de fora do dormitório. Noto que alguns amigos já estão de pé,algumas caras contorcidos de dor,eeeee manguaça,porque não bebem mais? Questiono em minha mente, provocativa,apesar de não estar muito diferente deles, .mais minha dor de cabeça é outra,tem nome,sobrenome e um par de olhos verdes irresistíveis.

Adentro o banheiro,tiro minha toalha, e entro no box.Ligo o chuveiro e resolvo lavar meu cabelo. Quem sabe esse shampoo muito esquisito,porém muito cheiroso, apague os resquícios daquela noite de merda.

Temos 2horas desde nosso moderno despertador até nosso primeiro treinamento com os Berutti's. Acho desnecessário,mais não sou eu quem dito as regras.
Esfrego meu corpo por duas vezes e na terceira apenas me ensaboo,pra ter certeza que o cheirinho do sabonete me acompanhará todo o dia.
Me enxaguo,e me permito ficar por mais um pouco debaixo do chuveiro. Minha mente vaga entre Kane e Alex. Levanto meu rosto para que a água o atinja,quem sabe ela não leva esses pensamentos para o ralo também.

Desligo o chuveiro e me enrolo na toalha. Faço minha higiene bocal. E penso que apenas uma voz poderia animar meu dia. Saio do banheiro e assim que o abro,já noto um pequena fila ao lado de fora.

-vamos ter que colocar um combinado de regras sobre quanto tempo se pode usar o banheiro sereia, por que se não tá difícil com você. - lá vem Thorun encher o saco de novo. Reviro meus olhos e passo por ele.
Ao passar pelo quarto de Raven e ela abre de supetão a porta, e não fico surpresa ao notar que alguém não passou a noite sozinha Clark estava com ela. Sorrio comprimentando os dois. Pelo menos alguém teve uma ótima noite de foda,e a invejo por isso.

Entro em meu quarto que possui apenas o necessário. Cama de solteiro, guarda-roupa e um criado mudo. Avisto meu celular no criado e me aproximo pegando-o. Disco o número de mamãe e no terceiro toque ela atende.

-onde você está pelo amor de Deu?!- pergunta exasperada.

-mamãe, ainda não posso dizer. Só garantir. Senhora que estou bem.-digo com o intuito de deixa-la mais tranquila.

-o que você está aprontando agora Niah?!.- mamãe pergunta. E posso notar a preocupação em sua voz. Mamãe acha que esses nove meses que fiquei em quântico, na academia do FBI,foi em um curso de administração.

-mamãe estou bem. Apenas iniciei um trabalho que precisará de meu tempo e dedicaçao.- digo a mamãe uma meia verdade.- senti saudades de sua voz,por isso liguei.

-Ooooh meu amor. Eu amo tanto você minha pequena.- eu sabia que mamãe ia se derreter com isso. É uma ótima estratégia minha.

Ouço um pequeno tumulto no outro lado da linha. E franzo meu cenho. Mais logo relaxo ao notar que é Otávia enchendo mamãe.

-alô, Niah?!.- pergunta Ota

-sou eu maninha. Não é educado tirar o telefone de mamãe enquanto falo com ela sábia?!.- digo sentindo uma felicidade me tomar ao sentir o amor de minha família.

- sua mala. Quer matar a todos de preocupação?!. Apenas vem em casa enquanto eu e mamãe não estamos, algumas coisas e some!. Se não fosse pelo panaca do Johnny que viu você acharíamos que havia fugido. -diz Ota e noto a irritação em sua voz.