Capítulo 11

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Olá! Então, não é algo que costumo fazer mas vou deixar como presente. Segundo capítulo na mesma noite. Boa leitura. ♡

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Gente, esse é Vitor. Vitor, essa é Luna, esse Jack e essa é a Carol.

O rapaz pareceu simpático. Cumprimentou um a um de nós e sem soltar a mão da minha amiga. Vou tentar não implicar. Repeti essa frase mil vezes para mim mesma. Rapidamente nos sentamos na sala enquanto tocavam músicas que não davámos tanta atenção.

- Tem cerveja, vinho, whisky e acho que sangria. Arte de Jack. Querem alguma coisa?

Servi cada um deles e logo a porta tocou outra vez. Minha mãe que agora descia, fez questão de atender. Era meu pai. Que bom que não trouxe a namorada, na verdade ele sempre respeitou muito a nossa casa e principalmente minha mãe, apesar da separação. Antes mesmo de que fechassem a porta, vi através do vidro o carro de Alícia estacionando.

Meu coração parecia sair pela boca enquanto eu fingia entender algo dito naquela conversa.

- Filha, é Alícia!

Minha mãe quase gritou e eu levantei. Abracei meu pai e logo a vi. Seu cabelo estava levemente preso deixando todo o restante solto, usava uma blusa vermelha que cobria até seu pescoço onde havia um cordão de pedrinha minúscula e uma calça jeans que marcava suas pernas. Ela imediatamente tirou o casaco e sorriu ao me ver.

- Não sabia o que trazer e como sei que adora vinhos...

Ela gentilmente entregou uma garrafa de vinho a minha mãe que imediatamente a abraçou.

- Entra, por favor.

Agora era meu pai quem falava com ela. Começou agradecendo pelo seu trabalho comigo enquanto caminhavam até a sala. Estava morrendo por abraça-la, beija-la, mas sei que não podia. Meus amigos levantaram cumprimentando Alícia. Ainda não sabiam a razão do jantar. Achei que por um momento Alícia fosse ficar tímida, mas não, ela parecia a vontade. Na verdade, todos estavam. Pareciam amigos de anos. Jack e Luna sentavam no tapete, Clara abraçada a Vitor, minha mãe na cozinha, meu pai sentado com Alícia e eu... Bom, caminhava ajudando minha mãe e alternando naquela conversa que por vezes me soava totalmente sem sentido.

Jack:
- Eu tive vontade de ser psicólogo mas desisti. É muito difícil! Como você consegue? Posso te chamar de você, não é?

- Mas é claro que pode! E mais, eu prefiro. — Sorri de seu jeitinho doce. — Não é fácil, inicialmente você acaba levando problemas para casa e isso não pode acontecer.

Luna:
- Eu não conseguiria, sou muito emotiva. Iria chorar junto com meu paciente. —Todos riam. – Você ajuda pessoas da sua família?

- Você diz como paciente? Não. Não posso. Repasso para algum colega.

Tiago:
- Carol teve muita sorte! Foi difícil antes de você, Alícia.

- Acredite que comigo também não foi fácil! — Rimos outra vez e ela me olhou.— Caroline não gostava de mim.

Susana:
- Verdade! Quase me enlouquece para não continuar.

- Karma. — Jack sussurrou e eu bati levemente em seu braço.

Clara:
- Agora que estamos todos aqui, você poderia contar a razão, não?

- Eu voltei a dirigir. — As expressões dos meus amigos foram impagáveis.

Luna:
- Isso é sério?

- Tão sério que já comprei um carro. Deve chegar amanhã.

Os olhos de Luna pareciam dar início a uma emoção que eu entendia bem. Ela me abraçou forte e logo se juntou Jack e Clara. Eles sabiam da importância daquele ciclo que por fim se fechava para mim. A emoção do choro de Luna pareceu ser contagiosa, até eu que não costumava ser assim, me rendi. Jack foi o primeiro em se separar.

Décimo nono andarOnde histórias criam vida. Descubra agora